A caverna de Adulão: Davi e Jesus - (1º Sm 22.1 c/c Sl 57 e 142)

Davi se identifica com Jesus na “caverna de Adulão”.

A diferença é que na “caverna-Calvário”, Jesus não entrou nela, foi levantado no madeiro que estava sobre o monte Gólgota. A sua caverna foi o túmulo de pedra, escavado por alguém especializado e comprado por grande preço por José de Arimatéia. Ali sim, Ele foi posto lá dentro – provisoriamente! Aleluia! (Em Marcos 15.46, vemos quando a Rocha entra na rocha, ou seja, quando o corpo de Cristo, a Rocha, é depositado no interior de uma rocha natural, em Jerusalém).

Na “caverna de Adulão”, Davi compartilhou espaço com diversas personalidades em dificuldades e apertos, tal como ele se encontrava!

Jesus não compartilhou ou não compactuou com pecadores, apenas se identificou conosco, quando humanizou-se e se viu posto na cruz, ladeado por dois malfeitores – Ele se “fez oferta pelo pecado”, mas nunca pecou (2ª Co 5.21; Hb 4.15; 1ª Pd 2.22 e 1ª João 3.5 e Is 53.9).

No monte Gólgota a “caverna-caveira” Jesus não entrou, ainda que houvesse buraco ou fenda em sua estrutura, porque seu espetáculo foi em público, fora das portas, no arraial, para ser crucificado como o foi sobre o monte, consoante Hb 13.12.

Davi, sim, entrou na “caverna de Adulão” e a ele aderiram muitos endividados, muitos que se achavam em apertos e muitos amargurados de espírito, como também seus irmãos e familiares!

Com Jesus se deu o contrário (seus irmãos o afugentaram – e “não criam nEle” – João 7.3-5). Passaram a crer (se converteram à fé cristã) só depois de Sua ressurreição! Passaram a congregar, ouvir sermões, ensinos, enfim, deram-lhe crédito, só após se convencerem do maior milagre físico ocorrido – a ressurreição de seu Mano primogênito dentre os mortos, Jesus – o ALFA. Embora, sendo o Alfa, foi o último a ser reconhecido pelos demais (Tiago, José, Simão e Judas, com suas irmãs anônimas), por isso, Ele é também o ÔMEGA. (Ler Mt 13.55, 56; Mc 6.3 e Ap 1.8).

Mas, a sublime identificação de Jesus com Davi e conosco é que Ele chama para si (e não espera que apareçam), todos os cansados e oprimidos e os alivia física, moral e espiritualmente, porque o Seu jugo é suave e Seu fardo é leve (Mt 11.28-30).

Jerônimo Monteiro (ES), 17 – 07 – 2020

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