ÊXODO – LIÇÃO 1- PANORAMA DE ÊXODO
AUTOR
Moisés, cujo nome significa ―tirado das águas‖, é a figura central de Êxodo. Ele é o profeta hebreu que liderou os israelitas em sua saída do Egito. Êxodo é tradicionalmente atribuído a ele. Quatro passagens em Êxodo dão forte apoio à autoria mosaica de pelo menos boa parte do livro (17.14; 24.4,7; 34.27). Através de eventos variados e de encontros face a face com Deus, Moisés recebeu a revelação daquelas coisas que Deus desejava que ele soubesse. Assim, através do processo de inspiração do Espírito Santo, Moisés comunicou ao povo hebreu, tanto na forma oral como na escrita, esta informação que lhe foi revelada. 10
DATA
O livro em si jamais identifica o faraó com quem Moisés contendeu, mas indica que o êxodo ocorreu em algum momento durante o auge do império egípcio.
A Tradição conservadora data a morte de Moisés em algum tempo ao redor de 1.400 a.C. Desta forma, é provável que o Livro de Êxodo tenha sido compilado nos quarenta anos anteriores, durante a caminhada pelo Deserto.
VOCÊ SABIA?
Que a população de Israel conforme descrita em Êx 12.37 e Nm 1.46 era de 603.550 homens de 20 anos acima. E que esse número chega a aproximadamente 2.500.000 contando mulheres e crianças.
CONTEÚDO
A família de Jacó desceu ao Egito para fugir da fome reinante na Palestina. Mas após saciarem sua fome, contudo, não voltaram à sua terra, fruto da promessa de Deus, mas permaneceram no Egito. As dinastias que se sucederam no trono egípcio não eram tão simpáticas ao povo de Israel e por isso o subjugaram e os escravizaram ali no Egito.
Foram 400 anos de cativeiro. Mas após estes anos de cativeiro, não estavam apenas os 70 homens da família de Jacó que desceram ao Egito, mas eram, agora, 600.000 homens do povo de Deus. E Deus levanta um libertador, Moisés, com sinais e prodígios, para livrá-los do cativeiro egípcio. Atravessam em seco o Mar Vermelho e é necessário atravessar o deserto do Sinai para voltarem do Egito à terra de Canaã e este tempo de caminhada é fundamental para que Deus forjasse neles algo novo e imprescindível. O povo precisava ser transformado em nação.
O livro de Êxodo registra o nascimento de Israel como nação, a entrega da Lei ao povo e a origem da adoração ritual entre os israelitas. Merecem destaque neste livro o nascimento e a preservação de Moisés, a sua chamada, a travessia do Mar Vermelho, o bezerro de ouro e as orientações e construção do Tabernáculo.
O livro define o caráter do Deus fiel, poderoso, salvador e santo que estabelece uma aliança com Israel. O caráter de Deus é revelado pelo nome e também pelos atos de Deus. 12
PANO DE FUNDO
Quando Moisés nasceu no Egito, na época agora denominada o Novo Reino ou Período Imperial, tinha começado a décima oitava dinastia de reis. A longa existência nacional e cultural do Egito tem como um de seus símbolos as milenares pirâmides de Gizé. Os militares egípcios estenderiam os limites do país avançando para o Norte, através de Canaã e da Síria, até o rio Eufrates. Impostos e comércio trouxeram riquezas desde a Núbia para o Sul, bem como de Canaã e da Mesopotâmia. A ciência, a literatura, a arte a religião e os costumes egípcios tiveram longa existência.
CONCLUSÃO
O livramento no êxodo, a aliança do Sinai, a experiência no deserto e a promessa de uma terra fornecem modelos da vida cristã. Aquele que crê, tendo já sido incondicionalmente adotado pela família de Deus, empreende o próprio "êxodo", deixando de ser escravo do pecado e do mal para servir sob a nova aliança. Os cristãos vivem sua peregrinação no deserto do sistema deste mundo como que correndo rumo à terra eterna da promessa ainda por vir e desfrutando dela.
Assim como Deus salvou seu antigo povo de Israel e fez aliança com ele, exigindo dele um estilo de vida coerente com esse chamado santo. Ele exige de todos os que se consideram seu povo essa mesma adesão a seus padrões imutáveis.
O Tabernáculo
O Tabernáculo era uma tenda itinerante que foi o centro de adoração até a construção do Templo de Salomão (Êx 25), Confeccionado no deserto, quando da estada do povo no monte Horebe, tratava-se de uma construção feita de tábuas de madeira revestidas de ouro que se encaixavam e formavam uma estrutura de 15 m x 5 m, com 5 m de altura, coberta por três camadas de tendas. O Tabernáculo em si possuía uma divisória, separando o Santo Lugar (onde estavam o Candelabro, o Altar do Incenso e a Mesa dos Pães) do Santo dos Santos (onde ficava a Arca da Aliança).
O Átrio dos Sacerdotes era a parte externa do Tabernáculo, onde se faziam os sacrifícios e os ofícios do culto. Tinha cortinas delimitadoras do seu espaço de 50 m x 25 m, onde ficavam o Altar do Holocausto (para os sacrifícios de animais) e a Bacia de Bronze (onde os sacerdotes se lavavam antes de realizarem a oferta).
O Tabernáculo foi o centro da vida nacional de Israel, representando a habitação de Deus no meio do povo.
“Então disse o Senhor a Moises: Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta alçada; de todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada. [...] E me farão um santuário, para que eu habite no meio deles”. (Êxodo 25.1,2,8)
BIBLIOGRAFIA
PANORAMA DO ANTIGO TESTAMENTO EBC
https://apdsji.wordpress.com/2017/10/23/as-10-pragas-do-egito-ou-os-10-deuses-do-egito/
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PEREGRINAÇÃO NO DESERTO