Às vezes, nossas asas se molham. Por vezes, será culpa dos nossos voos arriscados, outras, um inevitável acidente e outras, por fraqueza mesmo. Porém, sempre que isso acontecer, a gente inevitavelmente cairá. Caímos em diversos mares e rios da vida: Desilusão, tristezas, solidão, incredulidade, tentações, problemas... Se repararmos na natureza, quem possui asas para voar normalmente não nada, contanto, se eles caem na água são justamente as asas que os mantém boiando e possibilitam sua única chance de sobreviver. Quando eles caem no rio ou no mar por algum motivo, inicia-se imediatamente uma batalha que definirá ali seu fim ou uma nova chance: Se, antes de se cansarem do rebater enfadonho de suas asas (que agora ficaram muito pesadas por culpa da água) agarrarem-se em algo, conseguirem chegar à margem ou quem sabe, alguém os retirar, pronto, não morrerão. Contudo, o processo ainda não acaba aí, só é possível voltar a voar quando as asas estão leves, então, é hora de livrarem-se de tudo que pesa! Batem novamente as asas, agora, para secagem da água, mesmo cansados, continuam batendo pacientemente. Quando menos se espera... O peso já não sentencia seu voo! Penso ainda com meus botões que, depois de tal luta, ficarão mais fortes, e voarão com mais cautela e maturidade. Às vezes, também caímos e começamos afogar, mas, aprenda: A única coisa que você não deve fazer é justamente desistir de voar, você precisa continuar batendo as asas mesmo que não esteja mais voando, isso é um ato de fé, e a fé faz isso: Nos faz sobreviver. Pode ser que sua fé te dê forças e te leve à margem, pode ser que te faça encontrar algo para se agarrar ou, fará a própria mão de Deus te retirar de lá. E quando isso acontecer e você sair deste mar ou correnteza continue mais um pouco, você está vivo, mas ainda não é o suficiente, não deixe os pesos ou culpas estragarem seu voo, abusadamente, bata as asas ainda mais! Meu bem, as quedas não podem afogar, nem limitar, quem tem fé. Bata as asas!