Clive Staples Lewis nasceu no dia 29 de novembro de 1898 no inverno de Belfast, Irlanda. Filho de Albert James Lewis, advogado, e, junto com a esposa Florence Augusta Lewis foram membros da Igreja da Irlanda. Lewis tinha um irmão, três anos mais velho que se chamava Warren Hamilton
     A paisagem Irlandesa exerceu grande influência na imaginação fértil de Lewis, não só isso, a grande quantidade de livros existentes em sua casa foi como sementes para ele. Por não gostar muito do seu nome, ele preferia que o chamassem de Jack.
     No seu livro Surpreendido pela Alegria ele narra uma experiência que teve na infância que lhe deixou “um anseio pelo anseio que acabava de cessar. ” Ao sentir a fragrância de uma “groselheira em flor” no jardim de Litte Lea desencadeou nele uma lembrança de seu tempo na “casa velha”, em Dundelas Villas. Isso mostra para nós, seus leitores ,o quanto ele se mostrava sensível a coisas que para pessoas normais poderiam passar despercebidas, seu relato mostra nele uma inclinação para o eterno.
     Lewis perdeu sua mãe Flora após um câncer abdominal, no dia 23 de agosto de 1908 quando tinha apenas nove anos, seguindo os costumes da época ele foi obrigado a ver o cadáver de sua mãe num caixão aberto, com as marcas deixadas pela enfermidade completamente visíveis, em sua autobiografia ele disse que “com a morte de minha mãe, toda a felicidade estabelecida, tudo que era tranquilo e confiável desapareceu da minha vida. ”
     Após perder a mãe Lewis é enviado para estudar em um internato, a partir disso e principalmente pela perda da mãe ele perde qualquer resquício de fé cristã, tanto pelo luto e a sensação de que Deus não tenha feito nada pela mãe, quanto pelas leituras que ele passou a fazer de autores clássicos e a influência de seus professores contemporâneos que tratavam as ideias religiosas como “meras ilusões. Então, Lewis passa ao ateísmo.
     Uma curiosidade sobre ele é que ele foi combatente na primeira guerra mundial. Após esse período ele passa a se dedicar a vida acadêmica e em 1925 foi admitido para seu cargo acadêmico no Magdalen College. Em 1926, num chá inglês ele teve seu primeiro encontro com o católico J.R. R. Tolkien. A amizade dos dois é um dos mais importantes acontecimentos na sua vida pessoal e profissional, ambos tinham muito em comum, tanto em termos literários e pela experiência em campo de batalha na guerra.
     “Para o jovem que deseja continuar sendo um ateu convicto, todo cuidado é pouco no que se refere a suas leituras. Há ciladas por toda parte. “ Declara Lewis após de tornar cristão movido pela proximidade com Tolkien e seus interesses literários.
     Em 28 de abril de 1929, Lewis passa a crer em Deus. Dois anos depois após uma conversa com Tolkien ele percbe que o cristianismo é um “mito verdadeiro”, numa caminhada pela zoológico Whipsnade ele passa a crer na divindade de Cristo. Ele ultrapassou, a crença em Deus para crer em Cristo.
     Por sua capacidade de imaginação, as origens dos contos de Nárnia já estavam nele. Tudo começou com a imagem de um fauno carregando um guarda-chuva e pacotes em meio a floresta nevada... 


     Se você se interessa por temas como filosofia e literatura medievais, teologia, apologética e crítica social, a obra desse importante autor é mais do que recomendável, é obrigatória! Fique atento as próximas publicações e sejam bem vindos a nossa série sobre As Crônicas de Nárnia. 
Abra a Porta e Gabriel Antunes
Enviado por Abra a Porta em 14/12/2020
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