PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 19,25-27)(15/09/20)
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Caríssimos, ontem a Santa Igreja celebrou a Festa da Exaltação da Santa Cruz e hoje celebra a memória de nossa Senhora das dores, aquela que também sofreu o martírio juntamente com o seu Filho Jesus, carne de sua carne e sangue do seu sangue. De fato, só conhece a dor do martírio cruento quem já o sofreu no mais íntimo da alma.
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Mas, como em Deus tudo tende à um fim justo, santo, divino e eterno; os martírios, de Jesus e de Sua Mãe, Maria Santíssima, nos ajudam a compreender que o modo como Deus realiza o Seu Plano de amor para a nossa salvação é infinitamente superior à tudo que podemos imaginar; pois, em vista da nossa redenção não evitou oferecer e reber em oblação o Seu próprio Filho e sua santa Mãe.
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De fato, após o pecado da desobediência, a dor, o sofrimento e a morte passaram a fazer parte da humanidade; e nem mesmo Deus em Seu Infinito amor se polpou desses sofrimentos por causa dos nossos pecados, ou seja, Ele mesmo quis assumir as nossas dores por meio do Seu Filho amado, como profetizou Isaías:
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"Em verdade, ele tomou sobre si nossas enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos: e nós o reputávamos como um castigado, ferido por Deus e humilhado. Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniqüidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas." (Is 53,4-5)
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Portanto, caríssimos, contemplar as dores de Maria Santíssima aos pés da cruz de Seu Filho Jesus, é também compreender que dessa sua grandissima dor, desse seu martírio de amor, nasceu a sua missão maternal para conosco ao ouvir de seu Filho as palavras que marcaram para sempre a história da nossa salvação: "Mulher eis aí o teu filho. Filho eis aí tua Mãe." (Jo 19,27).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.