Divindades dos Relâmpagos

Desde os primórdios da humanidade os seres humanos associaram algum elemento da natureza com uma vontade divina. A maioria do seus deuses compunham os elementos naturais e um dos mais presentes em todas as culturas foi a presença dos deuses que representavam os raios, relâmpagos ou trovões. O som assustador dos céus sempre pareceu para o humano primitivo como a ira de algum deus que precisava ser acalmado, mesmo que fosse feita por orações ou por sacrifícios para apaziguar a ira desse deus raivoso. Assim iremos ver que em todas as culturas de diferentes época e de diferentes lugares cada povo deu um nome para algum deus que representasse o elemento raio, em seguida a lista define:

* Adad (babilônio)

* Afi (abkhaz)

* Ah Bolom Tzacab (maia)

* Aktzin (Totonac mitologia)

* Ambisagrus (gaulês)

* Amm (árabe)

* Aplu (etrusco)

* Asurakumaras (espíritos do jainismo indiano)

* Baal Hadad (sírio)

* Bhima (indiano)

* Deng (dinka)

* Doliqueno (sírio)

* Fjörgynn (deusa nórdica)

* Gebeleizes (dácio mitologia)

* Haokah (lakota mitologia)

* Heviossô (vodum ewe-fon)

* Horagalles (sami mitologia)

* Iansã (orixá iorubá)

* Illapa ou Katoylla (inca)

* Indra (indiano)

* Ishkur (hitita)

* Júpiter (deus supremo romano)

* Karei ou Kari (deus supremo do povo semag, na Malásia)

* Leizi (deusa chinesa)

* Lydia (West Sussex mitologia)

* Maruts (espíritos indianos da tempestade)

* Marduk (assíria)

* Nagakumaras (espíritos do jainismo indiano)

* Orko (mitologia basca)

* Pajonn (lapão)

* Pariacaca (Andes centrais)

* Pele (deusa havaiana, do vulcão e do raio)

* Perendi (ilírio e albanês)

* Perkons (letão)

* Perkunas (lituano)

* Perun (eslavo)

* Quzah (árabe)

* Raijin (mitologia japonesa)

* Reshef (cananeu e fenício)

* Rudra (indiano)

* Shurdi (ilírio)

* So (ewe), formado pelo deus Sogbla e a deusa Sodza

* Summamus (etrusco)

* Susanowo (japonês)

* Taranis (gaulês, celta)

* Taarapita (estônia)

* Tarhunt (luvita)

* Taru (hatita)

* Teshub (hurriano)

* Thor (nórdico)

* Tupã (tupi)

* Ukko ou Isäinen (finlandês)

* Urtzi, Ortzi ou Urcia (basco)

* Vajrapani (mitologia budista)

* Xangô (orixá iorubá)

* Zeus (grego)

* Zibelthiurdos (trácio)

Na maioria das culturas os deuses que representam os raios sempre possuem um papel de destaque, pois supostamente controlam uma força da natureza particularmente assustadora, imprevisível e frequentemente mortal. Sendo também muitas vezes associados com controle do clima favorecendo ou prejudicando as plantações dos homens. Percebe – se mesmo que culturas que viviam isolado uma das outras e em diferentes épocas todas elas viram os raios e trovões como se fossem uma ameaça de algum deus, por isso eles sempre tentaram criar uma relação para que pudessem controlar ou agradar esses deuses em troca de cultos.

Porém Em 15 de junho de 1752, Benjamin Franklin, aos 46 anos, fez um experimento com uma pipa durante uma tempestade. Ele fez a pipa subir aos céus por meio de um fio de metal conectado a uma chave de metal. Ele conseguiu transferir a carga do fio de metal para uma Garrafa de Leiden (um acumulador de carga elétrica) e concluiu que a carga dos raios era como qualquer carga elétrica comum. E assim o mito que designava a vinda de raios para a superfície do planeta deixou de ser apenas um capricho de algum deus, para concluirmos que eram apenas descargas elétricas comuns provocadas pelas nuvens na troposfera. Vemos a necessidade humana de explicar algo que não entende apenas atribuindo alguma divindade, porém os mitos são desfeitos quando os humanos usam aquilo que tem de mais precioso, sua mente.

Davi Freitas 01/01/2021

Kaynne
Enviado por Kaynne em 01/01/2021
Reeditado em 21/09/2021
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