Imagine se o pôr do sol mais lindo que você já viu fosse a anunciação de que o ele nunca mais fosse nascer. Toda aquela beleza se converteria em um dos maiores dramas da vida. Tudo aquilo que consideramos belo seria transformado em uma comovente anunciação do fim. Entretanto, a experiência nos mostra que, mesmo com variações de noites mais curtas ou mais longas, ou ainda em alguns lugares onde existem meses de escuridão, o sol sempre nascerá novamente. E é olhando para esse quadro da natureza que podemos aprender uma importante lição.
É possível que você que lê esse texto já tenha experimentado um momento de grande desesperança. Planos frustrados, a perda de uma pessoa amada, doenças, crises financeiras, decepções, auto decepções, solidão, ou um coração partido. Situações onde se levantam as questões mais duras e que, ao invés de respostas, encontramos apenas o silêncio. Tempos onde tudo parece contradizer qualquer pensamento positivo; onde a noite parece jamais ter fim. Nesses contextos, nossos sentimentos podem nos confundir a ponto de se tornar quase impossível enxergar algo para além da dor.
Porém, quando a circunstâncias não fazem sentido e não é possível ver a luz, é preciso buscá-la na memória. No livro de Lamentações, além da descrição de uma grande tragédia que o povo de Israel viveu - a destruição de Jerusalém e o exílio - podemos ver o modo como seu autor se sentia a respeito. Com uma linguagem poética pungente, é possível perceber em suas palavras a sua vergonha pelos pecados, a decepção, a real tristeza e dor, o desespero e a terrível sensação de abandono por parte de Deus. Contudo, após a declaração de todas as suas aflições, de modo que nos faz pensar que ele havia quase desistido, o autor, então, escreve: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”. Em seguida, ele ainda ressalta o que havia aprendido a respeito de Deus: que suas misericórdias “são a causa de não sermos consumidos”, que elas “não têm fim; renovam-se cada manhã” e que “Grande é a tua fidelidade.”
Muitas vezes o caráter compreensivelmente fragoroso do sofrimento nos ensurdece para as vozes de consolo e fé. E por isso é importante termos um olhar sobre o tempo, pois o instante em que vivemos é apenas um fragmento de toda a nossa história. Há alguns anos eu vivi um dos momentos de maior escuridão em minha vida: a depressão. Naquele doloroso período, eu era incapaz de sentir qualquer amor de Deus ou mesmo das pessoas. Não conseguia mais ter sonhos ou planos para o futuro e mal podia ver beleza em qualquer coisa. No entanto, repetidamente minhas recordações me mostravam quem Deus havia sido em toda minha existência. Como ele havia me salvado, os momentos onde eu havia sentido genuinamente seu amor, os milagres que havia vivenciado. E, se minhas próprias lembranças não eram suficientes, os testemunhos de outros, em livros, em textos e em conversas me mostravam. E por fim, toda a história e a Sua Palavra me lembravam da fidelidade graciosa de Deus. Assim, apesar de submersa em toda aquela angústia, eu cria e esperava no grande amor que havia conhecido ao longo dos anos.
Muito embora o mundo não nos ofereça a estabilidade de apenas dias bons, pois isso seria o real paraíso, Deus permanece o mesmo. O fato de não enxergarmos a luz não significa que ela deixou de existir. É a repetição ao longo dos dias e dos anos que nos traz a natural certeza que o sol nascerá novamente pondo um fim à noite. De forma semelhante, estejamos certos de que, ainda em nossos dias mais difíceis, Deus, que criou o sol e o universo inteiro, e que não poupou seu próprio filho por nos amar, permanece nos sustentando. E é nesse ponto onde minha comparação com a natureza termina. Dizem que daqui há alguns bilhões de anos a luz do sol irá realmente se apagar. Todavia, mesmo então, o amor de Deus permanecerá Eterno.
É possível que você que lê esse texto já tenha experimentado um momento de grande desesperança. Planos frustrados, a perda de uma pessoa amada, doenças, crises financeiras, decepções, auto decepções, solidão, ou um coração partido. Situações onde se levantam as questões mais duras e que, ao invés de respostas, encontramos apenas o silêncio. Tempos onde tudo parece contradizer qualquer pensamento positivo; onde a noite parece jamais ter fim. Nesses contextos, nossos sentimentos podem nos confundir a ponto de se tornar quase impossível enxergar algo para além da dor.
Porém, quando a circunstâncias não fazem sentido e não é possível ver a luz, é preciso buscá-la na memória. No livro de Lamentações, além da descrição de uma grande tragédia que o povo de Israel viveu - a destruição de Jerusalém e o exílio - podemos ver o modo como seu autor se sentia a respeito. Com uma linguagem poética pungente, é possível perceber em suas palavras a sua vergonha pelos pecados, a decepção, a real tristeza e dor, o desespero e a terrível sensação de abandono por parte de Deus. Contudo, após a declaração de todas as suas aflições, de modo que nos faz pensar que ele havia quase desistido, o autor, então, escreve: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”. Em seguida, ele ainda ressalta o que havia aprendido a respeito de Deus: que suas misericórdias “são a causa de não sermos consumidos”, que elas “não têm fim; renovam-se cada manhã” e que “Grande é a tua fidelidade.”
Muitas vezes o caráter compreensivelmente fragoroso do sofrimento nos ensurdece para as vozes de consolo e fé. E por isso é importante termos um olhar sobre o tempo, pois o instante em que vivemos é apenas um fragmento de toda a nossa história. Há alguns anos eu vivi um dos momentos de maior escuridão em minha vida: a depressão. Naquele doloroso período, eu era incapaz de sentir qualquer amor de Deus ou mesmo das pessoas. Não conseguia mais ter sonhos ou planos para o futuro e mal podia ver beleza em qualquer coisa. No entanto, repetidamente minhas recordações me mostravam quem Deus havia sido em toda minha existência. Como ele havia me salvado, os momentos onde eu havia sentido genuinamente seu amor, os milagres que havia vivenciado. E, se minhas próprias lembranças não eram suficientes, os testemunhos de outros, em livros, em textos e em conversas me mostravam. E por fim, toda a história e a Sua Palavra me lembravam da fidelidade graciosa de Deus. Assim, apesar de submersa em toda aquela angústia, eu cria e esperava no grande amor que havia conhecido ao longo dos anos.
Muito embora o mundo não nos ofereça a estabilidade de apenas dias bons, pois isso seria o real paraíso, Deus permanece o mesmo. O fato de não enxergarmos a luz não significa que ela deixou de existir. É a repetição ao longo dos dias e dos anos que nos traz a natural certeza que o sol nascerá novamente pondo um fim à noite. De forma semelhante, estejamos certos de que, ainda em nossos dias mais difíceis, Deus, que criou o sol e o universo inteiro, e que não poupou seu próprio filho por nos amar, permanece nos sustentando. E é nesse ponto onde minha comparação com a natureza termina. Dizem que daqui há alguns bilhões de anos a luz do sol irá realmente se apagar. Todavia, mesmo então, o amor de Deus permanecerá Eterno.