A escolha, luz sempiternal do amor, ou flashs de luz do ego.
E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Rom 12:2). Neste versículo vemos Paulo orientar os da época sobre o vivo relacionamento interpessoal entre os Cristãos. E esta orientação chega até nós de forma vívida e atual.
Ele começa dizendo não vos conformeis, ou seja, não se amolde com as coisas que vos rodeia, a palavra do grego usada aqui é, suschematizo (συσχηματιζω). Que significa esquema, aquilo que nos leva a ser o que não somos. É comum no dia a dia nos deixarmos levar pela reações, ante a objetos, acontecimentos e pessoas. E, ao fazermos isso perdemos o controle de nossas vidas, pois qualquer acontecimento, objeto ou pessoa será o dono dela. E já não vivemos, somos levados a sobreviver.
Ele segue dizendo para que nos transformemos, a palavra usada aqui é, metamorphoo (μεταμορφοω). Que traz consigo um sentido de uma constante mudança para melhor, ou seja, tendo como meta a sempiternal iluminação divina. Hoje vivemos de relâmpagos que iluminam o nosso ser, mas quando buscamos a proativa mudança no amor de Cristo, a cada passo se faz presente uma luz que jamais se apaga ou apagará.
Assim, pois, diz Paulo, que para adorar e servir a Deus devemos experimentar uma proativa mudança, não de nossa forma externa, mas sim de nossa personalidade interna, da própria essência de nosso ser. O que significa esta mudança? Paulo diria que, entregues a nosso arbítrio, vivemos uma vida kata sarka, dominada pelo mais baixo da natureza humana, sobrevivemos de reação em reação, tateando na escuridão de nossos desejos e paixões, alimentados pelos nossos eitos preceitos e preconceitos.
Mas quando começamos a caminhar na proatividade do amor de Cristo vivemos uma vida kata criston, kata pneuma, dominada por Cristo e pelo Espírito. Produzindo uma mudança interior, ou seja, a nossa essência foi mudada; agora já não vivemos uma vida centrada no si mesmo, mas uma vida que gira em torno de Cristo e do bem estar alheio. Já não buscamos quem nos sirva, estaremos sempre prontos a servir.
Muitos dirão isso é difícil de praticar, e, é aqui que entendemos o que foi dito: Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que veio ao mundo, estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu (João1:9-10). Que cada um faça uso do seu livre arbítrio, viver na proatividade da luz transformadora, ou sobreviver na reatividade das coisas comum tateando entre flashs de luz. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).