A melhor semeadura é a que se faz no reino do amor.

Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. (Gál 6:7). Este versículo faz parte da passagem que finaliza a carta aos da igreja de gálatas, onde Paulo defende a visão viva de toda a Torah.

A passagem acima as vezes é usada de forma superficial por alguns ditos conhecedores da palavra, mas que na realidade conhece do lago somente a superfície. Pois o que Paulo ensina aqui vai além do mundo material, pois se lermos atentamente a carta aos gálatas veremos que ele sempre coloca as contraposições de um mundo materialista e de um mundo espiritual.

Apesar da superfície do lago fazer parte do lago ela por si só não é o lago. E isto é dito por quê? Porque jamais podemos usar um único versículo para fazer o julgamento de uma situação. Até porque Paulo quando diz isso ele usa algo que foi dito no livro mais antigo da Bíblia: Segundo eu tenho visto, os que lavram a iniquidade e semeiam o mal, isso mesmo eles segam. (Jó 4:8).

Apesar do óbvio que tem essa passagem, existe um conceito muito importante nas entre linhas, pois o que é plantado com aparência de bom, também algo com aparência boa será colhido. Ou seja, aquilo que plantamos como bom no vaso da materialidade colheremos o bom do vaso da efêmera materialidade, mas se plantamos no vaso do sempiterno amor colheremos a eternidade deste vaso.

E mais, Paulo diz um dito hebreu, tendo em mente um ensinamento de Cristo: Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; (Mat 6:19-20). Lembremos que Paulo está admoestando os que criam que fazer a vontade do Pai estava em preencher rituais e atos materiais.

E o que aprendemos aqui? Aprendemos que ser cristão é ir além dos atos e rituais materiais, ser cristão é se conectar com o Pai é viver tendo como prioridade a lei maior que é a do amor, onde cuidamos, zelamos e nos dedicamos para o bem-estar alheio. Pois uma religiosidade cheia de eitos, preceitos, preconceitos, e centrada no egoísmo, nada tem a ver com o que Jesus Cristo nos ensinou.

Então lembremos que a semeadura mais rica e viva é aquela que é feita no reino sempiterno do amor. Onde a vontade de Deus e a necessidade do próximo vem em primeiro lugar. E só pra lembrar, o próximo é sempre aquele que quer a nossa ajuda, e precisa de nós independente de seus erros, culpas ou tropeços, pois Jesus nos deu a taça da misericórdia e não o machado do verdugo e nem tão pouco o martelo do juiz.

Que cada um de nós decida onde semear a nossa vida, sempre tendo como árbitro de nossos corações o amor de Cristo Jesus.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 02/07/2021
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