Tenho um encantamento pelo nascer do sol. Nos primeiros meses do ano consigo vê-lo nascendo da minha sacada. Aí, como sou uma pessoa diurna, é uma alegria acordar cedo para vê-lo enquanto leio, medito, oro e tomo meu querido café.
Às vezes tenho a sensação de que ficou impresso em alguma memória de nossa natureza a associação da chegada da manhã com grandes esperanças. Pensemos em tempos remotos onde a luz elétrica nem era mito ainda, tampouco nossos sistemas de segurança. A noite era sinal de perigo, enquanto a luz do dia, livramento.
Diante desse exemplo, costumo pensar que nosso mundo encontra-se como em uma noite profunda. Dez minutos de qualquer noticiário provam isso. Por isso, o medo e a desesperança são a naturalidade e a esperança, contraintuitiva. Por que esperar algo bom se a história e as estatísticas parecem dizer o contrário? Por que não desistir e nos entregar ao acaso e suportar a ausência de sentido da maneira que bem nos parecer?
Contudo, penso que, como no exemplo da natureza, essa percepção da noite como algo ruim só é possível através da consciência (ou memória) da existência da luz do dia. Se o mal que vemos na TV ou vivemos em nossa pele choca o humano que existe em nós, é porque há dentro de nós algo como uma bússola que mostra que tudo está na direção errada e que o bem está em outro lugar.
Talvez assim como a alegria da beleza do nascer do sol, que até o mais incrédulo e racionalista dificilmente poderia negar, nosso desejo por aquilo que é bom, belo, e aquilo que é verdadeiro, seja também uma memória que, para além de nossa consciência, reconhece a existência de uma perene perfeição. Talvez o nascer do sol todos os dias nos lembre que essa longa noite do mundo também terá um fim. Talvez, todas as vezes que nossos corações, mesmo em sua dureza, são partidos por tantas intempéries da vida, seja uma oportunidade de, por entre essas rachaduras, a luz do sol da justiça comece brilhar dentro de cada um de nós até que nos chegue o dia perfeito.
Às vezes tenho a sensação de que ficou impresso em alguma memória de nossa natureza a associação da chegada da manhã com grandes esperanças. Pensemos em tempos remotos onde a luz elétrica nem era mito ainda, tampouco nossos sistemas de segurança. A noite era sinal de perigo, enquanto a luz do dia, livramento.
Diante desse exemplo, costumo pensar que nosso mundo encontra-se como em uma noite profunda. Dez minutos de qualquer noticiário provam isso. Por isso, o medo e a desesperança são a naturalidade e a esperança, contraintuitiva. Por que esperar algo bom se a história e as estatísticas parecem dizer o contrário? Por que não desistir e nos entregar ao acaso e suportar a ausência de sentido da maneira que bem nos parecer?
Contudo, penso que, como no exemplo da natureza, essa percepção da noite como algo ruim só é possível através da consciência (ou memória) da existência da luz do dia. Se o mal que vemos na TV ou vivemos em nossa pele choca o humano que existe em nós, é porque há dentro de nós algo como uma bússola que mostra que tudo está na direção errada e que o bem está em outro lugar.
Talvez assim como a alegria da beleza do nascer do sol, que até o mais incrédulo e racionalista dificilmente poderia negar, nosso desejo por aquilo que é bom, belo, e aquilo que é verdadeiro, seja também uma memória que, para além de nossa consciência, reconhece a existência de uma perene perfeição. Talvez o nascer do sol todos os dias nos lembre que essa longa noite do mundo também terá um fim. Talvez, todas as vezes que nossos corações, mesmo em sua dureza, são partidos por tantas intempéries da vida, seja uma oportunidade de, por entre essas rachaduras, a luz do sol da justiça comece brilhar dentro de cada um de nós até que nos chegue o dia perfeito.