PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 7,24-30)(11/02/21)
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Caríssimos, a dádiva de sermos criados à "imagem e semelhança de Deus" nos faz portadores das virtudes eternas, que nos tornam capazes de todo bem. Por isso, tudo o que distoa desse santo propósito, vem do maligno, o arqui-inimigo de Deus e nosso, por isso, fechemos a porta de nossas almas para não deixarmos entrar nenhuma de suas sugestões.
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Na primeira leitura de hoje, vemos a relação entre Deus Pai Criador, com a obra da criação, tendo o homem à sua frente, para que administre todas as coisas criadas, a fim de permanecerem em comunhão com o Seu Criador, sem a interferência de mal algum; pois, é isso que mantém a harmonia da criação até que chegue à perfeição eterna, em conformidade com os desígnios do Senhor.
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No Evangelho de hoje vemos o episódio da intercessão de uma mãe que pede a Jesus a libertação de sua filha possuída por um espírito impuro. Ao que o Senhor respondeu: "Deixa primeiro que os filhos fiquem saciados, porque não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos”.
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Mas, humildemente, "A mulher respondeu: “É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair”. Então Jesus disse: “Por causa do que acabas de dizer, podes voltar para casa. O demônio já saiu de tua filha”. Desse modo, percebemos que a oração é o meio pelo qual obtemos todas as graças, desde que a façamos com perseverança e humildade.
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Portanto, caríssimos, eis algumas virtudes da oração dos humildes: põem toda confiança no Senhor para que se realize a sua vontade; por meio da perseverança e humildade alcançam todas as graças; mantém-se na certeza de que suas orações são portadoras das bênçãos do Senhor para àqueles por quem intercedem.
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Destarte, o dom da oração é a graça de todo momento, porque é um permanente encontro com Deus; de fato, quem reza assim nunca se esquece Dele, porque vive sempre na Sua Presença (cf. Lc 18,1; 1Tess 5,17).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.