“Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu. Mateus 6.10

A vontade, assim como as emoções e a razão são partes fundamentais que caracterizam o ser humano como tal. É muito comum ouvir as pessoas dizerem quando alguém está em um estado de depressão que tal pessoa perdeu a vontade de viver, isto é, não tem mais motivações. A vontade é a força motriz que nos leva a agir em direção a algo, seja um sonho, um projeto, uma pessoa etc. No entanto, assim como outras faculdades dos seres humanos, a vontade também foi afetada pela rebelião do homem contra seu criador, de maneira tal que há uma predisposição em nossa vontade que nos levar a fazer aquilo que desagrada a Deus. Naturalmente não temos vontade de nos submeter a Deus, pelo contrário, a vontade do homem natural, isto é, da pessoa que não conhece a Cristo é viver longe da lei de Deus. Isso é muito claro quando olhamos para o relato da queda onde Adão e Eva depois de terem feito a sua vontade e não a de Deus, se escondem. Assim acontece conosco ainda hoje. Se não for o Espírito Santo agindo em nós, nunca teríamos condições de buscar a Deus, mas quando Deus envia aos nossos corações seu Espírito, por meio do qual nos tornamos seus filhos, a disposição de nossas mentes e corações são mudadas para receber de bom grado aquilo que Deus nos pede para fazer. Submetermos à vontade de Deus é seguir o caminho que Jesus nos ensinou, ainda que seja no vale da sombra da morte, ainda que seja passando pela via dolorosa que conduz ao calvário. No entanto não há outro caminho até o Pai. Em nossa sequência de reflexões sobre essa tão conhecida oração do Pai nosso, chegamos a esse ponto, a essa petição que deve ser feita com sinceridade a partir de uma reflexão sobre o que envolve dizer, “Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu”. Devemos refletir para que as palavras que saem de nossos lábios reflitam aquilo que está em nossos corações. Não nos adianta com os lábios dizer, “faça-se a tua vontade”, se no íntimo do coração desejamos cumprir os nossos desejos. Quando Jesus estava no Jardim do Getsemani, uma angústia tremenda lhe tomou conta, pois ele sabia o que lhe esperava. Contudo, depois de pedir ao Pai que se possível lhe passasse aquele cálice da ira contra os pecados, concluiu dizendo: “contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres” Mc 14.36. Fazer a vontade de Deus, eis o nosso chamado, um chamado de submissão ao Rei do universo, que reina nos céus e na terra. Entregar nosso futuro às mãos de Deus, algo que Adão não fez, mas que Cristo não deixou de fazer. Quem iremos seguir?

Rev. Marcelo Junio

Marcelo Junio Silva
Enviado por Marcelo Junio Silva em 05/10/2020
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