A Inquisição
A época do santo ofício, foi o maior período de terror que o mundo já presenciou. No ninho da escolástica a religião católica pariu e o peito régio amamentou o nefasto ser batizado de inquisição.
Para forçar novas conversões, conter a debandada dos católicos e principalmente aumentar a arrecadação, o Tribunal da Inquisição, foi criado na cidade de Verona no ano de 1.184, e visava inicialmente conter as crenças dos cátaros de Abi, chamados de albigenses que acreditavam na metempsicose na transmigração das almas ou reencarnação, crença essa originária dos vedas/hindus que passaram para gregos, romanos, indianos, chineses e egípcios.
Mas somente em 20 de abril der 1233, é que o maligno papa Gregório IX, editou duas bulas que implantavam de fato a Inquisição e estendeu sua aplicação a todas as demais heresias e práticas condenadas pela igreja. A partir daí, sempre que era interesse dos estados, reis, rainhas e outras mentes insanas, solicitavam permissão ao papa para instalar em seus territórios o tal tribunal.
O decreto do papa tinha que ser cumprido, para isso foram arregimentadas todas as forças e meios disponíveis com o objetivo de perseguir, torturar e assassinar os hereges, filósofos e principalmente, judeus, protestantes, e espiritualistas.
Durante esse regime de terror milhares de horrorosos e hediondos crimes foram cometidos em nome da fé, contra seres humanos e sob as ordens de pontífices que debaixo das tiaras e das cândidas vestes escondiam trevosos intentos.
Em 1.252, o papa Inocêncio IV, autorizou o uso da tortura para extrair do réu a confissão. O papa Sisto IV em 1.478, consentiu que a inquisição fosse procedida por qualquer autoridade. Temos na pessoa do espanhol, Frei Tomás de Torquemada, o mais cruel batinado da história, sob as ordens deste carrasco, padeceram mais de duas mil pessoas.
Sem qualquer acusação formal, homens, mulheres e muitas crianças eram perseguidos ou retirados a força de suas casas, presos e torturados.
Num processo sumário em que o acusado não tinha defesa a condenação era quase certa, pois que o seu advogado era indicado entre os membros do santo ofício e por isso chamado advogado do diabo.
Dada a sentença o réu era queimado vivo, (Santa Joana D'arc, que o diga), cozido em óleo fervente, estrangulado ou tinha suas juntas esmagadas a golpes de madeira. É bem verdade que alguns e raros clérigos contrários a tais suplícios também tiveram o mesmo trágico fim.
Se você pensa que toda essa apocalíptica movimentação foi só para salvar a fé, está muito enganado. O principal objetivo era consolidar o poder do clero e reabastecer seus cofres, visto que como sabemos, a queda do império romano exauriu também as reservas da igreja.
Como o dinheiro só vem do povo, se estes abandonassem a fé, deixariam também de contribuir. Além disso, os judeus já formavam na época uma grande e abastada classe social, que não dava, sequer, um centavo para a clerezia.
De fato também nesse rebu, os judeus foram às maiores vítimas, visto que a par da perseguição religiosa com torturas e assassinatos, tiveram eles, confiscados, todos os seus bens, terras, castelos, fazendas, indústrias, jóias e objetos de valor como obras de arte etc, que ainda hoje fazem parte do patrimônio da igreja católica.
Com exceção dos mártires, os demais sacerdotes católicos, não só cumpriam as ordens dos primazes, como também ao seu critério, às vezes, infligiam, mais sofrimentos ao acusado, visto que “pior do que o rei, é o vassalo”. E muitos Padres foram ao mesmo tempo, religiosos e algozes, entre esses santos/diabos estão São Raimundo de Penhãfort e frei Nicolau Eimerich.
Durante quase cinco séculos o espírito demoníaco tomou conta das cabeças pontifícias, e o reinado de terror estendeu seus tentáculos criminosos do velho ao novo mundo. No Brasil como nas demais possessões de reis católicos, os monarcas portugueses com a aprovação do papa, nomeavam entre os nobres da coroa, os inquisidores oficiais, que assessorados por alguns “santos jesuítas” fizeram centenas de mártires, criminosamente executados sob o olhar complacente dos missionários.
Essa complacência dos obedientes clérigos, se não justificável, é pelo menos compreensível, visto que o conluio e os escusos conchavos entre reis e papas, tinham supremacia sobre todos os súditos da coroa e do pontificado. Cá pra nóis, é uma ofensa à São Pedro, a igreja afirmar que esses facínoras vestidos e coroados papas, sejam considerados como verdadeiros e legítimos sucessores do mais amado dos discípulos.
Como, não tem bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe, os perseguidos começaram a se organizar e a conspirar clandestinamente contra o regime inquisitório.
No meio desse fuzuê todo, surgiu a Maçonaria, sociedade secreta, que solertemente foi solapando o "santo ofício" e juntamente com o movimento reformista acabaram com a festa satânica dos papas.
Este é o motivo, porque a Maçonaria foi excomungada e até hoje é odiada pela igreja católica. E tem mais, se você quiser ingressar em qualquer ordem ou movimento oficial da igreja, terá que jurar solenemente combater a Franco-Maçonaria.
Há algum tempo, o papa, pediu perdão pelos atos praticados pela sua igreja, contra os povos praticantes de outras crenças e especialmente contra o povo hebreu, dos quais a igreja confiscou todos os bens, porém o papa não fez qualquer referência sobre a devolução do que foi deles confiscado.