Eu sempre fui muito rotulada devido ao meu peso. Desde criança, eu tive vários tipos de apelidos que uma criança criativa era capaz de criar, alguns deles eram: rolha de poço, capota de ambulância e pelota bolota. Crianças de 9 anos me colocaram esses apelidos. Com meus 15 eu era rotulada de metida e esnobe pelo simples fato de não sair falando com todo mundo, era muito reservada.
Por que eu falei sobre isso? Porque nós temos a triste mania de olhar para alguém sem saber qualquer coisa sobre aquela pessoa e colocamos apelidos ou já definimos ela pela aparência ou jeito. É preciso muito cuidado, pois, não sabemos sobre a pessoa, não sabemos os traumas que a pessoa pode ter e que a levaram ser do jeito que achamos que ela é. Nós também somos rotulados por alguém, somos rotulados muitas vezes de algo do qual nos deixam muito chateados porque sabemos quem somos, sabemos da nossa essência. A forma como reagimos que vai de fato nos dizer quem somos.
Eu sempre brigava por receber os apelidos, sempre achava ruim se alguém achasse que eu era algo que eu não era. Então, quando eu tive um encontro com Cristo e passei a me relacionar com Ele  eu entendi quem eu era nEle e os rótulos caíram por terra, porque eu passei a viver Gênesis 1:26:27. Entendi que minha identidade vem dEle e que nenhum rótulo era capaz de me definir.  Quando ouvi falar que eu era isso ou aquilo eu não me importei porque eu sei quem sou.
 
Eu também rotulava muito as pessoas sem me importar com os sentimentos das mesmas, um dia o Espírito Santo ministrou em meu coração “lembra quando te julgavam e você se sentia chateada, triste? Pois então...o mesmo acontece com as pessoas que você rotula”. Por isso, quando  vou falar algo que possa chatear eu penso o que será que estar por trás, e o porquê aquilo naquela pessoa me incomoda e passo a olhar dentro de mim.
 
Outro dia eu vi uma publicação do Pr. David Marx que dizia: “Quando entendemos que toda opinião é uma visão carregada de história pessoal, compreendemos que o julgamento é uma confissão”, e fez muito sentido para mim.  Eu jugo nas pessoas o que devo mudar em mim.


 
Que possamos olhar mais para nós ao invés que apontarmos para o outro.
Abra a Porta e Debora Gonçalves
Enviado por Abra a Porta em 04/11/2020
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