Amando e servindo da mesma maneira que queremos ser amados e servidos.

Portanto, tudo quanto quereis que as pessoas vos façam, assim fazei-o vós também a elas, pois esta é a Lei e os Profetas. (Mat 7:12). Este versículo faz parte do sermão do monte onde Jesus nos ensina toda a ética do ser Cristão.

Este mandamento é o pico mais alto do Sermão do monte. Este dito de Jesus foi, e ainda é chamado pelos estudiosos do novo testamento de: "A pedra angular de todo o sermão". Constitui o regulamento fundamental de toda ética social, e de toda a vida de um Cristão que busca ser igual a Cristo Jesus.

Se faz possível citar ditos rabínicos de paralelos virtuais a tudo o que Jesus ensinou. Mas não existem paralelos deste ensino. É algo que nunca ninguém havia dito antes. É um novo ensino, uma nova forma de ver a vida e os deveres que ela nos impõe. Alguns dirão que já ouviram algo parecido, mas cabe lembrar que não há.

Até não é difícil encontrar muitos ditos na forma negativa. Houve dois mestres rabínicos, entre os judeus, que desfrutavam de enorme fama: Hillel, que foi mestre da escola na qual Jesus estudou e que era reconhecido por sua doçura e graça. E o outro foi Shamai, que orientava seus ensinos segundo uma rígida e firme austeridade.

Hillel em sua forma doce de ensinar disse: ‘Não faça a outros o que você não gostaria que fizessem a você; esta é toda a Lei, estude-a bem e continue aprendendo-a”. No livro de salmos vemos: E não usa a língua com maledicência, que nenhum mal faz a seu semelhante nem lança calúnias e afrontas contra seu companheiro. (Slm 15:3). Confúcio disse quando o questionaram: "Não é acaso ‘reciprocidade’ essa palavra que buscas? O que não queres que te façam, tampouco o faças aos outros."

Sócrates conta que o rei Nícocles impôs aos oficiais de seu exército o seguinte regulamento: "Não façam a outros aquelas coisas que deixam vocês zangados quando as experimentam às mãos de outros." Epíteto condena a escravidão, firmando-se em: "O sofrimento que a gente mesmo evita, não se deve infligir a outros. Os estoicos tinham uma máxima que era: "O que não desejam que lhes seja feito, jamais o façam a outros.

Sendo assim na história vemos a forma negativa onde tudo se submete ao “não”. Esta forma pode nos levar a uma letal inação, e a uma afirmação errônea onde dizemos a nós mesmos: “eu não firo, não roubo e nem magoo a ninguém então estou bem com Deus!” Mas na realidade uma vida inerte e inútil não gera vida, mas sim a destrói.

E mais quando Jesus afirma o dito em sua forma positiva Ele tem em mente os seguintes mandamentos: Asseverou-lhe Jesus: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e com toda a tua inteligência. Este é o primeiro e maior dos mandamentos. O segundo, semelhante a este, é: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. A estes dois mandamentos estão sujeitos toda a Lei e os Profetas”. (Mat 22:37-40).

Quando começamos entender a ordem de amar entendemos que só é possível fazer a vontade do Pai amando e servindo. E então começamos a servir com a mesma preciosidade que queremos ser servidos. Que cada um avalie a si mesmo neste quesito. Sempre tendo o amor de Cristo Jesus como árbitro do seus coração.

(Molivars).