Um juízo no qual o amor é o juiz.
E, se alguém ouvir as minhas palavras e não crer, eu não o julgo, porque eu vim não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo. (João 12:47). Este versículo faz parte da passagem que finaliza a pregação de Jesus ao povo. Daqui em diante Ele ensinará a seus discípulos e enfrentará a Pilatos. E aqui Ele deixa claro que cada um se faz juiz de si mesmo.
Aqui, mais uma vez, Jesus volta a ideia que se apresenta no Quarto Evangelho. Jesus não veio ao mundo para condenar a humanidade, mas sim para salvá-la. Ele deixa claro que não foi a ira de Deus que O enviou ao mundo, mas sim o amor ao ser humano. No entanto este amor traz consigo um juízo, de que somente quem ama pode permanecer no amor.
Por que deve ser assim? É assim porque mediante a sua atitude para com o amor que Jesus trouxe ao mundo mostra quem somos, e é está maneira de ser que será o nosso peso no dia do juízo. Pois se alguém encontrar em Jesus um magnetismo e uma atração dum sentir amoroso, e se deixa guiar pelo amor experimentando o chamado de Deus em seu coração este está salvo.
Mas se ao conhecer o ato amoroso que Jesus nos mostrou e ensinou e isto não mover os nossos sentimentos, isto significa que nos tornamos impermeáveis ao amor de Deus. E a dureza de nosso coração nos faz juízes de nós mesmos. No Evangelho segundo João, sempre vemos presente este paradoxo essencial; Jesus veio em um ato de amor, mas sua vinda é o juízo do amor.
Jesus disse: Aquele que me rejeita e não acolhe as minhas palavras tem quem o julgue; a Palavra que proclamei, essa o julgará no último dia. (João 12:48). Eis aqui uma das grandes verdades da vida. Não se pode culpar a ninguém por não saber ou por não agir segundo uma verdade que nunca teve a oportunidade de ouvir. Mas se alguém sabe qual é o bem e faz o mal, sua pena é mais grave.
De maneira que cada coisa sábia que ouvimos, cada oportunidade que recebemos para conhecer a verdade, se converterá em nossa testemunha. Devemos entender que, é o nosso agir e o nosso ser interior, será a nossa testemunha diante do olhar perscrutador do juízo do amor. Se faz bem saber que o bem que sabemos e podemos fazer e escolhemos por vontade própria não o fazer, este será uma testemunha contra nós no fim dos tempos.
Então cabe a cada um de nós escolher, servir o amor em amor, em direção duma vida além da vida, ou deixar se levar pelo desamor dum egoísta agir, que nos levará a morte eterna. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).