Apaixonar-se é algo inusitado. Não existe idade, não existe um local, não existe um tempo, nem o momento perfeito. Acontece. Aliás, o despretensioso é encantador. Você pensa que já está acostumado, que o tempo te faz aprendiz, que as situações te deixam alerta, mas não, você percebe que as borboletas no estômago bagunçam e o coração volta a correr mesmo cansado do habitual e decepções. Percebe que o brilho no olhar revela, a moça da padaria até descobre, o dia está lindo na conversa do elevador mesmo com a chuva barulhando lá fora, o sorriso não esconde quando ele ou ela diz um simples oi. Os pensamentos são invadidos e batucam lembranças. Momentos revivem e esperanças suspiram a cada profundo respiro. E sabe, a paixão pode participar e premeditar algo maduro e saudável. Equilibrar e controlar ela com a prática do amor faz tudo ser incrivelmente paciente, faz esperar o tempo que for preciso e entender todas as coisas. Aquele negócio de priorizar os interesses do outro e não mais os próprios? É verdade. O amor é realmente inspirador. Levando em conta que, Deus é o próprio amor, o lugar torna-se seguro e cheio de paz. As borboletas até deixam de voar, sabia? Não porque vão embora ou desfalecem, e sim porque elas pousam, pra ficar.