Os sete aís, e os sete tipos de religiosos. (Parte 1- o fiel orgulhoso).

Ai de vós, doutores da Lei e fariseus, hipócritas! Porque fechais o reino dos céus diante dos homens. Porquanto vós mesmos não entrais, nem tampouco deixais entrar os que estão a caminho! (Mat 23:13). Este versículo faz parte do capítulo vinte e três do evangelho segundo Mateus, onde Jesus admoesta os religiosos da época que esqueceram que, fazer a vontade do Pai vai além de cumprir ritos e rituais.

Jesus sempre nos ensinou que fazer à vontade do Pai, é buscar uma real transformação interior tendo como base seus vívidos e vivido ensinamentos. Aqui trataremos do fiel orgulhoso, aquele que um orgulho espiritual que se faz tão pernicioso quanto o orgulho social.

Jesus começa dizendo "Ai de vós!" A palavra grega que significa aí é, (ουαι), ouai: segundo os linguistas é uma palavra que em sua contextualização é de difícil tradução. Pois ela está relacionada com a ira e a dor justa que surge do coração destroçado de um Pai que ama diante da cegueira teimosa da humanidade. Aqui não há apenas uma atmosfera de denúncia selvagem, mas sim um ar de amor e compaixão.

Hipócrita do grego, (υποκριτης) hupokrites. Aquele que representa, aquele que atua sem perceber que está atuando. Ou seja, uma religiosidade que se fundamenta em ritos, rituais, vestimentas chavões que exteriormente se mostra bom, mas interiormente carrega o mal. E aqui se faz bem lembrar, que todos nós somos hipócritas em graus maiores ou menores.

Quando as pessoas iam até os ortodoxos da época para aprender como fazer a vontade do Pai, os ortodoxos da época lhes apresentavam um conjunto de regras e normas exteriores, deixando de lado a mudança interior e o praticar do misericordioso amor. E fazendo isso, eles não faziam a vontade do Pai e fechavam a porta sem deixar que outros entrassem.

E o pernicioso orgulho religioso os levavam a esquecerem-se da verdade fundamental, que é; se alguém quer ensinar sobre as coisas do Reino a outros deve primeiro aprender ouvir a Deus. O mais grave perigo que todo professor ou pregador enfrenta é, o de querer transformar seus próprios preconceitos em princípios universais, querer substituir a verdade de Deus por suas próprias ideias.

Pois quando agimos assim amamos mais o nosso si mesmo, e assim não somos guia do caminhar no amor de Cristo, somos cegos caminheiros que se perde e levamos outro a se perderem, tornando-se uma barreira que impede a entrada ao Reino de amor do Pai. Que cada um de nós examine a si mesmo tendo como árbitro de seu coração o amor de Cristo Jesus.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 01/11/2020
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