“Amar a Deus de todo seu coração, de toda sua alma, de todo seu entendimento, de toda suas forças...” - Marcos 12.30
Não é à toa que “amar” é um verbo, isso é, exige comportamento. Ao responder ao escriba (na passagem registrada em Marcos 12), nosso Senhor aponta qual é a virtude do “Shemá” em Deuteronômio: “Ouve Israel, o Senhor vosso Deus é o único Deus.” A conclusão óbvia é que se o Senhor, Deus de Israel, é o único Deus, não há nada mais que possamos fazer além de dedicar nossas vidas inteiramente a Ele.
Há uma responsabilidade inominável no maior mandamento, porque ele aponta para a inteireza do ser humano, de tal modo que aproxima-se da redundância: coração, alma, entendimento e forças. Aquele que entregou-se por completo exige de seus filhos completude no relacionamento com Ele. O homem completo glorificando ao Deus que é completo.
Estávamos perdidos em nossos delitos e pecados, como registra o apóstolo, e ainda assim fomos amados e transformados por inteiro através da ação do Filho Único de Deus. Ele agiu e entregou-se por inteiro, até a última gota quando Ele tinha todo o poder para derramar uma pequena parcela, ou nada. O que nos cabe não se aproxima do peso que Ele carregou.
O amor, que ressalto, é uma ação, encontra-se envolvido por emoções que saem diretamente do enganoso coração do homem. Desse modo, o relacionamento do homem com Deus inicia no íntimo do coração que deve ser constantemente vigiado. As intenções quanto a Deus devem ser avaliadas para que nós, que declaramos amar a Deus acima de todas as coisas, possamos reconhecer o que o Senhor tem de nosso ser: afeições, emoções, intelecto e esforço.