Deus me livre de ter gente do meu lado que concorda comigo em tudo. Isso demonstra um grau de imaturidade. A gente precisa de puxão de orelha, da opinião do outro, da experiência do mais velho. Não quero viver em um mundo onde há uma ditadura das minhas ideias. Quando estas forem as mais loucas e insensatas, quem vai me inserir de volta aos eixos da razão?
Infelizmente, com a liquidez dos relacionamentos de hoje, arrumamos um problemão se não damos um like na sua foto, ou se não aplaudimos como uma torcida fervorosa a cada "mitada", "lacrada" em um comentário no Instagram.
Não vou omitir meus valores para agradar o que de antemão firmou em seu coração a acreditar em devaneios inventados pela sua loucura. Não vou insistir para o básico. Apesar de amar a razão, em um conflito com verdade não estarei divido, ficarei com o perdão.
Percebi que posso acabar sozinho, sem amigos, parentes e familiares. A explicação deste fato não será "o mundo que não me compreendeu", "a sociedade que me desprezou". A verdade é que caí na ilusão de acreditar que meu coração só era acolhido debaixo de palavras bonitas, likes e retweets.
Minei toda a possibilidade de real de tornar-me alguém de valor. Não existe só eu no mundo. O que sinto e o que penso em relação a determinadas coisas nem sempre é o real e nem o mais importante. Com a solidão acabei me tornando alguém alheio a dor do outro, porque não quis experimentá-la em tempo oportuno.
Não quero mais continuar com esta pessoa, onde o reflexo no espelho transparece alguém que fortificou o império do "eu" e, por baixo do alicerce, estão os blocos da confusão, da chantagem emocional e do desafeto. Todos cobertos com a tinta da hipocrisia.
Um reinado, eu, sendo rei, prostrado diante de mim, com riquezas efêmeras, com a atenção dos olhares, com a admiração de seu poder, com um bravo exército. Com todas as glórias que um soberano pode ter... mas que não consegue administrar seu coração quando está em guerra com seus afetos.
Não quero mais um reinado, onde a penumbra oculta ressentimentos e feridas. Todas, causadas pelas guerras inúteis em que jurei jamais lutar...
Estou cansado e quero descansar. Quero rever os amigos, chamá-los para comer comigo. Não precisa ser na mesa da extravagância o banquete, apenas o necessário para alimentar a alma e abraçar os corações. Tenho saudades de levar o peso da lágrima do amigo comigo, pois até desta dor longe estou. Tornei-me infértil. Quero gerar coisas que fiquem para valer e que não sejam consumidas pelas traças e pela ferrugem.
Diante disso, eu renuncio.
Infelizmente, com a liquidez dos relacionamentos de hoje, arrumamos um problemão se não damos um like na sua foto, ou se não aplaudimos como uma torcida fervorosa a cada "mitada", "lacrada" em um comentário no Instagram.
Não vou omitir meus valores para agradar o que de antemão firmou em seu coração a acreditar em devaneios inventados pela sua loucura. Não vou insistir para o básico. Apesar de amar a razão, em um conflito com verdade não estarei divido, ficarei com o perdão.
Percebi que posso acabar sozinho, sem amigos, parentes e familiares. A explicação deste fato não será "o mundo que não me compreendeu", "a sociedade que me desprezou". A verdade é que caí na ilusão de acreditar que meu coração só era acolhido debaixo de palavras bonitas, likes e retweets.
Minei toda a possibilidade de real de tornar-me alguém de valor. Não existe só eu no mundo. O que sinto e o que penso em relação a determinadas coisas nem sempre é o real e nem o mais importante. Com a solidão acabei me tornando alguém alheio a dor do outro, porque não quis experimentá-la em tempo oportuno.
Não quero mais continuar com esta pessoa, onde o reflexo no espelho transparece alguém que fortificou o império do "eu" e, por baixo do alicerce, estão os blocos da confusão, da chantagem emocional e do desafeto. Todos cobertos com a tinta da hipocrisia.
Um reinado, eu, sendo rei, prostrado diante de mim, com riquezas efêmeras, com a atenção dos olhares, com a admiração de seu poder, com um bravo exército. Com todas as glórias que um soberano pode ter... mas que não consegue administrar seu coração quando está em guerra com seus afetos.
Não quero mais um reinado, onde a penumbra oculta ressentimentos e feridas. Todas, causadas pelas guerras inúteis em que jurei jamais lutar...
Estou cansado e quero descansar. Quero rever os amigos, chamá-los para comer comigo. Não precisa ser na mesa da extravagância o banquete, apenas o necessário para alimentar a alma e abraçar os corações. Tenho saudades de levar o peso da lágrima do amigo comigo, pois até desta dor longe estou. Tornei-me infértil. Quero gerar coisas que fiquem para valer e que não sejam consumidas pelas traças e pela ferrugem.
Diante disso, eu renuncio.