Contra o purgatório

Argumento 1: Se Deus já sabe pra onde nós vamos, não tem porque Ele criar um local intermediário purificador. Ele já põe quem é do Céu no Céu, e quem é do inferno no inferno.

Argumento 2: Se Deus manda diretamente pro Céu os "mais santos" e deixa no purgatório os "menos santos", isso significa que Ele age conforme o mérito pessoal da pessoa, coisa que não é encontrada na pessoa de Cristo. Se fosse aplicarmos a mesma lógica, o cego ao qual Cristo curou, deveria tentar se autocurar da sua cegueira pra andar com Ele, ao invés de pedir pra Ele o curar. Se o Filho pode ser de um jeito e o Pai pode ser de um outro, de modo inverso, a Trindade se desfaz por as duas pessoas possuírem características antagônicas.

Argumento 3: Se eu tenho o poder mandar uma pessoa do purgatório para o Céu, através da minha oração, logo eu posso tirar quem eu quiser do Céu e passar para o inferno e vice-versa, porque a oração aí no caso teria "poder de movimentar a alma de um canto pro outro". Por isso é o próprio Deus que põe as almas aonde é o lugar delas e não existe um purgatório.

Argumento 4: Mandar "rezar por uma alma já falecida" pode significar tudo, menos que há um suposto lugar de purificação para uma alma pecadora. Pode haver muito bem em certos lugares a aparição de certos fantasmas, tornando-os carregados malignamente, e as orações que fazemos retirar os resquícios de sofrimento passado por essas almas nos lugares onde ela viveu enquanto encarnada. Como limpeza espiritual do local.

Mattos Allém III
Enviado por Mattos Allém III em 24/07/2020
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