E meio a dureza do mundo soa um amoroso convite.
O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida. (Apo 22:17). Este
versículo soa aos nossos ouvidos como um doce convite a participar do amor que tudo supera e dá vida.
A noiva, conforme sabemos, é a Igreja. Que está no mundo para mostrar a docilidade do amor e a graciosidade da graça. E aqui nesta passagem vemos o Espírito e a noiva exclamarem: “Vem!” Jesus Cristo e sua Igreja os dois se unem num misericordioso convite para que aceitemos o que Jesus Cristo tem para nos oferecer. Cabe a cada um decidir aliar-se a noiva ou ao mundo.
E no vivo convite vemos a noiva e Cristo dizer: “Vem! (ερχομαι erchomai)” A palavra “Vem!” deve ser tomada por cada leitor como verbo no tempo presente. Isto quer dizer que, Jesus nos chama a cada momento para que adentremos na atmosfera do seu amor. E cada um de nós que fazemos parte do corpo da igreja, ou seja, da noiva temos o dever de levar este vivo convite a tudo e a todos.
Sendo assim a grande verdade é, que cada cristão deve ser um missionário. Aquele que recebeu o convite diretamente de Cristo deve transmitir esse convite a outros. Aquele que foi encontrado por Cristo, deve encontrar outros para Cristo. O convidado deve converter-se no convidador. O encontrado deve converter-se naquele que encontra. Pois o amor é a água viva que deve fluir em todos os corações.
Devemos levar este convite para todas as almas sedentas, para que elas venham a Jesus Cristo e saciem sua sede. E aqui nos leva a Lembrar duas coisas, pelo menos. Lembra-nos em primeiro lugar, o convite que Deus fez aos homens através de um dos profetas: “Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.” (Isaías 55:1). Ou seja, vemos em Cristo a promessa do profeta cumprir-se viva e integralmente.
E mais, também nos lembra as palavras do próprio Jesus Cristo: “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede” (João 6:35). Aqui entendemos que mesmo que o mundo a nossa volta se mostre calamitoso, cruel e sem amor, a noiva enquanto igreja será o balsamo para a nossa alma. E se o desespero vier bater a nossa porta o amor de Cristo será a fechadura que nos protegerá.
Ah! Como é bom saber que todo anelo da alma pode ser satisfeito por Cristo. Que o amor de Cristo seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).