Os doze tipos de fariseus
Existem onze tipos de fariseus:
1 - O fariseu consciente. Aquele que acusa o mesmo que é, e sabe que acusa aquilo que é. O pecado que pratica é em geral praticado formalmente da mesma maneira em relação ao pecado acusado.
2 - O fariseu inconsciente. Aquele que acusa o mesmo que é, porém não tem ainda consciência disso. O pecado que pratica é em geral praticado formalmente diferente em relação ao pecado acusado; por isso tem dificuldade de se autoconscientizar.
3 - O fariseu autopiedoso. Aquele que não pratica o Evangelho por dizer-se perseguido pelas pessoas. Muitos de fato foram perseguidos mesmo. A maioria, não. É apenas uma projeção mental daquilo que de fato acontecerá, mas o conteúdo material de fé deles é falso, aí se tornam perseguidos pelo falso Evangelho e não pelo verdadeiro.
4 - O fariseu persecutor. Aquele que pratica um pecado, não o confessa, se finge de santo e persegue, muitas vezes com o uso da força, todos aqueles que cometeram o mesmo pecado.
5 - O fariseu inversor da realidade. Esse daqui pra mim é o pior. Pior do que o persecutor, ainda que não se utilize do uso da violência. Esse é aquele fariseu que quando você o questiona, chama você de fariseu. Inverte a realidade e se ira com quem o tenta disciplinar. Projeta Deus de acordo com os próprios desequilíbrios mentais. E o pior: projeta os seus próprios pecados em você e não se dá conta disso.
6 - O fariseu da Graça. Aquele que sabe do verdadeiro Evangelho porém planta bananeira no meio dos irmãos. Reduz a prática da espiritualidade à mera expressão performática, ainda que seja do verdadeiro bem.
7 - O fariseu da desgraça. Aquele que quer plantar bananeira com coisas que não são o Evangelho. Quer saber pregar, saber cantar, saber tocar, saber adorar e dane-se o essencial de Deus na vida do homem. Pode, no caso dos mais intelectualizados, querer misturar as coisas de Deus com as coisas oriundas dos sábios intelectuais descrentes, mas tudo isso também não passa de performances.
8 - O fariseu negativo. Aquele que pra ele o pecado deixa de ser o problema e passa a se tornar a santidade. Produz um falso conceito de boas obras e persegue quem pratica as verdadeiras boas obras.
9 - O fariseu formal. O farisaísmo aplicado à prática dos sacramentos. Às vezes o sujeito nem se preocupa tanto em condenar os outros, mais é fixado no assunto dos sacramentos. Crê piamente que a prática deles santifica mais que a moralidade em si.
10 - O fariseu centurião. Aquele que não se sente digno de entrar na "casa de Deus", e obriga todos a se sentirem também indignos, porém fora dos portões continua praticando os mesmos pecados de altivez contra o próximo. A altivez contra o outro acaba compensando a sensação de indignidade para com Deus.
11 - O fariseu consciente negativo. Aquele que interage conscientemente com o falso e o verdadeiro Evangelho. Discursa a respeito do verdadeiro; cita Cristo e os apóstolos acerca da perseguição que os cristãos sofrem, mas o Evangelho que pratica é o falso. Ele finge falar do Evangelho da Bíblia, mas na verdade fala do que vive, diferente do escrito.
12 - O fariseu de si mesmo. Aquele pode, ou autoafirmar-se ou autoflagelar-se; se achando ou achando alguma outra figura humana muito santa, ou ser pessimista demais diante dos próprios pecados, como os publicanos faziam.