O amor e a misericórdia se esvaem quando interesses egoístas primam.
Os escribas e fariseus trouxeram até Ele uma mulher surpreendida em adultério. Forçaram-na a ficar em pé no meio de todos, e disseram a Ele: “Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante ato de adultério. (João 8:3-4). Estes versículos fazem parte de uma narrativa que se dá do versículo um ao onze do presente capítulo.
Deixando de lado as conflitantes linhas teológicas que colocam dúvidas no presente relato, tiremos daqui lições para uma vida que realmente gera vida e vida rica de vida e jamais de egoísmo. Para que entendamos o pano de fundo dos acontecimentos primeiro temos que entender a linhas farisaicas da época. Existia duas escolas farisaica a de Hillel e a de Shamai, entre outras. A escola Hillel situava-se na Galileia e a de Shamai em Jerusalém. Ambas se rivalizavam entre si devido a diferença entre a lei que observa tudo com a luz da misericórdia, e a lei que é dura em sua ação.
Jesus havia estudado na escola Hillel, e os que trouxeram a mulher provavelmente era da escola de Shamai. Como o próprio texto diz os acusadores queriam ver Jesus tropeçar em sua decisão. E cometeram alguns erros primários para ver se Jesus faria o mesmo diante da pressão do momento, só para citar alguns: O povo Hebreu não podia impor a pena capital; a lei Romana a qual o povo estava sob o jugo, rezava que adultério deveria ser pago com dinheiro. E em deuteronômio vinte e dois diz: que deveriam trazer a mulher e o homem; e geralmente isso acontecia fora da cidade. E Jesus estava ensinando no templo.
Os fariseus da escola Shamai sempre primavam pela lei em detrimento da misericórdia, já os da escola de Hillel sempre levava em consideração o ser humano diante da lei. Agora que entendemos um pouco o pano de fundo do acontecimento, começamos a entender um pouco da vida Cristã. E aqui se mostra várias coisas que podemos aprender e apreender. Vemos nela o espírito inflexível dos religiosos que deixam seus eitos preceitos e preconceitos falarem mais alto que a verdade do amor.
Jesus no sermão do monte havia tratado tal tema com a severidade espiritual, mostrando que a lei materialmente era apenas o começo. Aqui começamos a entender como o miserável egoísmo trata outro ser humano, esquecendo que também, é apenas uma criatura humana. Vemos com quanta a brutalidade um sentir que sem misericórdia e egoísta pode tratar a outrem num falso cumprir da lei. Vemos também o quão pernicioso é um agir pretencioso cheio de orgulho religioso.
E em suma vemos algo edificante ao vermos a malicia ser vencida pela sabedoria de uma agir em misericórdia e a amor a vida de outrem. Tentaram apanhar Jesus em uma armadilha, mas Jesus era conhecedor de todas as leis pois a havia estudado. E a havia aprendido de um ponto de vista mais humanitário, não se deixou levar nem pela pressão e nem tão pouco pelos eitos, preceitos e pelo danoso preconceito religioso.
O triste que ainda hoje muitos de nós se deixam levar pelas más características dominada pelos preconceitos religiosos desumanizado. Lembremos que toda religião existe para levar um bem-estar espiritual, um bem-estar mental, um bem-estar psicossocial e por fim um bem-estar físico a todos os seres humanos e vidas deste mundo. Que somente o estudo, o amor, a humana e a divina misericórdia podem nos dar.
Cabe a cada um de nós escolher: Religiosidade sem estudo e egoísta que em sua supersticiosidade destrói a vida, ou estudar a fim de aprender e apreender de Deus que nos leva a misericórdia amorosa que cria vida e vida plena. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).