O livre arbítrio em ação; a proatividade do amor ou a reatividade do ego.
Embora eu seja o menor dos menores de todos os santos, foi-me concedida a graça de proclamar aos gentios as insondáveis riquezas de Cristo, e revelar a todos qual é a dispensação deste mistério que, desde os séculos passados, foi mantido oculto em Deus, que tudo criou. (Efésios 3:8-9). A beleza destes versículos se mostra na capacidade de Paulo entender quem ele era dentro da gigantesca obra de ensinar os segredos da luz ao povo gentio.
Paulo considerava-se objeto de um duplo privilégio. Tinha-lhe sido dado o privilégio de descobrir o segredo de que a vontade divina era que toda a humanidade deveria ser reunida no segredo de sua luz na graça e no amor. E lhe tinha sido dado o privilégio de manifestar este segredo à Igreja e de ser o instrumento pelo qual a graça de Deus chegasse aos gentios.
Mas Paulo também tinha em mente a dupla responsabilidade, e não se deixava levar pelo orgulho vaidoso deste privilégio; ao contrário, sentia-se levado a uma profunda humildade. Estava admirado de ser o destinatário desse grande privilégio; aquele que perante seus próprios olhos era menos que o menor dos filhos de Deus.
E aqui fica uma cara lição aos mestres, líderes, pastores, bispos, presbíteros, diáconos e religiosos, pois se alguma vez desfrutarmos do privilégio de pregar ou ensinar a mensagem do amor de Deus ou de fazer algo na Igreja por Jesus Cristo, lembremos sempre que nossa grandeza reside, não em nós mesmos, mas em nossa tarefa e nossa mensagem. Mas se faz triste ver que muitos de nós carrega consigo a destruidora vaidade e o pernicioso orgulho religioso.
Jesus já havia dito que: Mas não sereis vós assim; antes, o maior entre vós seja como o menor; e quem governa, como quem serve. (Luc 22:26). Ou seja, quanto mais aprendemos ser proativos no negar o si mesmo, mais a luz do amor brilhará em nós. Mas se optarmos por sermos reativos mais alimentaremos a nossa natureza egoísta e mergulharemos cada vez mais na escuridão do ego.
Eis aqui o real uso do livre arbítrio; cabendo a cada um de nós escolhermos a escuridão da reatividade que nos torna escravos do egoísmo, ou a luz divina da proatividade altruísta que nos torna libertos pela verdade do amor. Que cada um de nós faça a sua escolha entre a morte e a vida. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).