A lei da colheita de acordo com a semeadura.
Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. (Gál 6:7). Este versículo faz parte da admoestação que Paulo faz aos de gálatas, e ela chega até nós nos dias de hoje de forma efetiva e nova. O perdão advém pela ação graciosa do amor do Pai, mas isso jamais nos exime de sermos proativos no agraciar do próximo.
Aqui Paulo cita a lei da colheita de acordo com a semeadura. E muitos de nós pode perguntar se somos salvos pela fé, o porquê desta lei? Qual é a necessidade dessa lei? E a resposta é; sem essa lei, não poderia haver esperança alguma da verdade e da bondade serem vencedoras na labuta contra a falsidade e a maldade. Essa lei garante a vitória eventual do bem sobre o mal. Também nos assegura, a nós que nos encontramos na luta em prol da vida piedosa, que essa maneira piedosa de viver é digna de ser vivida, a despeito de quaisquer vantagens temporárias que a vida do viver egoísta possa nos oferecer.
Ela afirma a certeza de que a luta contra o mal vale a pena; pois, de outra maneira, nos tornaríamos seres que somente investiria no próprio «eu» e para a vida da carne. Precisamos ter a certeza de que em algum lugar, em algum tempo, os piedosos serão herdeiros do reino eterno de Deus, de que os piedosos triunfarão. Esta lei ensina o real resultado do porquê vivermos no amor em prol da vida.
Mas sempre se faz bem lembrar que tudo que a bíblia nos ensina é para pôr em prática em nós mesmos e, em nossa vida. Até porque a bíblia é um manual de vida e não um código civil ou criminal que nos torna juízes. Pois Jesus nos deu a taça da misericórdia e não o martelo de um juiz ou o machado de um verdugo. Jesus nos ordenou a perdoar o inimigo, (Mat 5:43-48), e a amarmos uns aos outros como Ele nos amou, (João 13:31-35).
Então cabe a cada um de nós pararmos de citar versículos bíblicos fora de contexto, com o intuito de saciar algum dissabor ou prejuízo que alguém nos causou. E aplicar em nosso interior as lições e os mandamentos, para que a real revolução se faça em nosso interior. Pois como Paulo alerta: “de Deus não se zomba”, a palavra usada aqui do grego é ekmukterizo (εκμυκτηριζω), que significa: zombar, escarnecer, torcer o nariz. E quando usamos a Bíblia para justificar o nosso sentir egoísta torcemos o nariz para os mandamentos de Deus.
E podemos ter certeza de que a colheita sempre virá acrescida de suas consequências, pois jamais colhemos exatamente o que plantamos, mas sim, colhemos o que plantamos acrescido de suas justas consequências. Que cada um de nós avalie a si mesmo tendo como balizador o amor de Cristo Jesus.
(Molivars).