PECADO E CASTIGO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Na verdade, a palavra pecado não é muito utilizada no Espiritismo e quando utilizamos esse termo é para sermos mais bem compreendidos pelos irmãos das religiões cristãs tradicionais, ainda apegados ao mito do pecado original [1].
Desse modo, a doutrina Espírita não ensina que a reencarnação é para pagarmos pecados e sofrermos castigo, como muitas vezes se ouve e muitos simpatizantes do espiritismo também reproduzem, esses termos são para nós nos tornarmos compreendidos, talvez pela falta de vocábulos mais precisos que exprimam realmente o pensamento espírita.
As vidas sucessivas é um mecanismo evolutivo de aprendizado e como todo aprendiz é passível de erros e acertos o espírito ou alma pode, na utilização do seu livre arbítrio, praticar ações que trazem consequências positivas ou negativas. Dessa forma, não há castigo propriamente dito ou recompensa, mas, consequências boas ou ruins de um aprendizado, como resultado da lei de ação e reação.
Assim sendo, esta vida física transitória é uma imensa sala de aula onde o livro da vida nos proporcionará situações em que iremos recapitular lições não aprendidas em vidas pretéritas ou oportunidades de vivenciarmos estudos novos com vistas ao nosso melhoramento.
Então, quando passamos a errar menos e nos reformamos intimamente, auxiliando o nosso próximo, nos aproximamos mais das Leis divinas e consequentemente do nosso Mestre Jesus sejam quais forem as nossas crenças pessoais. Passando a ver os erros alheios de maneira diferente, desenvolvendo as nossas capacidades de empatia e perdão, pois, afinal, somos todos aprendizes nessa escola chamada Terra.
[1] Ver nossos artigos: O Pecado Original e o Sacrifício de Jesus; Deus, Jesus e a Mitologia Bíblica.