PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 1,26-38)(22/08/20)
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Caríssimos, a Igreja hoje celebra a memória da Santíssima Virgem Maria como rainha do céu e da terra. Com efeito, ela é Rainha porque participa do reinado do Seu Filho amado, nosso Senhor Jesus Cristo, que foi gerado por obra e graça do Espírito Santo no seu seio virginal como meditamos no Evangelho de hoje.
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O Santo Padre, o Papa Francisco, comentando esse Evangelho, disse: "O que quer dizer cheia de graça? Que Maria é cheia da presença de Deus. E se é inteiramente habitada por Deus, nela não há lugar para o pecado.
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Trata-se de algo extraordinário, porque infelizmente tudo no mundo está contaminado pelo mal. Cada um de nós, olhando dentro de si mesmo, vê lados obscuros. Inclusive os maiores santos eram pecadores, e todas as realidades, até as mais sublimes, são manchadas pelo mal: todas, exceto Maria.
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Ela é o único “oásis sempre verde” da humanidade, a única incontaminada, criada Imaculada para acolher plenamente, com o seu “sim”, Deus que vinha ao mundo e deste modo começar uma nova história.
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Qual era o seu segredo? Podemos compreende-lo olhando novamente para o cenário da Anunciação. Em muitas pinturas Maria é representada sentada diante do anjo com um pequeno livro nas mãos. Este livro é a Escritura. Assim Maria costumava ouvir Deus e estar com Ele.
A Palavra de Deus era o seu segredo: perto do seu coração, depois se encarnou no seu seio. Permanecendo com Deus, dialogando com Ele em todas as circunstâncias, Maria tornou bela a sua vida. O que faz bela a vida não é a aparência, não é aquilo que é passageiro, mas o coração orientado para Deus.
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Contemplemos hoje com alegria a cheia de graça. Peçamos-lhe que nos ajude a permanecer jovens, dizendo “não” ao pecado, e a levar uma vida bonita, dizendo “sim” a Deus." (Papa Francisco, trechos do Angelus, 8/12/2017).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.