O pensar amoroso limpa a nossa alma.
Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. (Tgo 1:13). Este versículo dá inicio a dissertação que Tiago faz sobre o pecado. E aqui estudaremos um pouco sobre isso.
É bem certo que desde o princípio dos tempos o instinto primário do ser humano foi o de culpar a outros por seus próprios erros e pecados. O autor do livro de gêneses ao relatar o primeiro pecado no jardim do Éden, ele nos mostra como funciona a nossa psique.
Pois quando Deus repreendeu a Adão por seu pecado, a resposta deste foi: “A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi.” E quando ele repreendeu a Eva por sua ação, ela respondeu: “A serpente me enganou, e eu comi. Ou seja, parafraseando o escrito fica assim: Adão disse "Não me culpe, a culpa é da Eva." Eva disse: "Não me culpe; a culpa é da serpente" (Gênesis 3:12-13).
Na maioria das vezes nós agirmos assim: Dizemos que a culpa é de Deus, porque me fez assim. Ou culpamos o próximo, culpamos às circunstâncias; culpamos as autoridades, quando na realidade deveríamos reconhecer que somos os próprios culpados e causadores dos nossos erros, e pecados.
Para Tiago o responsável pelo pecado é o nosso próprio desejo mau. O pecado seria impotente se em nós não houvesse nada de mau no qual o pecado pudesse se alimentar. A tentação só atingi o alvo que está em pé e ativo em nós. O desejo é algo que pode ser alimentado ou ser sufocado. O homem pode com disciplina controlar o mau desejo e, com a graça de Deus, até eliminá-lo, se o enfrentar e o tratar decididamente. Como podemos ver: Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas (Tgo 1:18).
O grande valor desta passagem consiste em nos levar a vermos a nossa responsabilidade pessoal pelos erros e pecados. Jamais houve alguém que não desejasse algo mau. E este desejo vai muito além do meramente sexual, porque há todo tipo de maus desejos que ocuparia muitas folhas para relatá-los. Não há pessoa que não seja fascinada por algo mau. E por isso cabe a cada um de nós se autoavaliar a todo instante e pedir ao Espirito Santo para transformar os maus desejos no fruto do sentir amoroso de Cristo.
Caso ao contrário trilháramos o caminho que leva a morte. Quando a força do Espirito toma conta do nosso pensamento ele nos conduz a graça de Deus que, nos limpa e nos transforma, na real semelhança de Cristo. Lembremos que isto só advém de um trabalhar e de um orar vinte quatro horas. Pois até podemos perder algumas batalhas, mas jamais devemos perder a guerra. E mais, o Espirito Santo é o nosso ajudador, e por isso limpar-nos do mau pensar está ao alcance de todos.
Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).