A vida gera vida na utilidade dum servir em amor e verdade.

Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará. (Luc 9:24). Aqui vemos Jesus pronunciar algo que soa no mínimo intrigante, pois se abrem duas maneiras de vermos isto.

A um tipo de viver que é impulsionado por objetivos egoísta que busca a segurança. Nas coisas materiais, e o que conta para este é o seu próprio progresso e segurança, mesmo que isto aconteça e detrimento ao progresso e a segurança da vida de outrem. E mais, em muitas ocasiões vemos Jesus alertar que aquele que cuidava de esconder a vida com acortina dum viver egoísta, terminaria por perdê-la e que aquele que a entregava em entendimento e amor, ganhava, (Marcos 8:35; Mateus 16:25:Lucas 9:24; Mateus 10:39; Lucas 17:33).

Quando lemos a história notamos o quanto a humanidade teria perdido se não tivessem existido pessoas dispostas a esquecer sua segurança pessoal, o ganho egoísta e seu próprio progresso. A humanidade deve muito a aqueles que queimaram toda sua força sem reticências e se entregaram ao servir a Deus e ao próximo. E isso podemos ver não somente no meio religioso, mas também no social e no científico.

Segundo quando entendemos que a vida física é um reflexo da nossa vida psicológica, ou seja, do nosso interior. E entendemos que seguir a Cristo é ter uma vida na qual um discípulo busca a viver, o ensinamento do seu mestre e Senhor. As pautas dos nossos questionamentos começam a mudar e já não olharemos para as situações pensando no quanto poderei obter, mas sim perguntaremos o quanto posso dar? Já não pensaremos mais no que é seguro e sim, será que é correto? Já não buscaremos o esforço mínimo no servir e sim buscaremos o quanto se pode servir no máximo. Já não nos importará o quanto somos perdoados, mas o quanto somos capazes de perdoar.

A vida assumirá o valor não no quanto somos amados, mas sim no quanto podemos amar mais e melhor. Ou seja, o Cristão deve dar-se conta de que a vida lhe é dada, não para que a guarde para si, mas sim para utilizá-la para outros; não para poupar sua chama ou retê-la com medo da ingratidão, mas sim num deixar-se consumir pela chama do sempiternal amor a Cristo e ao próximo.

E por fim a vida citada a qual devemos doar em prol de outras não é a vida bios, (βιος), vida física embora esta esteja envolvida; também não é a vida, zoe (ζωη), vida plena, que só podemos atingir a luz da verdade do amor que é Deus. A vida que devemos relegar em favor do próximo é a vida psuche (ψυχη), em seu aspecto das baixas emoções, tais como, ódio, rancor, inveja, cobiça entre outras tantas parecidas, que nos leva a aos danosos eitos, preceitos e preconceitos.

Sendo assim entendemos que Jesus trouxe ao mundo uma nova visão da vida. O povo da época enxergava a vida na glória de uma conquista, na aquisição de poder e no direito de governar. Jesus ensinou que a glória da vida estava numa humilde cruz. Ensinou aos da época que a vida só chega por meio da morte e na capacidade de negar a si mesmo. Pois quando deixamos de lado o viver egoísta entendemos que, a real grandeza do ser só se revela no gracioso serviço do amor, e, a vida zoe (ζωη), vida plena que encontra paz e alegria mesmo em meio as dificuldades se fará presente em nossas vidas. Que a paz e o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 03/02/2021
Código do texto: T7175481
Classificação de conteúdo: seguro