A morte que gera vida, o paradoxo do amor.

Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto. (João 12:24). Aqui Jesus diz aos presentes algo que deve ter soado um pouco incomodo aos ouvidos daqueles, e ainda hoje muitos de nós ainda não entendemos o que Ele quis dizer.

Neste estudo buscaremos entender um pouco o que Ele quis dizer. Jesus disse que a vida só chega por meio de uma morte. O grão de trigo era inútil e não dava fruto enquanto se mantinha ileso no paiol, ou seja, seguro e a salvo. Mas ao cair no chão frio, e ser enterrado ali na escuridão este dava lugar para uma nova vida e muitos frutos.

Pois não existirá uma nova planta sem a morte da semente, não existe embrião sem a morte do óvulo e do esperma, não existe borboleta sem a morte da lagarta. Porque a morte nada mais é, do que um novo ponto de partida para o início de algo novo, a fronteira entre o passado e o futuro. E assim se dá com cada um de nós, devemos morrer no velho para que nasça o novo, (ler: Rom 6:6; Ef 4:22; Col 3:9).

E que morrer é este? Nós estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas à ausência da vida física, mas isso é um erro. Existem outros tipos de morte. E a mais renovadora delas é a qual precisamos morrer todo dia em nós mesmo. Ou seja, o negar a si mesmo é a morte que traz consigo a real transformação do ser.

E assim começamos a entender que, se quisermos ser bem-sucedidos nos estudos, e na vida profissional, devemos eliminar de dentro de nós o espertalhão que acha que não precisa ser um estudioso. E um bom profissional, devemos eliminar de dentro de nós a pessoa descomprometida e preguiçosa.

E na vida emocional se queremos ter um relacionamento de boa qualidade, devemos eliminar de dentro de nós, o jovem inseguro; a pessoa ciumenta, crítica, exigente, imatura, egoísta; ou ainda a pessoa solteira e solta que pensa que pode fazer planos sozinha, sem ter que dividir espaços, projetos e tempo com mais ninguém.

Se queremos ter boas amizades, devemos eliminar de dentro de nós a pessoa insatisfeita e descompromissada que só pensa em si mesmo; devemos eliminar a vontade de tentar manipular as pessoas de acordo com as nossas conveniências. Devemos Respeitar e honrar os nossos amigos, colegas de trabalho e vizinhos, enfim todo processo de evolução exige que matemos o nosso “eu” passado, inferior, para que floresça em nosso ser, o fruto maior do Espirito.

E assim a cada minuto nos pareceremos mais com Cristo, e o mundo a nossa volta também se tornará mais rico e bom. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 23/01/2020
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