Engana -se miseravelmente quem pensa que o cumprimento da missão nesta Terra seja regrada à sombra e água fresca.  
Vocação, que é a tradução do que chamamos de missão, propósito, objetivo, é na verdade morrer para viver.  
     Toda missão tem por base a saída de um cenário em busca de outro; o deslocamento do seguro para o incerto; da certeza para a dúvida; do conforto ao sacrifício. Foi assim com Moisés, com os discípulos, Paulo,  Joana D'arc, Tolkien, Frankl, e não seria diferente comigo e com você. 
     Degrada o próprio sentido de existência quem se conforma que o padrão executável da sociedade atual, resumindo o modus operandi de qualquer ser humano ao que todo mundo normalmente faz simplesmente porque "as coisas são assim desde que o mundo é mundo". 
     Nesse movimento, talentos são enterrados, pérolas se tornam alimento de porcos e o conformismo do habitual assume o posto de lei Magna. 
     Não, a ousadia de se enfrentar (o próprio medo, timidez, ausência de oportunidade ou recursos, etc.) não garante sucesso e alegrias extraordinárias e recompensas exorbitantes. Nesta vida. 
     O impulso pelo cumprimento de algo que ecoa dentro de si, parte da ideia de que nunca é para o próprio lucro, nunca é para próprio proveito.  Vocação é amor, amor é verbo, verbo é ação, é amar o outro com o exercício do dever.  É ter a oportunidade de oferecer tudo sem condicionar nada. Aqui lembramos do apóstolo, "Viver para mim é Cristo morrer para mim é lucro". Viver bem, é cumprir a vocação afim de que na morte, encontremos com a recompensa da vida. Deus é Amor paciente, é O Amor, e Ele basta para que cheguemos até Ele. 
     Mas o que eu faço com minha vida, meus erros, meus problemas, minhas dificuldades...? O espinho na carne talvez se faça presença por toda vida para lembrar sempre da capacidade humana limitada, frágil e dependente, que se não fosse a fé no Amor Supremo nada seria feito. Além de recordar que somos ramos de uma videira muito maior, que nutre seus ramos o quanto for necessário para que gerem frutos.  
     Assim, que bom que já conhecemos, falamos e experimentamos deste Amor-combustível há muito tempo, não é mesmo?! Então, já temos tudo para agir.
Abra a Porta e Joyce Lima
Enviado por Abra a Porta em 05/02/2021
Reeditado em 05/02/2021
Código do texto: T7176861
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