Uma coroa de espinhos uma coroa de vida além da vida.

E Jesus clamou, dizendo: Quem crê em mim crê, não em mim, mas naquele que me enviou. E quem me vê a mim vê aquele que me enviou. Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. (João 12:44-46). Aqui Jesus nos diz por que veio a este mundo, veio dar testemunho da verdade. Mostrou vividamente a humanidade a verdade a respeito de Deus, a verdade a respeito dos próprios seres humanos e a verdade sobre a vida. Trouxe luz ao real objetivo do ser, ser humano.

Trouxe fim aos dias das adivinhações, das buscas na escuridão e das verdades pela metade. Ele trouxe a verdade e viveu em verdade perante as pessoas da época. Em Jesus entendemos o que é a palavra: Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno. (Mat 5:37). Esta é uma das grandes razões pelas quais devemos aceitar ou rechaçar a Cristo. Não há meias tintas ou meias palavras com a verdade. Ou a aceitamos ou a rechaçamos. E Cristo é a verdade.

Pois mesmo diante da cruz e mesmo quando colocaram sobre sua cabeça a coroa de espinhos dos nossos maus pensamentos, de nossas zombarias, de nossos desejos pelo poder, das nossas intrigas disfarçadas de boa índole que sobrepõe o amor ao próximo. E por fim da danosa incredulidade que se alimenta da infértil desconfiança.

Ele se manteve firme tendo como blindagem o amor ao Pai e a nós. (Os soldados, tendo tecido uma coroa de espinhos, puseram-na na cabeça e vestiram-no com um manto de púrpura. João 19:2). E neste ato amoroso Ele transformou a morte em vida eterna, os espinhos da maldição primária em douradas folhas de louro, de uma coroa real que aguarda todo aquele que nEle crer.

E aqui entendemos que a vida aqui na terra é só o começo da vida real. E que nem os espinhos, nem as zombarias, nem as traições e nem mesmo o peso da cruz pode nos tirar a firme confiança de uma vida que Deus Pai nos reservou, num reino onde o amor gera vida além da vida. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).