A pergunta de um Cristão deve ser: em que posso ser útil, e não, quem é o culpado.
Sofremos pressões de todos os lados, contudo, não estamos arrasados; ficamos perplexos com os acontecimentos, mas não perdemos a esperança; (2Co 4:8). Este versículo ainda faz parte da exortação de Paulo aos Coríntios. Aqui ele elenca algumas das dificuldades as quais todos nós estamos expostos no viver diário. Hoje estudaremos a primeira delas.
Paulo segue descrevendo a vida cristã, na qual as nossas dificuldades estão mescladas com a glória de Deus, numa série de interessantes paradoxos. E aqui vale lembrar, é comum vermos cristãos dizerem a outro ao cumprimentá-lo, a palavra shalom ou a paz do senhor.
Mas o que devemos saber é que shalom ou a paz do Senhor (ten eirene tu kurios), nestes ditos estão inseridos todos os desejos de uma força para vencermos as dificuldades e o nosso mal interior no caminho do aprimoramento do ser humano por inteiro. Ou seja, aqui não é a paz do latim pax que significa a ausência de dificuldades ou guerras, mas sim a força para vencer as dificuldades e as guerras.
Tendo entendido isso vamos estudar o que Paulo diz. Ele começa dizendo que sofremos pressões thlibo (θλιβω), de todos os lados, mas não arrasado stenochoreo (στενοχωρεω). Ou seja, na vida haverá tempos difíceis, situações complicadas e momentos nos quais até a esperança ficará fraca. Mas são nestes momentos que a nossa fé (pistis), confiança no amor do Pai é que se torna forte.
E mesmo que tudo e todos pareçam nos pressionar, se nos mantermos proativos em direção do entendimento e estarmos prontos para agir em prol de uma melhora para o bem-estar comunitário venceremos. Pois uma das características da vida Cristã é que sempre há espaço. Por mais estreitas que sejam as circunstâncias de uma pessoa não tem por que pensar que não há saída.
Por mais que pareça intransponível a jaula, jamais devemos perder o bom ânimo ou quedar-se por arrasado. Pode ser que o nosso corpo se encontre num meio difícil ou em alguma circunstância estreita, mas sempre há um caminho de saída para o nosso espírito na amplitude do amor de Deus.
A reatividade do ego nos leva a reclamar e a revoltar-se contra as circunstâncias, e a buscar culpados fazendo com que percamos tempo de vida numa atitude infrutífera. Mas quando deixamos que a proatividade do amor de Deus, aja em nosso interior, nos ocuparemos com o quanto podemos ser úteis em uma situação, e então aplicamos tempo de vida para salvar vidas.
Sendo assim que hoje nos ocupemos não em buscar culpados, mas sim em dizer em que posso ajudar para melhorar a situação. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).