O QUE É A TENTAÇÃO?

A psicologia nos ajuda a nos compreendermos. A tentação vem como uma vontade incontrolável, em geral relacionada com atitudes ou comportamentos que não podemos ter por algum motivo ético ou de nossa determinação. Sendo assim a tentação é um processo.

Ela está relacionada a todo um esquema, que vai desde o gatilho, aquilo que desperta o desejo, até o pensamento para matar esse desejo e ação de saciá-lo propriamente dita. Para conseguir resistir a algo, é preciso entender quais são os gatilhos, ou seja, as causas que despertam a sensação de querer incontrolavelmente fazer alguma coisa.

Ou seja, quando a pessoa ainda não é crente, não nascida de novo, ela não tem tentação, ela não tem vontade de refrear seus impulsos, pois não acha problema em tê-los, ou não. O não nascido nem sabe o que é pecado. A Bíblia fala assim: “Antes, eu vivia sem a lei, mas quando o mandamento veio, o pecado reviveu.” (Leia todo Romanos 7, que trata do assunto.)

Mas no momento em que a pessoa aceita a Cristo, ai lhe é dito que existe um problema chamado pecado. Tentação não é pecado, diga-se, é a vontade de fazer algo, mas até o momento em que não se concretizou o ato, isso não é pecado.

A tentação é o desejo de fazer algo que a pessoa aprendeu a repudiar. Agora na Igreja espera-se atitudes de santidade e a pessoa descobre que quando chega na Igreja, chega carregada de pecados. Pecado é errar o alvo, é desobedecer a Deus é criar um atalho, um outro reino oposto ao Reino de Deus. N Igreja a pessoa é ensinada a não ter certos comportamentos e atitudes considerados perigosos para a propria pessoa, como fumar, ou beber. Deus quer o nosso bem e não quer que a gente se perca em pecados que vão nos prejudicar.

Quando entramos na Igreja, a gente que vivia sem regras, agora somos ensinados sobre moral e ética. O que é certo e erado e o que não posso fazer pois agride o outro.

Sendo assim, a tentação é um processo de aprendizado, de reavaliação da propria pessoa. Não somos tentados com aquilo que não nos ofende, mas com aquilo que vamos descobrindo ser ruim para nós e para os outros. A tentação é então um processo de pessoas crentes que descobrem que existe uma moral, uma ética que rege o mundo e as coisas. A Igreja nos ensina com amor essas coisas. Só o crente é tentado com o pecado, pois para o mundo o pecado é natural de suas vidas e não lhes agrava de maneiraalguma, aliás, nem sabem o que é pecado, pois se pecado é desobedecer Deus, a pessoa que não segue a Deus, não pode desobedece-lo, se nem o entende. Na realidade sua vida já pé desobediência, mas ela não sabe disso, mas no momento em que entra para aIgreja, ai é reensinada sobre tudo.

Eu tenho o costume de dizer que nasci no dia em que entrei para a Igreja. Antes vivia sem regras, sem orientação, sendo a minha cabeça que me controlava e eu não estava indo muito bem. Eu tenho tentações todo dia, sinal de que estou no caminho. Não precisa ninguém me cobrar uma postura, pois o Espírito Santo em mim já o faz, para o meu bem. Se somos tentados é sinal de que estamos aprendendo que certas coisas precisam mudar em nós. Só sou tentado com o que me afeta, o que não me afeta não me tenta.

Mas para resistir a algo é preciso compreender quasi são os gatilhos que me fazem aceitar como certo a tentação e acabar pecando. Qual é o gatilho que liga a tentação em nós? O stress, a raiva, a falta de dinheiro, muito dinheiro, pessoas, lugares, situações? Cada um tem um gatilho ou mais de um, como uma tomada que liga ou desliga a tentação. O que nos desperta a vontade incontrolável de querer algo se não a gente sente que vai morrer?

Trabalhar o gatilho, a causa inicial, é a melhor maneira de resistir a tentação, que pode virar pecado. Se um lugar me desperta sensações, então não ande naquele lugar. Por exemplo, a pessoa quer parar de beber e vai para o barzinho com os amigos. “Vou ficar só no suquinho hoje.” A pessoa nem deveria estar ali. Se amigos o levam ao pecado, afaste-se deles.

Um dia um irmão obreiro ficou muito nervoso no culto e deu pra perceber que estava estressado, cansado, cheio de afazres. A irmã missionária falou que o irmão deveria orar mais e jejuar mais, para ficar menos nervoso. No proximo dia em que preguei, perguntei aos irmãos o que é que a gente faz quando está cansado do tabalho. A gente tira férias. Eu aconselhei a todos os irmãos duas coisas. Primeiro, não se atarefar demais. Tem gente querendo tocar a Igreja sozinho, para com isso. Segundo, se a pessoa está candas deveria dormir mais, ir a praia, sair com a famili, pegar um cineminha, distrair, fazer compras, asistir a um bom filme. E fui radical. Se necessário ficar alguns dias sem ler a Bíblia, ou ir para a Igreja, faça isso. E ai quando voltar, a pessoa volta renovada, descansada. Tem gente que manda os irmãos orarem mais e jejuarem quando estão cansados, eu indico ir no restaurante, dar um passeio, talvez até sozinho, escutar um pouco de musica. O que importa é não deixar o impulso da tentação voltar.

Seja feliz, o Evangelho de de liberdade e vida nova, não pode ser um peso, mas uma alegria.

Amém.

Fique na paz de Cristo.