O PERISPÍRITO

Sempre empregando a ciência como base do Espiritismo, Allan Kardec utilizando o vocábulo Perisperma usado no meio cientifico para designar a parte carnosa que envolve um fruto, criou a palavra Perispírito para denominar o corpo espiritual. O corpo que envolve o espírito.

Ao deixar o envoltório físico por meio da morte ou mais propriamente falando do desencarne, o Ser espiritual toma posse desse “novo” corpo que o individualiza e mantêm a mesma aparência que tinha quando na matéria.

Na verdade o Perispírito é o envoltório natural do Espírito, o acompanha sempre: antes, durante e depois do nascimento e prossegue no mundo dos Espíritos e em todas as suas reencarnações. O perispírito é o corpo espiritual de que fala o apóstolo Paulo de Tarso em sua carta aos coríntios.

No entanto, o Perispírito ainda é matéria, só que em um estado diferente que poderíamos chamar de matéria extrafísica e por isso mesmo, apenas um instrumento do Espírito.

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Sensível ao pensamento, o Perispírito se molda seguindo as diretrizes da mente que o dirige. Desse modo, é através do Perispírito que o Espírito se mostra tal qual era quando encarnado, com os mesmos defeitos físicos ou a mesma roupa que usava na sua ultima existência.

No Espírito é onde se encontram todas as faculdades do homem: o pensamento, a moral, a consciência; enfim, capacidades que independem da matéria como o afirmou Kardec: “se o pensamento fosse propriedade da matéria teríamos a matéria bruta a pensar. Ora, como ninguém viu a matéria inerte dotada de faculdades intelectuais; como quando o corpo morre, não mais pensa forçoso é que se conclua que a alma independe da matéria e que os órgãos não passam de instrumentos com que o homem manifesta seu pensamento”.