O PASSE ESPÍRITA
O passe é uma doação de energias sutis. Pela imposição de mãos, fluídos são transferidos ao paciente, revigorando, repelindo as energias negativas e proporcionando benefícios para a pessoa que o recebe de modo integral.
Esses fluidos podem ser constituídos apenas das energias doadas diretamente pelos espíritos do bem (passe espiritual), apenas pelo magnetismo (fluido vital) do médium (passe magnético) ou pela combinação dos dois (passe misto) que é o mais comumente utilizado nos Centros Espíritas.
No momento do passe é necessário que a pessoa tome uma atitude de sintonia com o alto, é um momento de oração silenciosa e de confiança em Jesus. A espiritualidade superior, atuando por intermédio do médium passista, necessita que o paciente estabeleça um elo de ligação através da fé, para que os fluidos possam ser melhor assimilados.
O próprio Jesus deixou evidente a necessidade da fé no momento da cura dos enfermos e, após restabelecer a saúde a uma senhora enferma disse: “vá em paz, a tua fé te curou”
Sendo o instante do passe um momento de relação íntima com os Espíritos do bem, faz-se indispensável que o passista mantenha por sua vez os pensamentos vigilantes e elevados, através do amor, do perdão e da caridade. Tornando-se um instrumento da espiritualidade superior em nome do divino Mestre.
É comum algumas pessoas admirarem-se pelo fato de o passe Espírita, usado em muitas instituições, empregar certos movimentos específicos, ao contrário da simples imposição de mãos utilizada pelas demais correntes religiosas, inclusive pelo próprio Jesus quando de suas peregrinações sobre a terra.
Para exemplificar a necessidade desses movimentos vou relatar um episódio ocorrido com um pastor amigo meu líder de uma Igreja pentecostal, o fato ele mesmo me contou em uma de nossas conversas: numa noite de culto de libertação como se diz no meio pentecostal, o pastor a fim de afastar Espíritos ignorantes incorporados em algumas pessoas presentes, iniciou um trabalho de imposição de mãos na cabeça dos necessitados. Pois bem, ao término dos trabalhos o jovem líder estava exausto. No dia seguinte, parecia-lhe (assim disse ele) “que havia descarregado um caminhão de pedras”.
O que teria acontecido com este meu amigo, seareiro protestante? A Doutrina Espírita responde: fadiga fluídica! Isto é, doação de fluido vital em demasia. Se o caro amigo houvesse estudado o passe espírita, teria aplicado dispersivos, minimizando o risco da fadiga.
Eis o porquê dos movimentos. Cada um deles tem o seu objetivo particular, facilitando o trabalho de ajuda. Logicamente que dentro do Movimento Espírita a utilização de movimentos específicos para o passe gera ainda debates doutrinários que, entretanto, não interferem na sua utilização e eficácia. Assim, seja usando movimentos ou a simples imposição de mãos, o passe espírita é indispensável instrumento de auxilio espiritual e reequilíbrio psicofísico para os que confiam no Senhor e nos seus ministros espirituais.