A PRÁTICA MEDIÚNICA E O BOM MÉDIUM

A mediunidade é a expressão natural da espiritualidade humana.

Ela apresenta-se sob diferentes formas, em todas as religiões e até em indivíduos sem religião.

Elo que une os planos material e extrafísico varia desde a mais leve inspiração até as mais altas manifestações da capacidade mediúnica, cujo exemplo mais famoso aqui no Brasil foi o nosso querido Chico Xavier. Um seguidor fiel de Jesus.

Todavia, ser médium não é garantia de uma elevada condição moral. A mediunidade é um dom, um instrumento de trabalho que pode ser utilizado por bons e maus trabalhadores. Tomamos o exemplo do escritor que, com o seu dom literário poderá levar instrução, consolo e alegria para os seus leitores. O contrario se dará se suas intenções forem más e utilizar as suas capacidades de convencimento através da escrita para disseminar o preconceito e a violência.

Existe uma multidão de médiuns na atualidade, a prática mediúnica se disseminou e continua a difundir-se rapidamente. E é bom que seja assim, pois faz parte da lei natural que encarnados e desencarnados se relacionem e se rompa o véu que encobria a vida além da carne. Todavia a mediunidade com Jesus, que caracteriza o bom médium ainda é para poucos escolhidos, dentre uma multidão de chamados.

O bom médium, ou pelo menos aquele que se esforça para sê-lo, é o seareiro que trabalha sem esperar retribuição, seja ela financeira ou não, é aquele luta para superar os seus defeitos e vícios, é a pessoa que consola, é o irmão que perdoa quando a incompreensão bate a sua porta, é o que estuda sempre, para poder auxiliar melhor, enfim, o bom médium é o individuo que interroga a si mesmo a cada dia, com o objetivo de descobrir brechas morais e luta para não deixar que a vaidade atrapalhe a sua caminhada, é humilde reconhecendo as suas limitações.

Aquele que deseja servir-se de sua mediunidade para um objetivo sério, jamais deverá se afastar da caridade legítima. Do contrário, se tornará joguete de espíritos atrasados, irresponsáveis e mistificadores, sendo enganado e enganando os outros. Por isso, o Evangelho Segundo o Espiritismo e o Livro dos Médiuns devem ser seus livros de cabeceira.

Assim, tenhamos em mente os conselhos do apóstolo dos gentios: “pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos esta proposta.” (Hebreus 12:1)