O medo das mudanças que o amor traz para nossa vida. (Parte 2)
Jesus o permitiu. Então, saindo os espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada, que era cerca de dois mil, precipitou-se despenhadeiro abaixo, para dentro do mar, onde se afogaram. (Mar 5:13). Este versículo faz parte da passagem na qual Jesus cura e livra uma pessoa da perturbação dos maus espíritos.
Dando continuidade ao nosso estudo, lembremos que invés do povo ficar agradecido pela cura, eles se revoltaram e pediram a partida de Jesus. Na parte anterior vimos os porquês de tal ação. A rotina da vida tinha sido transtornada, algo de novo estava a acontecer. (Ler os versículos de Mar 5:1-20).
Como já vimos as mudanças assustam as pessoas principalmente se afetam seus bens, aprender algo novo, requer que o velho morra e nós não estamos preparados para deixar o velho. Então o povo começou a implorar a Jesus que se afastasse daquela região que lhes pertencia. (Mar 5:17).
E também já aprendemos que esta reação age em três aspectos de nossas vidas; na comodidade social, no apego aos bens e em nossas crença e superstições religiosas.
Hoje trataremos do apego aos bens, ou seja, a triste e magra avareza:
É comum que ao depararmos com uma iminente perda reagimos com um grito interior: "Não perturbe minhas posses!" Isto nada mais é que outro aspecto de nosso ego, egoísta. Muitos de nós é capaz de enganar a outrem do que amargar a perda de um centavo. E as vezes até oramos pedindo que Deus nos ajude a ganhar. O nosso mestre Jesus nos ensinou a dar de si ao próximo, mas nós agimos como o jovem rico: Jesus disse a ele: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá o dinheiro aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. Ao ouvir essa palavra, o jovem afastou-se pesaroso, pois era dono de muitas riquezas. (Mat 19:21-22). Ou seja, trocamos a vida eterna pelo brilho frio e efêmero do metal.
Quanto mais velhos somos, mais nos aferramos ao que temos. Ao estudarmos a história da humanidade vemos que na natureza humana o defeito mais difícil de se eliminar é a avareza, pois ela é a última paixão que morre no coração do ser humano. Aprenderemos o que é realmente fé, quando entendermos que é nosso dever tornar o mundo melhor ao próximo e a todas as vidas que nele habita. Pois o amor nada guarda para si, e foi assim que fez Jesus, tudo padeceu naquela cruz para que nós tivéssemos vida. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).