Vivemos em sociedade de respostas rápidas. Tudo é para ontem, precisamos de resultados imediatos e sempre parece que temos muito serviço para pouco tempo. Esta mentalidade exagerada de busca de produtividade e falta de tempo está afetando nossos ministérios. A partir disso, tocar em várias missas toma nosso tempo para adorar; pregar em vários encontros retira nosso tempo com a família; ficar sem fazer “nada” no culto te deixa inquieto; estudar, orar e meditar com a Palavra se torna secundário, e só acontece se houver “tempo”. Está havendo muita execução e pouca comunhão! Mas você pode está falando assim: está faltando pessoas na igreja para nos ajudar Rosana, estamos sobrecarregados! Eu entendo e sei que é verdade. Jesus já disse que “grande é a messe, mas poucos são os operários” (Lucas 10, 2a). Porém quero abordar um assunto que pode estar passando despercebido entre nós: o ativismo religioso.
     Muitas vezes desempenhamos mais de uma função ou ministério na igreja por falta de outros que o façam, mas o problema começa quando temos pessoas para realizar essas atividades e mesmo assim escolho ficar sobrecarregado. Parecemos Marta: estamos na presença de Jesus, mas nos distraímos com serviços diversos (Lucas 10, 38-42).
     Nosso excesso de trabalho na obra pode estar atrapalhando o crescimento do outro. Pode ser que o fato de só uma pessoa ministrar o louvor sempre, impedirá outras pessoas de aprenderem e se desenvolverem para ministrar o louvor também. O fato de só você conduzir os momentos de oração no seu grupo de jovens pode fazer com que os outros não conduzam esse momento. A igreja não é propriedade unicamente nossa. Não existe apenas eu para tocar na missa, ou para pregar e etc. Precisamos convidar os membros da igreja a participarem também, incentivando e mostrando que eles são capazes. Eu não preciso fazer TUDO!
     Os cristãos estão ficando espiritualmente e até fisicamente doentes devido ao seu ativismo religioso, eles chamam toda a responsabilidade para si, querendo realizar mil coisas, perdendo sua intimidade com o Pai, que seria o seu principal propósito. O Senhor se alegra com o nosso serviço e com o nosso sim ao Seu chamado, mas não podemos perder a nossa essência: somos adoradores! Muitas vezes estamos fazendo as coisas certas do modo errado. Precisamos ajudar na igreja? Devemos! Mas não podemos fazer tudo! Não podemos perder o foco, nosso objetivo é o Céu. Precisamos nos dedicar à oração, a leitura da Palavra, à adoração. Fé e obras precisam caminhar juntar! Uma não pode excluir a outra!
     Não esqueça: “Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus” (Eclesiastes 3,1). Vamos ser cristãos ativos, a obra precisa de mim, mas não unicamente de mim...

Paz e Bem!
Abra a Porta e Rosana Santos
Enviado por Abra a Porta em 14/09/2020
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