PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 6,1-15)(24/04/20)
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Caríssimos, em nosso dia a dia nos acostumamos com as leis naturais, e tudo o que foge às suas regras tendemos admirar ou à desprezar; isso depende da nossa disposição interior. Com efeito, a liturgia de hoje nos ensina que o modo de Deus agir diverge do nosso modo de entender, mas isso acontece sempre em vista da nossa salvação.
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Na primeira leitura, vimos que os Apóstolos traziam consigo a evidência e o convívio com Jesus Ressuscitado, e passaram a anunciar essas graças à todos aos quais foram enviados, mostrando-lhes, por palavras e ações, que o Senhor estava com eles. Todavia, isso não agradou aos algozes de Jesus, por isso, à todo custo procuraram interromper a evangelização que eles faziam à ponto de lhes querer tirar a vida.
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Porém, como na maioria das experiências humanas, existe sempre alguém com bom senso suficiente para apontar o verdadeiro caminho a seguir. Foi o que aconteceu no Conselho de anciãos em que Gamaliel, um dos conselheiros, sabiamente os instruiu, estancando a fúria assassina dos outros membros. (cf. At 5,38-39).
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No Evangelho de hoje, Jesus transpõe a lei natural multiplicando cinco pães e dois peixes para mais de cinco mil pessoas com direito à sobras. Ora, alguns teólogos argumentam que Jesus apenas fomentou o gesto de partilha e assim todos se uniram à Ele. Todavia, mesmo que isso tenha acontecido não resta dúvida de que a ação do Espírito Santo nos corações dos que ali estavam, foi fundamental para que tal milagre se realizasse.
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Portanto, caríssimos, ponhamos em prática a inspiração do Espírito Santo por meio destas palavras de são Paulo: "Nada façais por espírito de partido ou vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vós mesmos. Cada qual tenha em vista não os seus próprios interesses, e sim os dos outros. Dedicai-vos mutuamente a estima que se deve em Cristo Jesus." (Fil 2,3-5).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.