APOCALIPSE LIÇÃO 9 “O ANTICRISTO”
O DRAGÃO DÁ PODER À BESTA (Ap 12.1-2)
Terminamos o cap. 12 de Apocalipse, onde vemos uma mulher grávida, pronta para dar à luz, que simboliza o povo de Deus, sendo perseguida por um Dragão, ou o Diabo. Não podendo vencer a mulher, que é protegida de Deus, não podendo vencer uma batalha no céu, contra os anjos de Deus, e nem contra o Filho, o Dragão volta-se para combater os filhos da mulher, ou a igreja. A maneira que ele vai perseguir os descendestes da mulher é usando a besta.
Na época da Tribulação, o Dragão vai dar poder à besta, um monstro surgido do mar, que é o anticristo. Ao irmos lendo Ap. 13, fica evidente que essa besta assume a imagem do próprio dragão (com dez chifres e sete cabeças - Ap. 12.3 e 13.1) e tem a mesma autoridade que ele (Ap. 13.2). Então a besta é o filho do dragão, outra imitação de Cristo, que continua a imitação em que houve uma ferida de morte no anticristo/besta e esta é curada da morte, ou ressuscitou (Ap 13.3-4).
O mar, em Apocalipse, significa o Reino das Trevas. Essa é uma cena muito dramática, pois, enquanto o dragão está parado na praia, a besta, vagarosamente, emerge das profundezas do mar, ou do abismo (Ap. 11.7). Os primeiros versículos (13.1,2) relatam conforme cada parte da besta vai surgindo: primeiro, os chifres; em seguida, as cabeças com as coroas; e, finalmente, o corpo, com características do reino animal.
Novamente é bom observar a ordem seja inversa de poder da besta (Ap 13.1), ou “sete cabeças e dez chifres” do dragão. As coroas estão sobre as cabeças do dragão, mas estão sobre os chifres da besta. O dragão e a besta estão unidos, são quase uma extensão um do outro. Temos então outra imitação, se o dragão imita a Deus, a besta imita a Cristo. Então o dragão, a besta e o falso profeta formam uma Trindade Satânica (Ap 16.13), imitando a Trindade Divina. E sobre as coroas, enquanto o dragão é o rei do império do mal, a besta é o braço militar do mal. As cabeças com coroas significam reis ou governos da terra (Ap 17.12-14), que a mando do dragão e do anticristo, vão perseguir a igreja. E os chifres significam poderes, ou alianças militares.
Esses nomes de blasfêmia provavelmente aludem aos títulos de divindade atribuídos ao anticristo (“nosso senhor salvador”, “deus do fim dos tempos”). Quando a cabeça e o tronco da besta aparecem, as características animais predominam (13.2). É evidente, que João não está tentando descrever nenhum animal específico, porque, apesar de ter sete cabeças, ela tem apenas uma boca. Em resumo, essa besta é a combinação de todas as bestas ou impérios ao longo da história humana que têm se levantado contra Deus e contra seu povo. E possível que a combinação se refira à velocidade (ou, talvez, à crueldade) do leopardo, à força do urso (os pés) e ao rugido amedrontador do leão (a boca). O anticristo vai receber do dragão/diabo, poder (capacidade de realizar milagres ou operar obras poderosas), trono (ou domínio e soberania) e autoridade (há também uma progressão da autoridade, ao ser passada do dragão para a primeira besta (13.2,4), depois, para a segunda besta (13.12) e, por fim, para os dez reis que servem a besta (17.12,13). Lembre-se que essa autoridade, que parece ter vindo do diabo e dada ao anticristo, vem de Deus. Será Ele que irá permitir no final dos tempos que muitos fatos aconteçam, para que o próprio Deus exerça juízo.
ANTICRISTO
Depois dessa base, então, podemos observar... O dragão/satanás, ficou com seus pés sobre a areia do mar (povos, nações pecadoras, que não querem Deus, no fim dos tempos) e invocou a besta/anticristo que vem das profundezas do mar/abismo. O anticristo surge com milagres, dominação e autoridade. O anticristo imita a Cristo, com a ferida de morte que foi curada, ou ressuscitada, o que fez com que um culto fanático surgisse. E aqueles que adoraram o anticristo, são adoradores por extensão do diabo. O anticristo tem ainda a característica de falar blasfêmias, contra Deus e o seu povo.
Um desejo surgido desde a batalha no céu, era que o anjo caído queria ser Deus no lugar de Deus, ou seja, ele tinha desejo de governar e provar, que ele poderia governar melhor do que Deus. O problema do governo do diabo sempre foi o pecado. O pecado tem um principio de gerar morte, ou seja, por mais que se tente, o que é feito no pecado não vai dar certo. Mas na Tribulação ele vai tentar esse governo no seu “filho”, o anticristo, que surge do mar, ou das nações. O anticristo será um estadista, um grande líder mundial, que será como um super-presidente, no final dos tempos, comandando, por breve tempo, o mundo todo.
A referência a 42 meses, 3,5 anos, pode ser referência a metade da Tribulação (Mateus 24.21), ou o final dela chamada de Grande Tribulação. Se pensarmos que aqui tem-se em Apocalipse uma cronologia, então, após o anticristo ser ferido de morte e ressuscitar, ou ser curado da ferida mortal, ai ele é adorado fanaticamente e sobe a líder mundial. Ou seja, no inicio da Tribulação ele surge (2 Tessalonicenses 2.1-4) e demora metade da Tribulação, ou 3,5 anos para se firmar ou ser o líder mundial. E assim que sobe a líder mundial, inicia a Grande Tribulação, que será caracterizada por uma cruel perseguição aos cristãos e a maior concentração dos piores juízos de Deus jamais visto nessa Terra, o que nunca mais será repetido.
Quando se diz que o anticristo blasfema contra Deus (Ap 13.6-7), compreende-se que ele está proferindo blasfêmias sobre a igreja da época da Grande Tribulação. Ele blasfema de Deus, do seu tabernáculo, que é a igreja na Terra e dos que habitam no céu, os seres angelicais. Também lhe foi permitido fazer guerra contra os santos e vencê-los. É interessante que não é apenas mais uma perseguição, aqui é declarada uma guerra santa. Outro fato é que a autoridade sobre toda tribo, língua e nação que o anticristo terá, descrita no versículo 7, será de forma opressiva, ditatorial.
Imaginemos o governo do anticristo como um governo nazista, com suas idéias de erradicação do que não é a raça ariana, a raça pura nazista. E assim como ocorreu no nazismo, que na Tribulação será elevado ao máximo, surgirá uma religião que é uma mistura de arianismo, ou deuses nórdicos, astrologia, discos-voadores, demonismos, adivinhações, manifestações de curas demoníacas e fanatismo cego. O governo do anticristo será um governo religioso, perigoso, maligno, assassino. E como havia no nazismo as SS, a policia nazista mais radical, no fim dos tempos surgirá uma policia assim, porém pior do que os nazistas. Vemos hoje ocorrer uma divisão do mundo entre a Esquerda Radical, com idéias marxistas, e uma outra divisão perigosa de Direita Extremada, que podemos estar vendo o que será o governo do anticristo.
Sobre a Direita Radical, Priscilla Cabral Dibai, Gerente Senior (mais velho) da Linkedin nos fala: “Embora não haja muitos consensos no campo de pesquisa, a literatura tem apresentado padrões entre as diversas ocorrências e chamado a atenção para o fato de que essa ideologia tem se instalado em democracias, disputando visibilidade e o voto dos eleitores por meio de modelos de Estado e sociedade autoritários, restritivos e antiplurais, a partir de performances ofensivas e exaltadas contra certos grupos sociais, modalizados como inimigos da nação.”
O final dessa seção (Ap. 13.1-9) encerra com um aviso terrível. Aqueles que adoraram a besta não terão seus nomes escritos no Livro da Vida (Ap. 3.5; 17.8; 20.12,15; 21.27), que é o registro divino dos verdadeiros crentes. E o pequeno versículo 9: “Se alguém tem ouvidos, ouça.” (Ap. 13.10) Que é uma advertência para ouvir e obedecer O versículo 10 nos fala sobre duas situações que alguns crentes fiéis da Tribulação irão passar: prisão e morte. Mas a esses édito para perseverar, a vitória é certa.
O FALSO PROFETA (Ap 13.11-18)
Depois de surgir o Anticristo (a primeira besta), um super-líder mundial, surge o Falso Profeta (a segunda besta), alguém com poderes espirituais que enganará a muitos. Ele pode surgir com o título de pastor, papa, profeta mundial , ou até dizer que é Jesus Cristo, O Profeta, o que é mais provável. (Ap 19.20; 20.10).
Sua tarefa é realizar milagres enganosos que levarão o mundo de descrentes a adorar, e seguir, o dragão e a besta do mar (13.13-15; 16.14). Enquanto a primeira besta têm uma função mais militar (subjugar os santos e dominar o mundo), a segunda tem um papel mais religioso, enganando o mundo para que adore o Anticristo. Há uma associação
ao estado e a uma igreja estatal. A besta do mar é um poder político secular, ao passo que a besta da terra é uma instituição religiosa que promove a adoração da primeira besta”. Ou, o Anticristo é político e o Falso Profeta é religioso. Sendo os dois influenciados diretamente pelo Diabo.
CARACTERÍSTICAS DO FALSO PROFETA
Essa outra besta, subiu da terra. E tinha dois chifres como um cordeiro, mas falava como o dragão. É clara uma imitação de Cristo. O “falso profeta” derradeiro é provavelmente aquele que se levantará da própria igreja e levará pessoas à “grande apostasia”, em 2 Tessalonicenses 2.3. Em l João 2.18 e 4.1-3, são mencionados “muitos anticristos” ou falsos mestres que se levantaram para disseminar a heresia na igreja. A segunda besta será o “falso profeta” derradeiro, que será o somatório de todos os outros.
O Falso Profeta é subordinado ao anticristo (só tem dois chifres). Seu papel é fazer a terra adorar o anticristo. E repete que a primeira besta morreu e ressuscitou. Provavelmente o Falso Profeta é quem ressuscitou o Anticristo. Além disso ele tinha poder para fazer descer fogo do céu, perante os homens. Talvez isso ocorra enquanto ele está pregando a milhões, pela TV, numa concentração religiosa. É interessante que ele imita os sinais milagrosos de Elias e de Cristo, e também das duas testemunhas em 11.5,6.
Por meio desses enormes sinais que fazia o Falso Profeta, ele disse aos habitantes da terra que fizessem uma imagem do anticristo, um ídolo, no qual ele fez viver e falasse. Os que não adorassem essa imagem deveriam morrer. Alguns vêem essa estátua criando vida, por meios mágicos, mas pode bem ser que essa estátua seja um robô.
Recentemente a Robô Sophia (veja na Internet), ao lhe perguntarem, em tom de brincadeira, se ela iria destruir a humanidade, ela disse que sim. Essa robô e outros, tem uma espécie de inteligência artificial, ou seja, pensam. Quem estuda Informática sabe que existem idéias que dizem que o vírus da humanidade é o ser - humano. Ou seja, sem o ser - humano, o mundo funcionaria melhor. Romanos 8.19 é um reflexo de que o vírus da humanidade somos nós.
Depois que a imagem ganhou vida, foi posto um sinal na mão ou na testa das pessoas, para que pudessem comprar ou vender. Isso serve mais como um documento único, por meios tecnológicos.
Há duas regras aqui: a primeira fala que quem tem a marca é propriedade da besta. O que é uma imitação de selo, ou batismo cristão (Ap. 7.2-4). Não se esqueça, que sempre haverá salvação daquele que vem da idolatria nacional. Outro ponto é que não há neutralidade nessa guerra, ou você tem o selo de Cristo, que é o Espírito Santo em nós, ou tem o sinal da besta.
A segunda regra é que ninguém pode comprar ou vender sem ter o sinal. (Marcos 10.29-31) Devido a esse sinal da besta, uma marcação tecnológica, uma tatuagem, ou marcação a ferro, será um tempo muito difícil ao crente. Como será que vão viver, comer, trabalhar? Nós igreja devemos orar, pelos irmãos do futuro que vão passar por esse tempo.
Um dos versículos com mais especulação na Bíblia é Ap. 13.18. Centenas de especulações foram feitas para compreender o que seja o número 666, talvez seja um nome cifrado do Anticristo. Talvez fosse interessante a nós saber agora qual nome é esse, para ficarmos atentos a alguma figura mundial que surgisse. Nos parece mais que o número seja simbólico, não um nome. Aqui há sabedoria, ou haverá revelação, para saber que nome é esse. Muitos teólogos enxergam o nome “Nero César”, no 666, o que seria um título como “Imperador Mundial”.
Baseado em Ap. 4.8, ou “santo, santo, santo” (Deus é o 777), compreende-se: Jesus (888) significa “homem completamente perfeito”, ou totalmente santo, dirigido pelo Espírito Santo. O que seria algo assim: “perfeito, perfeito, perfeito”. A besta, ou número de homem seria (666), o número do pecado, imperfeito, ou “imperfeito, imperfeito, imperfeito”. Ou, ele será o exemplo máximo de um homem pecador. Nele todo pecado se junta.
Amém
Fique na paz
BIBLIOGRAFIA
Comentário Exegético de Apocalipse – Grant R. Osborne
Comentarios Expositivos Hagnos Apocalipse – Hernandes Dias Lopes