Pai nosso, que estais nos céus. Mateus 6.9

Ao introduzir a conhecida oração do Pai nosso, devemos saber que Jesus fez algumas recomendações muito importantes, como por exemplo, não usar de vãs repetições como fazem as pessoas que não conhecem a Deus e pensam que pelo muito falar serão ouvidas. Já dizia o poeta, “fala de mais por não ter nada a dizer”. Jesus condena também a oração feita pelos hipócritas, esses gostam de serem vistos, e por isso estão sempre em lugares de destaque falando, não a Deus, mas aos homens. A oração do Pai nosso não é uma fórmula mágica que usamos para obter bençãos ou coisas do tipo, antes, deve ser feita em espírito de reverência, com a mente e coração voltados para Deus, nosso Pai celestial, o qual sabe de nossas necessidades. O que conta não são as vezes que recitamos, mas o sentimento que nos leva a orar. Não pode ser uma pena pelos pecados, do tipo, “reze dez Pai nosso e será perdoado”. Longe de nós associar essa oração como condição para sermos perdoados.

Talvez essa oração seja a mais conhecida do mundo. Cristãos de diferentes ramificações a conhecem, e mesmo pessoas de outras religiões também. Porém conhecer a letra da oração não é o mesmo que conhecer o Deus a que ela nos remete, o Deus que chamamos de Pai, algo revolucionário que Jesus revelou, e que por meio de sua obra na cruz do calvário nos apropriamos, sendo esse o único caminho. O criador dos céus e da terra não está distante, não é inacessível, apesar de estar assentado em um alto e sublime trono, habita também com os corações contritos, humildes e quebrantados.

Essa oração me veio à mente nos últimos dias pelas comemorações do dia dos pais. Assim como disse no dia das mães, agora repito. Na ocasião me expressei dizendo que não gosto do dia das mães, nem dos pais etc. O motivo é simples, são sempre datas comerciais que não expressam a realidade vivida nos relacionamentos entre filhos e pais. É uma data onde os filhos desobedientes vão postar fotos com o paizão dizendo que o amam, que é seu exemplo, que é um grande amigo. Eu não sou pai, mas acredito que os pais gostariam muito mais neste dia e nos demais que seus filhos lindos e adoráveis lhes presenteassem com o devido respeito, honrando seu esforço para colocar o pão sobre a mesa, honrando a memória daqueles que já se foram.

Por outro lado, as vezes penso que os filhos idealizam pais melhores quando dizem coisas maravilhosas sobre seus progenitores. De fato, há muitos filhos que desejam um pai presente, mesmo que seja para corrigi-los quando extrapolassem em suas artes. Vivemos em tempos difíceis, e muitos homens acreditam que ser pai é simplesmente fazer uma criança, pagar a pensão e em alguns fins de semana buscar para passear. Que Deus tenha misericórdia de nós.

Pela graça de Deus temos um Pai celestial, esse sim não falha, pois a partir do momento em que, pela fé em Jesus nos tornamos seus filhos, Ele tem nos guardado, nos sustentado com sua poderosa mão. Portanto eu gostaria de convida-lo a orar comigo a oração que Jesus nos ensinou: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]! Mateus 6.9.13.

Rev. Marcelo Junio

Marcelo Junio Silva
Enviado por Marcelo Junio Silva em 05/10/2020
Reeditado em 05/10/2020
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