Os odres não se encherão de eternidade adentro.
E à parte registrado está todo o conteúdo de meus dias até as tampas.
E como é isso de não sobejarem, de não bastarem e de não ficarem inchados os odres, mas os meus olhos?
Sempre meus olhos!
Por mais que eu, na dor, estes odres encham, a profundidade é só em mim.
A profundidade às avessas cria raízes flutuantes como braços que querem te tocar aí em cima, que clamam pelo gosto dos abraços que não existem aqui.
Quero encarar o Homem das Dores, o Amor encarnado bem nos olhos.
Este que se compadece e se fortalece em mim quando estou imersa em minha fraqueza.
Quero estes olhos que sempre pousaram sobre mim e têm declarado continuamente o Seu "sim"," Eu te amo."
E quero que sejamos como um só naquelas bodas dos odres transbordantes do melhor vinho.
Ele será também o meu sim, terá também a minha mão.