Você se lembra da última vez que acabou a energia e você ficou sem luz? Qual foi o sentimento que isso te causou? Se encontrar totalmente no escuro, perdido sem conseguir enxergar, é extremamente desconfortável e com certeza, o sentimento é de insegurança, às vezes, até medo. Você sai cautelosamente da sua posição e anda, talvez até pé por pé, em direção ao interruptor mais próximo e tenta mais uma vez ligá-lo, na esperança de que funcione. Hoje, quando isso acontece, a primeira coisa que fazemos é lançar mão do celular e ligar a lanterna, mas logo percebemos que não dá para ficar com ele por muito tempo, pois eventualmente a bateria irá acabar; é aí que saímos em direção aos armários à procura de uma vela. Por mais que a iluminação não seja tão boa, você há de concordar comigo que acendê-la nos traz uma certa segurança. A segurança de uma luz a iluminar.
     Até o século XIX, a humanidade não possuía luz elétrica e se virava bem com velas, lampiões, lamparinas, lareiras. Contudo, a sociedade de hoje já é totalmente dependente da luz elétrica. Se a falta de luz acontece durante o dia, não nos preocupamos tanto, pois a luz do sol nos permite realizar muitas coisas o dia todo, mas ao entardecer, tudo vai mudando. A noite traz consigo seus receios. Já imaginou ficar alguns dias sem sol algum? Estaríamos em grandes trevas. Isso já aconteceu no Egito, há milênios de anos atrás e está registrado em Êxodo 10:21, que narra a nona praga, das dez que caíram sobre o Egito, a praga das trevas. Foram três dias de trevas tão espessas que a Bíblia diz que eram “palpáveis”. Não foi um simples eclipse, foi muito além disso, pois não era possível enxergar nada e os egípcios ficaram sem sair de casa, enquanto os israelitas possuíam luz nas suas (Ex 10:23). Ao fazer isso, Deus mostra sua soberania sobre um dos deuses do Egito, o deus do sol. Aqui Ele mostra que tem poder sobre todas as coisas e poder para livrar a humanidade das trevas.
     A falta de luz em nossas vidas gera caos. Depender de luz de velas não é fácil para uma sociedade que mal aprendeu a usá-las. Mas independente se a luz é elétrica, de velas ou promovida pelos astros celestes, fato é que, sem ela estamos totalmente perdidos e só percebemos sua importância na sua ausência. 
     A luz nos mostra o que está diante de nós, mostra o caminho e nos permite escolher para onde ir, nos mostra os perigos, mas também permite que enxerguemos a beleza ao nosso redor. É por isso que acho tão incrível a comparação que Jesus faz de si mesmo, dizendo “Eu sou a luz do mundo…” (João 8:12), porque é Ele que nos mostra o que está diante e dentro de nós. Ele é A luz, não “uma” luz. Somente Ele é capaz de dissipar as trevas. Enquanto muitas vezes tentamos esconder o pecado no sótão do nosso coração, Ele é capaz de trazer à luz toda iniquidade para nos livrar dela. Enquanto muitas vezes somos cheios de medos, sua maravilhosa luz brilha sobre nós para nos livrar deles. Através da sua luz, somos capazes de enxergar os perigos de um caminho errado e reconduzir nossos passos para o caminho seguro, o qual é Ele próprio (João 14:6).
     A segurança que Cristo dá é muito maior que uma vela em dias escuros, mas a analogia nos serve muito bem. Quando está escuro, a primeira coisa que procuramos é uma luz para nos situar. E será que quando as coisas estão escuras nas nossas vidas, quando não sabemos o que fazer, para onde ir, quando temos medo e inseguranças, nós buscamos a Ele? Será que estamos buscando luz no lugar certo?
     Com Cristo não precisamos andar pé por pé no escuro com medo de que algo nos aconteça, com Ele a luz nunca se acaba e com Ele não nos perdemos. 
     Sabemos que a caminhada da vida não é fácil e os dias escuros são inevitáveis, mas podemos escolher como passá-los: com medo, à procura de luzes que são apenas borrões ou com fé, acreditando no poder da Verdadeira Luz do mundo.
Abra a Porta e Nayara Kívilla
Enviado por Abra a Porta em 01/03/2021
Código do texto: T7195607
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