O ANTICRISTO 666
 

Quem é o Anticristo? Será uma pessoa, ou um “sistema de governo”? Ele está vivo hoje em algum lugar do mundo? Quando ele se manifestará? Qual será a sua marca? Quem irá derrotá-lo? O que a Bíblia diz sobre esse personagem tão misterioso?
 

Perguntas como estas não faltam no meio dos cristãos! Os primórdios do cristianismo diziam que o Anticristo era Nero. Os reformadores entenderam que ele era o Papa. Estudiosos contemporâneos disseram que ele foi representado por Napoleão, Hitler, Mussoline entre outros. Apesar de não existir um consenso entre os cristãos, há muitas especulações sobre a real identidade do Anticristo. Esse tema é motivo de muita “discussão” entre cristãos de todas as épocas da história da Igreja. Poucas figuras no mundo têm mexido tanto com a imaginação e despertado os pressentimentos como a figura misteriosa do Anticristo. Candidatos prováveis é o que não falta: Reis, Príncipes, Papas, Potências e Presidentes – têm sido apontados como o Anticristo. A lista é enorme! Diferentes gerações de cristãos examinando os sinais do fim do mundo, pensaram ter descoberto o Anticristo em homens, tais como: Nero, Constantino, Napoleão Bonaparte, Adolf Hitler, papa Bento XVI, o ex-presidente americano Barack Obama, o atual presidente francês Emmanuel Macron, Donald Trump presidente americano e acreditem se quiser – até o nosso presidente, Jair Messias Bolsonaro, entrou na lista! As curiosidades e especulações são tantas que tem inspirado muitos a escrever livros e até mesmo produzir filmes sobre o Anticristo. Na teologia, por várias gerações esse tipo de crença tem sido a tendência de muitos teólogos dispensasionalistas, que parecem estar convencidos de que o Anticristo pode estar vivo hoje “em algum lugar no mundo, e que ele pode se manifestar a qualquer momento, sobre a terra, depois do arrebatamento secreto da Igreja”. Dizem!
 

Diferente da visão dispensasionalista, há um grupo de cristãos reformados que, acreditam que o Anticristo não será uma pessoa específica, (uma figura contemporânea) que surgirá em algum momento da história. Esse grupo específico de cristãos entendem que haverá um “sistema anticristo”, uma forma de governo totalitário que se levantará e fará oposição ferrenha a Cristo e Sua Igreja. A ideia central dos que defendem esse pensamento é simplesmente qualquer sistema de crença que dispute os ensinos fundamentais do Cristianismo, começando com a pessoa de Cristo. São figuras “religiosas” relacionadas com a apostasia que começou a ser promovida por indivíduos que se infiltraram nas igrejas já no final do primeiro século. Estes anticristos ensinavam, por exemplo, que Jesus Cristo não é o que a Bíblia diz que Ele é. Os adeptos dessa visão entendem que devemos esperar uma apostasia futura da qual o Anticristo surgirá. Dessa maneira, o Anticristo não é uma figura política, mas uma descrição tanto do sistema de apostasia como da apostasia individual. De fato, não podemos negar as advertências bíblicas que nos mostram que o Anticristo não é apenas um inimigo fora dos portões da igreja institucional. Ele é um lobo disfarçado de ovelha no meio do rebanho. Ele age a partir da própria Igreja. As epístolas Joaninas, por exemplo, deixam muito claro, que a apostasia era extrema, quase desde o começo da Igreja. Para estes cristãos, o Anticristo era o cumprimento da profecia de Jesus que um tempo de grande apostasia mundial chegaria, quando “muitos hão de escandalizar, trair e odiar uns aos outros; levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” (Mt 24.10,11).

O que significa Anticristo
 

A palavra original ἀντίχριστος antichristos, significa: “aquele que coloca no lugar de, ou o inimigo (oponente) do Messias. No latim, ao invés do grego, o Anticristo reivindica ser o vigário de Cristo. O Anticristo tentará imitar Jesus Cristo. João é o único escritor bíblico do Novo Testamento que usa essa palavra (cinco vezes), em suas epístolas. Em (1Jo 2.18 – aparece duas vezes – uma no singular e outra no plural). Já em (1Jo 2.22; 4.3 e 2Jo 7), sempre no singular. Para muitos estudiosos da Bíblia, o Anticristo, é uma figura que “coloca a si mesmo no lugar de Jesus Cristo”. Ele é um substituto de Cristo. A obra do Anticristo é substituir o Evangelho por “outro evangelho”. Ele faz com que os homens se foquem em outros eventos e experiências ao invés do Evangelho de Jesus Cristo. Contudo, entendemos que, se por um lado, a Bíblia não diz quem é o Anticristo, no sentido de revelar a identidade específica de uma pessoa, por outro lado afirma que “todo aquele que nega que Jesus é o Cristo, é um tipo de anticristo” (1Jo 2.22).

Quem é o Anticristo
 

Sem dúvidas esse é um assunto muito difícil de resolver. Não há uma concordância de ideias entre os estudiosos da Bíblia sobre a identidade do Anticristo. No sermão escatológico, Jesus o chamou de “o abominável da desolação” que falou o profeta Daniel (Mt 24.15). O apóstolo Paulo o trata como, “o homem da iniquidade, o filho da perdição, o iníquo” (2Ts 2.3,8). João foi o único que o chamou de “o Anticristo” (1Jo 2.18) – Filhinhos, esta é a última hora; e como ouvistes que vem o anticristo, já muitos anticristos têm surgido, pelo que conhecemos que é a última hora. No livro do Apocalipse, João descreve a figura do Anticristo, como “a Besta que emerge do mar” (Ap 13.1; 19.20). A visão do apóstolo João, no Apocalipse é muito semelhante a visão do profeta Daniel. No capítulo 7 do livro de Daniel, o profeta vê quatro animais que subiam do mar “o leão, o urso, o leopardo e outro animal, horrível apavorante e extremamente poderoso” (vs.1-7). Daniel também fala do pequeno chifre do (v.8), que tinha olhos como os olhos de um ser humano e “uma boca que falava com soberba e arrogância”. Na visão de João a besta era semelhante “ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca domo a de leão”... E, foi-lhe dada “uma boca para proferir arrogâncias e blasfêmias” (Ap 13.5). Perceba a harmonia que há entre a visão de João e a visão de Daniel! Enquanto Daniel vê quatro animais, João também vê esses mesmos animais, porém em forma unificada. Essa é a Besta que surgirá do mar, conforme o apóstolo João diz em Apocalipse 13. O mar aqui nesse versículo é uma metáfora que nas profecias bíblicas, muitas vezes significa: nações, povos (sistema político-social), o contingente populacional em sua manifestação.
 

Temos por exemplo, o profeta Isaías, que usa a linguagem simbólica do mar para descrever as nações ímpias em sua agitação: “Porém os ímpios são como o mar agitado, incapaz de sossegar, e cujas águas expelem lama e lodo para todo lado” (Is 57.20). Os quatro animais da visão de Daniel, representam no decorrer da história – 4 reinos, ou impérios mundiais que viriam. O primeiro animal na visão do profeta é o leão, corresponde ao Império Babilônico. O segundo animal é o urso, corresponde ao Império Medo-Persa. O terceiro animal é o leopardo, corresponde ao Império Grego. O quarto animal horrível, apavorante e extremamente poderoso, corresponde ao Império Romano. A Besta que João viu tem as mesmas características dos quatro animais descritos por Daniel. Essa besta que surgirá do mar simboliza todas as nações e governos do mundo através de toda a história. É esse sistema mundial que fará oposição a Cristo, e a Sua Igreja. O Anticristo escatológico incorpora todo o poder dos impérios anticristãos e por fim se levantará para enganar as pessoas e conquistar as nações.
 

A visão de João sobre a Besta que se levanta do mar, não é apenas um evento futuro, ela tinha também uma aplicação prática na época em que o Apocalipse foi escrito. O Império Romano, por exemplo, e seus impiedosos imperadores estavam bem representados, principalmente Domiciano, um imperador insano, terrivelmente opressor ao cristianismo, e que tinha a fama de ser o Nero “ressuscitado”. Domiciano reivindicava ser reconhecido como um deus, e era obrigatório o culto ao imperador. Ele gostava que seus súditos se dirigissem a ele como “Dominus et Deus Noster” (nosso senhor e deus). Quem descumprisse as ordens sofria duras penalizações, como prisão, confisco de bens e até a morte com requintes de crueldades. Os sacerdotes pagãos a serviço do culto ao Imperador, tinham posição de liderança não só na religião, mas também na política e no comércio. Além disso, eles usavam técnicas ilusórias, e até mesmo ventríloquos para causar impacto e admiração nas pessoas, a fim de que a adoração fosse direcionada ao imperador. Todo esse pano de fundo histórico harmoniza claramente ao texto apocalíptico, especialmente o capítulo 13, e prefigura o tempo do fim, onde a falsa religião voltará suas atenções para o Anticristo, que será admirado e adorado por muitos.

Quando o Anticristo manifestará
 

A Bíblia fala de alguns aspectos relacionados ao Anticristo tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento, porém antes de examinarmos algumas referências que reforça o nosso pensamento, precisamos destacar e considerar uma regra importante da hermenêutica bíblica. Trata-se do “aspecto profético da Dupla Referência”. De maneira resumida essa regra de hermenêutica é simplesmente o reconhecimento de que o cumprimento de determinada passagem das Escrituras pode não ter esgotado completamente o seu significado, mas que pode haver um cumprimento maior e posterior em um tempo futuro. Na prática é quando uma profecia bíblica tem o seu cumprimento em dois períodos distintos da história, ou seja, o profeta profetizou, a profecia se cumpriu primariamente, mas ainda resta um cumprimento (um segundo cumprimento). Esse tipo de profecia pode apresentar até mesmo uma tripla referência ou aplicação, como no caso do Anticristo. De acordo com a regra de interpretação que acabamos de falar, entendemos que a figura escatológica do Anticristo, se manifesta em três períodos diferentes na história. Augustus Nicodemos e Hernandes Dias Lopes, explicam bem essa questão:
 

Em primeiro lugar, no livro do profeta Daniel (7.21,25), o Anticristo se manifestou na pessoa de Antíoco IV Epifânio, rei selêucida, que profanou o templo em Jerusalém, no ano 150 a.C., quando o consagrou ao deus grego Zeus e mais tarde sacrificou porcos no altar do templo. Tal acontecimento, provocou grande revolta entre os judeus, o que resultou, à tão conhecida guerra dos Macabeus. Dessa maneira Antíoco IV Epifânio seria então, o cumprimento inicial da “abominação desoladora” que falou o profeta Daniel (9.27; 11.31; 12.11).
 

Em segundo lugar, nas profecias de Jesus, o Anticristo é visto na pessoa do imperador romano Tito Flávio, que no ano 70 d.C., destruiu a cidade de Jerusalém e o templo. Vale lembrar que o Senhor Jesus já havia profetizado que isso aconteceria. “Porque dias virão sobre ti em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te apertarão de todos os lados, e te derribarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem; e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo da tua visitação (Lc 19.43,44).
 

Em terceiro lugar, o Anticristo é descrito nas Escrituras como um personagem escatológico que haverá ainda de se manifestar (se encarnar). O Senhor Jesus disse no evangelho, segundo escreveu Mateus: “Quando, pois, virdes estar no lugar santo a abominação de desolação, predita pelo profeta Daniel (quem lê, entenda),... porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias” (24.15,21,22). A “abominação da desolação”, narrada por Mateus, é descrita por Lucas da seguinte maneira: Mas, quando virdes “Jerusalém cercada de exércitos”, sabei então que é chegada a sua desolação (Lc 21.20). Ambos tratam do mesmo assunto, referente a profecia de Daniel. Com isso, entendemos que há ainda um terceiro cumprimento histórico desta profecia bíblica, quando o Anticristo se manifestar na Grande Tribulação.
 

A luz das Escrituras, podemos perceber que antes do Anticristo se manifestar, o mundo estará um caos, e em grande desespero. Haverá guerras, rumores de guerras, se levantará nação contra nação, reino contra reino, fomes, epidemias horríveis, terremotos, sucederão eventos terríveis e surgirão grandes fenômenos do céu. Ele surgirá num período de grande agitação entre as nações, ele fará grandes sinais da mentira, realizará grandes milagres e as pessoas ímpias irão adorá-lo. O mundo irá temê-lo, ele será reconhecido como alguém invencível. Ele vai guerrear implacavelmente contra os remidos (os escolhidos) do SENHOR e irá vencê-los. Ele será apoiado pela segunda besta, que surgirá da terra, o falso profeta. Ele oferecerá “solução para todos os problemas mundiais”. As pessoas andarão dizendo: “tudo está em paz e seguro”, então repentina destruição lhes sobrevirá como o início das dores de parto de uma mulher gravida, e de forma alguma escaparão. O mundo será seduzido, enganado pela sua autoridade. As nações serão obrigadas a adorar o Anticristo, ele fará oposição ferrenha a Deus e à Igreja de Cristo, e todos que se recusarem adorá-lo serão mortos.
 

O Anticristo surgirá em um período de grande apostasia, e então será revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição conforme falou o apóstolo Paulo. “Ora, irmãos, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com Ele, rogamos-vos que não vos demovais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, como se O DIA DE CRISTO já tivesse chegado. Ninguém de maneira alguma vos engane, pois ISTO NÃO ACONTECERÁ SEM QUE ANTES venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição” (2Ts 2.1-3). A palavra original ἄνθρωπος τῆς ἀνομίας, ὁ υἱὸς τῆς ἀπωλείας anthrôpos tês anomias hó hyiós tês apôleias, (homem do pecado, o filho da perdição), significa: “homem sem lei – filho da destruição, condenado a miséria eterna”. As Escrituras afirmam de maneira muito clara e irrefutável, que o Anticristo escatológico aparecerá ANTES do dia da segunda e (última) vinda do Senhor Jesus Cristo. A adoração ao Anticristo será universal. Todos que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro irão adorá-lo (Ap 13.8,16). Esse será o tempo do fim, a Grande Tribulação, mencionada por Jesus nos evangelhos. A Igreja de Cristo será posta face a face com a morte e muitos serão martirizados (Ap 13.7,10), mas os verdadeiros cristãos que não amaram a própria vida pela causa de Cristo, vencerão Satanás e o Anticristo, preferindo a morte do que apostatar-se da fé.
 

Chegará o tempo em que os homens estarão completamente cegos, (sem discernimento), não suportarão o santo ensino, recusarão dar ouvidos à verdade, apostatarão da fé, dando ouvidos a doutrinas de demônios. Os falsos mestres e falsos cristãos estarão em evidência, eles serão venerados e ovacionados pelos incautos que serão facilmente enganados. Precisamos estar atentos, porque, apesar do Anticristo ser levantado apenas no tempo determinado por Deus, próximo da segunda vinda de Cristo, seu ministério de iniquidade já é atuante nesse mundo perverso (2Ts 2.7). Este é o Espírito do Anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e agora já está no mundo (1Jo 4.3). Todo espírito que não confessa Jesus não é de Deus. Contudo, o Novo Testamento nos ensina que um Anticristo pessoal se manifestará nos momentos finais da presente era, antes da vinda do Senhor Jesus. Então, dessa maneira entendemos que o Anticristo será um líder mundial que aparecerá e receberá poderes de Satanás, para fazer sinais e prodígios ilusórios (2Ts 2.9). Ele incorporará o poder e a crueldade de Satanás. Isso significa que o aparecimento do Anticristo será de acordo com a ação de Satanás. O Reverendo Hernandes Dias Lopes, explica que o Anticristo será um tipo de encarnação do próprio Satanás que receberá um corpo e governará em pessoa.

A marca da Besta
 

“E fez que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, lhes fosse posto um sinal na mão direita, ou na testa, para que ninguém pudesse comprar ou vender, senão aquele que tivesse o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome” (Ap 13.16,17). A narrativa de João nesses versículos nos remete a seguinte pergunta: O que é a marca da Besta? Qual é o seu significado? O que entendemos a princípio dessa passagem é que a marca da Besta trata-se de um sinal que identifica os adoradores do Anticristo. Receber a marca da Besta na mão direita e na testa significa pertencer ao Anticristo. Significa ser inimigo de Deus e perseguidor de seu povo.
 

Ao longo da história do cristianismo, muitas interpretações têm surgido sobre o significado dessa marca. As muitas curiosidades giram principalmente em torno do número 666 (Ap 13.18). Existem aqueles que interpretam a marca da Besta no sentido literal, como um sinal externo, ou marca visível que será implantado nas pessoas; outros interpretam a marca da Besta no sentido simbólico. A maioria dos crentes na atualidade acreditam que a marca da besta é um microchip que será posto na mão direita, ou na testa. Quem não tiver essa marca da Besta e não adorar o Anticristo, não poderá comprar ou vender e será morto. De fato, a marca da Besta servirá como sinal para identificar e controlar os adoradores do Anticristo, mas ela não será visível, – não é o microchip.
 

O segundo grupo de cristãos interpretam a marca da Besta como um sinal simbólico. Um fato importante que precisa ser destacado aqui é que a marca da Besta não está restrita e não se aplica apenas a geração futura no período da Grande Tribulação, mas está presente em todas as gerações da história. Todas as pessoas que não tiveram seus nomes escritos no Livro da Vida do Cordeiro, que foi morto desde a fundação do mundo, possuem a marca da Besta (Ap 13.8; 17.8). Os adoradores de Satanás sempre existiram, e eles sempre tiveram a marca da Besta. Isso significa que a marca da Besta não pode ser o microchip, a marca não é física, nem visível. A marca da Besta é muito mais que um simples sinal externo.
 

O livro do Apocalipse nos fala que a marca da Besta é colocada na testa, ou na mão direita. A testa, ou fronte, significa que a marca da Besta está implantada na consciência (na mente) das pessoas, isto é a vida em termos dos pensamentos, das religiões e da filosofia. Em todas as épocas da história, Satanás tem aprisionado a mente, e cegado o entendimento dos homens em suas ideologias, crenças e sofismas. A cada dia vemos pessoas que desobedecem a Lei de Deus, fazem oposição a Cristo e a Sua Igreja. Elas defendem a injustiça, a mentira, o ateísmo. Elas praticam todo tipo de maldades, crueldades, vivem na idolatria, apoiam o aborto, o homossexualismo, o lesbianismo, a perseguição e o martírio de cristãos em todo o mundo. Quando o Anticristo aparecer, ele agirá no poder de Satanás para seduzir o mundo e enganar as nações. Ele recrutará os seus súditos para se oporem e perseguirem violentamente a Cristo e a Sua Igreja. A marca da Besta na mão direita é uma referência direta às obras e ações dos homens ímpios em todas as esferas da vida. Naquele tempo, aqueles que forem marcados pela Besta irão trabalhar em favor do seu governo, irão perseguir e matar os cristãos. Toda pessoa que não tem a marca (o selo de Deus), tem seus pensamentos, vontades e ações controlados por Satanás. Isso é um fato histórico incontestável que tem marcado negativamente todas as gerações.

O Anticristo será completamente destruído
 

Obstinado pelo sucesso, o Anticristo enganará a muitos, e de todas as formas com extrema arrogância se sentirá o maior de todos os homens. Destruirá uma multidão de pessoas que nele confiar para viver em “paz”, mas o seu tempo de ação será limitado – 42 meses (Ap 13.5). E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias (Mt 24.22). Muitos acreditam que acontecerá uma grande e terrível batalha entre o Senhor Jesus e o Anticristo, mas não é isso que diz a Bíblia. Quando seu tempo acabar, ele será totalmente destruído. O Senhor Jesus o matará com o sopro da Sua boca e o destruirá pela gloriosa manifestação da Sua vinda (2Ts 2.8). O Anticristo será derrotado sem a intervenção de mãos (Dn 8.25). Quando Jesus vier sobre as nuvens, o poder destruidor do Anticristo lhe será tirado, então ele será aniquilado para sempre. O apóstolo João descreve esse acontecimento da seguinte forma: “A Besta foi presa, e com ela o Falso profeta que havia realizado grandes sinais miraculosos em nome dela, por intermédio dos quais ele havia enganado todos os que receberam a marca da Besta e adoraram a sua imagem. Os dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre” (Ap 19.20). No lago de fogo o Anticristo sofrerá toda a eternidade, e aqueles cujos nomes estão escritos no Livro da Vida do Cordeiro não receberão a marca da Besta, não adorarão o Anticristo, nem a sua imagem (Ap 13.8). Esses reinarão com Cristo por toda eternidade.
Maranata: Ora vem Senhor Jesus!

JESUS FAZ A DIFERENÇA