Este é um questionamento para o qual nunca obteremos resposta, pelo simples fato de não existir uma resposta certa ou nenhuma poção mágica. A meu ver existem dois tipos de dores, a dor física e a dor da alma. Para a dor física resolvemos com analgésicos, curativos, ou algum remédio mais forte, mas quando a dor vem da alma o que devemos fazer? Como devemos agir? Muitas vezes não conseguimos nem dizer o quanto dói, porque essa é a mais profunda das dores e não existe um remédio que possamos tomar que vai resolver.
A dor da perda é uma dor da qual parece que nunca vamos nos recuperar, quando perdemos uma pessoa querida parece que a dor no peito nunca vai parar, e que nunca iremos nos adaptar com a ausência. É como se nossa alma gritasse tão alto e que ninguém é capaz de ouvi-la.
Nós como indivíduos sentimos de forma única, uns com mais intensidade e outros com menos. E quando sentimos a dor achamos que ninguém é capaz de compreender, que ninguém jamais vai passar por algo parecido. Fato é que não vão sentir a nossa dor, quando passarem por dor será da forma que eles sentirão de forma intensa ou não, mas sentirão e pensarão que ninguém será capaz de sentir o que sentem.
Dizem que o tempo cura tudo, mas eu acredito é que ele transforma tudo. O tempo é capaz de pegar essa dor que está tão profunda em nossa alma e transformá-la em saudade, uma saudade com lindas e boas lembranças, que nos trará alivio por ter feito parte da vida e construído essas lembranças.
Que sejamos capazes de passar pela dor, sem deixar que ela nos domine, sem deixar que ela nos dilacere, que possamos sair dela ainda mais fortes e aprender com ela a termos mais compaixão com a dor do próximo.
Abra a Porta e Débora Gonçalves
Enviado por Abra a Porta em 24/05/2021
Reeditado em 24/05/2021
Código do texto: T7262720
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