Possivelmente você já ouviu esses trechos da Bíblia:
“[...] o homem é justificado pela fé sem as obras da lei” (Romanos 3.28) “[...] o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.” (Tiago 2.24)
A questão da justificação pela fé ou pelas obras possui grande debate doutrinário, mas já deixo claro que não quero me apegar a isso. Quero mostrar a importância de uma e outra para a santificação da humanidade.
Temos nas passagens de Romanos e Tiago uma perspectiva da justificação para Paulo e para Tiago. Porém é necessário observar que o contexto em que eles estavam pregando é diferente! Em Romanos 3, o apóstolo Paulo explica primeiramente sobre a condição deplorável do homem pecador, tanto judeu quanto gentio e que os dois povos estão igualmente debaixo do pecado, e portanto, condenados de igual forma (Rm. 3.1-20). Diante da lei todos são pecadores, e, pela graça de Deus, sem um tratamento diferenciado para com o judeu sobre o gentio, todos que creem em Jesus Cristo, pela fé conhecem a justiça de Deus (Rm. 3.21-24). Assim, percebemos que Paulo ensina que tal salvação pela fé exalta Deus por Ele ser tanto o justo e justificador daqueles que tem fé em Jesus (Rm. 3.26). Paulo nos mostra o quanto Deus ama os seus filhos a ponto de não olhar as nossas misérias, mas sim a nossa fé.
Tiago, porém tem outro foco, ou seja, os salvos comprovam a sua fé pelas obras de obediência à Palavra de Deus. Na passagem de Tiago está falando aos “irmãos” (Tg 2,1), ou seja, aos salvos, que conhecem e creem no Cristo, sobre a vivência da sua fé. Ele relembra que Deus salva mais pobres do que ricos (Tg 2, 5-7) e além disso, devem amar o próximo como a si mesmo (Tg 2, 8-13). Logo, Tiago enfatiza que os salvos comprovam a sua fé pelas obras de obediência.
Mas o que quero dizer com tudo isso? Paulo e Tiago não se contradizem; eles se completam. A fé é a raiz da salvação; as obras são o fruto; a fé é o instrumento da salvação; as obras são a sua consequência. Assim, não dá para dizer que temos fé, se esta fé não gera em nós um desejo de ajudar aquele que precisa. Não é possível uma pessoa que se afirma ser cristã, não realizar obras por acreditar que já está justificada. A fé sem obras é morta (Tg 2, 26). E não digo isso com relação a se salvar ou não; digo com relação ao próximo que poderá não ser salvo pelo nosso “egoísmo cristão”. Não adianta muito afirmar que temos fé, se estas não se traduzem em gestos concretos.
Precisamos parar de dizer quando vemos um irmão necessitado: “Coitadinho dele! Vou rezar por você irmão”! Será que nós não podemos fazer NADA para ajudar?! Eu já perdi as contas de quantas vezes fui visitar pessoas que estavam sofrendo com o intuito de evangelizar e, no final, eu que sai evangelizada por elas! Orar pelo outro é importante? Sim! Mas não podemos parar nessa “parte cômoda da fé”.
É incrível como a nossa natureza corruptível nos leva a se aproveitar de forma egoísta até da caridade. Quantas vezes nós fazemos algo pelo outro esperando ganhar pontos para a NOSSA salvação. Isto é uma mentalidade pregadas nas igrejas, onde não valorizamos o ato em si, mas o benefício que ele nos trará. Assim, o meu ajudar não é porque o outro precisa ir para o céu, mas porque eu preciso ir para o céu. Nossas ações são por amor a Deus, mas não exclusivamente.
Eu te convido a orar pela vida das pessoas, mas também se mover para ajuda-las. Sua oração pode saciar a fome espiritual, mas a fome material machuca a carne. Não podemos esquecer que somos um corpo só em Cristo, “se um membro sofre, todos os membros padecem com ele; e se um membro é tratado com carinho, todos os outros se congratulam por ele”. I Coríntios 12, 26
A Caridade sem fé é filantropia, mas a fé sem obras é morta. Aqueles que creem praticam boas obras. Não fomos salvos pelas obras nem pela fé mais as obras. Fomos salvos pela fé, para as boas obras.
Paz e Bem
“[...] o homem é justificado pela fé sem as obras da lei” (Romanos 3.28) “[...] o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.” (Tiago 2.24)
A questão da justificação pela fé ou pelas obras possui grande debate doutrinário, mas já deixo claro que não quero me apegar a isso. Quero mostrar a importância de uma e outra para a santificação da humanidade.
Temos nas passagens de Romanos e Tiago uma perspectiva da justificação para Paulo e para Tiago. Porém é necessário observar que o contexto em que eles estavam pregando é diferente! Em Romanos 3, o apóstolo Paulo explica primeiramente sobre a condição deplorável do homem pecador, tanto judeu quanto gentio e que os dois povos estão igualmente debaixo do pecado, e portanto, condenados de igual forma (Rm. 3.1-20). Diante da lei todos são pecadores, e, pela graça de Deus, sem um tratamento diferenciado para com o judeu sobre o gentio, todos que creem em Jesus Cristo, pela fé conhecem a justiça de Deus (Rm. 3.21-24). Assim, percebemos que Paulo ensina que tal salvação pela fé exalta Deus por Ele ser tanto o justo e justificador daqueles que tem fé em Jesus (Rm. 3.26). Paulo nos mostra o quanto Deus ama os seus filhos a ponto de não olhar as nossas misérias, mas sim a nossa fé.
Tiago, porém tem outro foco, ou seja, os salvos comprovam a sua fé pelas obras de obediência à Palavra de Deus. Na passagem de Tiago está falando aos “irmãos” (Tg 2,1), ou seja, aos salvos, que conhecem e creem no Cristo, sobre a vivência da sua fé. Ele relembra que Deus salva mais pobres do que ricos (Tg 2, 5-7) e além disso, devem amar o próximo como a si mesmo (Tg 2, 8-13). Logo, Tiago enfatiza que os salvos comprovam a sua fé pelas obras de obediência.
Mas o que quero dizer com tudo isso? Paulo e Tiago não se contradizem; eles se completam. A fé é a raiz da salvação; as obras são o fruto; a fé é o instrumento da salvação; as obras são a sua consequência. Assim, não dá para dizer que temos fé, se esta fé não gera em nós um desejo de ajudar aquele que precisa. Não é possível uma pessoa que se afirma ser cristã, não realizar obras por acreditar que já está justificada. A fé sem obras é morta (Tg 2, 26). E não digo isso com relação a se salvar ou não; digo com relação ao próximo que poderá não ser salvo pelo nosso “egoísmo cristão”. Não adianta muito afirmar que temos fé, se estas não se traduzem em gestos concretos.
Precisamos parar de dizer quando vemos um irmão necessitado: “Coitadinho dele! Vou rezar por você irmão”! Será que nós não podemos fazer NADA para ajudar?! Eu já perdi as contas de quantas vezes fui visitar pessoas que estavam sofrendo com o intuito de evangelizar e, no final, eu que sai evangelizada por elas! Orar pelo outro é importante? Sim! Mas não podemos parar nessa “parte cômoda da fé”.
É incrível como a nossa natureza corruptível nos leva a se aproveitar de forma egoísta até da caridade. Quantas vezes nós fazemos algo pelo outro esperando ganhar pontos para a NOSSA salvação. Isto é uma mentalidade pregadas nas igrejas, onde não valorizamos o ato em si, mas o benefício que ele nos trará. Assim, o meu ajudar não é porque o outro precisa ir para o céu, mas porque eu preciso ir para o céu. Nossas ações são por amor a Deus, mas não exclusivamente.
Eu te convido a orar pela vida das pessoas, mas também se mover para ajuda-las. Sua oração pode saciar a fome espiritual, mas a fome material machuca a carne. Não podemos esquecer que somos um corpo só em Cristo, “se um membro sofre, todos os membros padecem com ele; e se um membro é tratado com carinho, todos os outros se congratulam por ele”. I Coríntios 12, 26
A Caridade sem fé é filantropia, mas a fé sem obras é morta. Aqueles que creem praticam boas obras. Não fomos salvos pelas obras nem pela fé mais as obras. Fomos salvos pela fé, para as boas obras.
Paz e Bem