Ilustração: Capa do livro Introdução à Ciência Espírita, de Aécio Pereira Chagas, Edições Lachâtre, 2004
- Apresentação
- Objetivo da Filosofia das Ciências (ou Epistemologia)
- Filosofia da Ciência - Síntese didática
- Epistemologia - Noções introdutórias
- Referências bibliográficas
- RLE - Módulo 7 - NOÇÕES DE FILOSOFIA DAS CIÊNCIAS
- Textos-base
- Textos complementares
- Exercícios de verificação
- Perguntas
- Respostas
- Caixa de ferramentas
- Citações e transcrições
- Índice do RLE - ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS
APRESENTAÇÃO
Instrutor Guima
Prosseguindo no RLE - ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS, veremos agora o Módulo 7 - Noções de Filosofia das Ciências, no qual se dá, sumariamente, noções de filosofia das ciências, ou epistemologia, isto é, a forma das ciências: origens e fundamentação do conhecimento e os limites do que pode ser conhecido.
Leia com atenção e esquematize os textos que vêm a seguir, pois são matéria introdutória aos pontos discriminados no Roteiro de Estudos deste Módulo 7.
Vamos lá.
OBJETIVO DA FILOSOFIA DAS CIÊNCIAS (ou Epistemololgia)
Como vimos no Módulo 5, tópico Distinções necessárias (aqui), este Módulo 7 - Noções de Filosofia das Ciências tem por objetivo o
A Filosofia das Ciências (também chamada Epistemologia) é a parte da Filosofia que se ocupa com a forma da ciência.
Confira este quadro resumo:
FILOSOFIA DA CIÊNCIA - SÍNTESE DIDÁTICA
No texto Filosofia da Ciência (In Introdução ao pensamento filosófico. Admardo Serafim de Oliveira et all. Loyola, SP, 1981), o prof. Adwalter A. Carnielli faz uma síntese do tema filosofia da ciência, dando noções sobre a origem da ciência moderna, a ciência e suas características e classificação, as fronteiras da ciência experimental, sua neutralidade, importância e a influência da ciência na cultura e na história, finalizando com a noção de epistemologia ou filosofia da ciência.
Confira a seguir:
EPISTEMOLOGIA - NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
O professor Silvio Seno Chibeni, do Departamento de Filosofia - IFCH - Unicamp, espírita e articulista da revista Reformador, na qual escreve sobre a temática Espiritismo, Filosofia e Ciência, mantém um site (http://www.unicamp.br/~chibeni) com diversos artigos sobre o tema.
Desse site, extraímos a lição abaixo, que nos servirá de introdução ao estudo da Teoria do Conhecimento.
Vamos lá.
ROTEIRO DE LEITURA E ESTUDO - RLE
Módulo 7 - NOÇÕES DE FILOSOFIA DAS CIÊNCIAS
Finalidades deste Módulo 7
♦ Efetuar a leitura/estudo de textos selecionados sobre Filosofia das Ciências, objetivando conhecer noções introdutórias dessa disciplina.
Pré-requisito
♦ Ter realizado os módulos anteriores deste RLE - ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS
♦ Ter lido com atenção e esquematizado os pontos dados acima, quais sejam: Objetivo da Filosofia das Ciências (ou Epistemologia), Filosofia da Ciência - Síntese didática e Epistemologia - Noções introdutórias
Objetivos de ensino
♦ Ao concluir todas as atividades deste Módulo 7, você será capaz de:
• conhecer o objetivo da Filosofia das Ciências (ou Epistemologia)
• conhecer uma síntese didática do tema Filosofia da ciência
• conhecer noções introdutórias de Epistemologia
• conhecer noções das fronteiras da ciência e da filosofia
• conhecer as áreas clássicas de atuação da Filosofia
• conhecer noções de como a filosofia serve de alicerce à ciência e quais são os horizontes da filosofia
• conhecer uma abordagem sobre filosofia e Espiritismo: a filosofia espírita, sua compreensão e o futuro da filosofia no Espiritismo
• adquirir noções de conhecimento e tecnologia e técnica e arte
• adquirir noções sobre a importância da tecnologia e da ciência para o Espiritismo
• conhecer a tese Epistemologia e Ciência Espírita, elaborada por Reinaldo Di Lucia
• conhecer o pensamento de Sílvio Seno Chibeni exposto no artigo A excelência metodológica do Espiritismo
Atividades
♦ Proceda à leitura/estudo dos textos abaixo indicados (itens Textos-base e Textos complementares), observando as instruções do tópico Leitura e Filosofia do Módulo Apresentação deste RLE.
♦ Faça um resumo da matéria, mediante notas, esquemas, mapas mentais, como preferir, a cada tópico especificado nos Objetivos de ensino (v. acima), bem como das leituras complementares que realizar.
♦ Faça resumos próprios de pontos relevantes do material lido/estudado: pense filosoficamente, destaque os pontos altos e baixos dos textos, liste perguntas a que o texto responde, critique as ideias, exponha seu modo de ver as coisas, levante questões para futuros estudos/discussões, anote pontos para pesquisar posteriormente.
♦ Consulte glossários/dicionários para verificar conceitos ou palavras desconhecidas, e as adicione ao seu glossário pessoal de filosofia
Textos-base
♦ Livro Fundamentação da Ciência Espírita conforme capítulos indicados a seguir (aqui)
Textos complementares
♦ Os textos dos Cadernos de leitura a serem trabalhados estão discriminados logo abaixo (aqui)
Exercícios
♦ Alguns Exercícios de verificação encerram o estudo deste módulo (aqui)
Impressão do material
♦ Recomenda-se a leitura on-line do roteiro e a impressão somente do material estritamente necessário
ROTEIRO DE LEITURA E ESTUDO (RLE)
ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS ESPÍRITAS
Módulo 7 - Noções de Filosofia das Ciências
ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS ESPÍRITAS
Módulo 7 - Noções de Filosofia das Ciências
- Apresentação
- Objetivo da Filosofia das Ciências (ou Epistemologia)
- Filosofia da Ciência - Síntese didática
- Epistemologia - Noções introdutórias
- Referências bibliográficas
- RLE - Módulo 7 - NOÇÕES DE FILOSOFIA DAS CIÊNCIAS
- Textos-base
- Textos complementares
- Exercícios de verificação
- Perguntas
- Respostas
- Caixa de ferramentas
- Citações e transcrições
- Índice do RLE - ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS
APRESENTAÇÃO
Instrutor Guima
Prosseguindo no RLE - ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS, veremos agora o Módulo 7 - Noções de Filosofia das Ciências, no qual se dá, sumariamente, noções de filosofia das ciências, ou epistemologia, isto é, a forma das ciências: origens e fundamentação do conhecimento e os limites do que pode ser conhecido.
Leia com atenção e esquematize os textos que vêm a seguir, pois são matéria introdutória aos pontos discriminados no Roteiro de Estudos deste Módulo 7.
Vamos lá.
OBJETIVO DA FILOSOFIA DAS CIÊNCIAS (ou Epistemololgia)
Como vimos no Módulo 5, tópico Distinções necessárias (aqui), este Módulo 7 - Noções de Filosofia das Ciências tem por objetivo o
Estudo do CONHECIMENTO relativo ao campo de pesquisa em cada ramo das ciências.
Limita-se ao estudo sistematizado do conhecimento científico, e é também chamada de EPISTEMOLOGIA.
Limita-se ao estudo sistematizado do conhecimento científico, e é também chamada de EPISTEMOLOGIA.
Confira este quadro resumo:
FILOSOFIA DA CIÊNCIA - SÍNTESE DIDÁTICA
No texto Filosofia da Ciência (In Introdução ao pensamento filosófico. Admardo Serafim de Oliveira et all. Loyola, SP, 1981), o prof. Adwalter A. Carnielli faz uma síntese do tema filosofia da ciência, dando noções sobre a origem da ciência moderna, a ciência e suas características e classificação, as fronteiras da ciência experimental, sua neutralidade, importância e a influência da ciência na cultura e na história, finalizando com a noção de epistemologia ou filosofia da ciência.
Confira a seguir:
EPISTEMOLOGIA - NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
O professor Silvio Seno Chibeni, do Departamento de Filosofia - IFCH - Unicamp, espírita e articulista da revista Reformador, na qual escreve sobre a temática Espiritismo, Filosofia e Ciência, mantém um site (http://www.unicamp.br/~chibeni) com diversos artigos sobre o tema.
Desse site, extraímos a lição abaixo, que nos servirá de introdução ao estudo da Teoria do Conhecimento.
Vamos lá.
Epistemologia: Noções introdutórias
A epistemologia é o estudo ou ciência do conhecimento. Dois dos grandes problemas da epistemologia são o das origens e fundamentação do conhecimento (quais os processos pelos quais o adquirimos, em que ele se fundamenta) e o dos seus limites, ou extensão (quais as coisas que podem, em princípio, ser conhecidas e quais as que não podem). Ao longo da história da filosofia, esses dois problemas epistemológicos quase nunca foram tratados separadamente, já que há conexões entre eles. Porém, para fins de análise a distinção é útil, e podemos classificar as doutrinas epistemológicas em dois grupos principais, conforme se ocupem de um ou de outro desses problemas.
No caso do problema das origens e fundamentação do conhecimento, há essencialmente duas posições antagônicas:
i) Empirismo. Sustenta que o conhecimento se baseia e se adquire através do que se apreende pelos sentidos. Admite-se, além dos sentidos “externos” (visão, audição, tato, olfato e paladar) a participação de um sentido “interno” (introspecção), que nos informa acerca de nossos sentimentos, estados de consciência e memória. Como quase toda doutrina filosófica, o empirismo encontra raízes na Grécia Antiga; ganhou novo ímpeto com a revolução científica do século 17, e seus principais defensores no período moderno foram Locke, Berkeley e Hume.
ii) Racionalismo. Mantém que as fontes do verdadeiro conhecimento encontram-se não na experiência, mas na razão. Como no caso do empirismo, também essa doutrina já era defendida entre os gregos; na era moderna, seus principais expoentes foram Descartes e Leibniz.
Naturalmente, é possível manter-se uma posição empirista acerca de determinado tipo de conhecimento e racionalista acerca de outro. De fato, é frequente, por exemplo, que empiristas com relação ao conhecimento do mundo físico sejam racionalistas com relação ao conhecimento matemático. E mesmo dentro de uma mesma área, é cabível sustentar-se posições diferentes quanto à origem do conhecimento, dependendo do tipo de proposição envolvida. Esse é o caso da teoria epistemológica de Kant; segundo ela, nosso conhecimento da física é parcialmente a priori (como no caso das leis de Newton) e parcialmente empírico, ou a posteriori (a lei de Boyle, por exemplo).
Não iremos aqui discutir e avaliar, ou mesmo apresentar de forma sistemática, as múltiplas variantes dessas doutrinas epistemológicas sobre a origem do conhecimento. Notemos apenas que, como resultado das profundas transformações sofridas pela física em nosso século (que, entre outras consequências, levaram à descrença na verdade universal das leis da dinâmica newtoniana, e à adoção de geometrias não-euclideanas), o racionalismo com relação ao conhecimento do mundo físico aparentemente perdeu muito de sua plausibilidade.
Passemos agora à questão dos limites do conhecimento. Aqui, a oposição principal se dá entre a doutrina epistemológica do realismo e uma série de doutrinas com nomes diversos, ditas genericamente antirrealistas.
Poucos conceitos filosóficos têm recebido caracterizações tão diversas quanto o de realismo. Em um sentido amplo, o termo realismo denota uma determinada posição filosófica acerca de certas classes de objetos, ou de proposições sobre esses objetos. Consideram-se, por exemplo, os objetos matemáticos, os universais, os objetos materiais ordinários, as entidades não-observáveis postuladas pelas teorias científicas, etc.
Em uma formulação puramente metafísica, o realismo sobre os objetos de uma dessas classes se caracteriza pela afirmação de que os objetos em questão “realmente existem”, ou “desfrutam de uma existência independente de qualquer cognição”, ou “estão entre os constituintes últimos do mundo real”. Pode-se pois ser realista com relação a uma classe ou classes de objetos e antirrealista com relação a outras. Outros filósofos preferem (por razões que não examinaremos aqui) formular o realismo em termos epistemológicos, dizendo, por exemplo, que por realismo se deve entender a doutrina segundo a qual as proposições sobre os objetos da classe em disputa possuem um valor de verdade objetivo, independente de nossos meios para conhecê-lo: são verdadeiras ou falsas em virtude de uma realidade que existe independentemente de nós.
As posições antirrealistas por vezes recebem nomes especiais, de acordo com a classe de objetos em questão. Assim, o antirrealismo com relação às entidades matemáticas é conhecido por construtivismo; com relação aos objetos materiais ordinários por fenomenalismo; com relação aos universais por nominalismo. O antirrealismo científico questiona a possibilidade do conhecimento das entidades e processos inobserváveis postulados pelas teorias científicas; recebe várias denominações, dependendo de como a tese do realismo científico é negada: instrumentalismo, redutivismo, empirismo construtivo, relativismo, etc.
A epistemologia é o estudo ou ciência do conhecimento. Dois dos grandes problemas da epistemologia são o das origens e fundamentação do conhecimento (quais os processos pelos quais o adquirimos, em que ele se fundamenta) e o dos seus limites, ou extensão (quais as coisas que podem, em princípio, ser conhecidas e quais as que não podem). Ao longo da história da filosofia, esses dois problemas epistemológicos quase nunca foram tratados separadamente, já que há conexões entre eles. Porém, para fins de análise a distinção é útil, e podemos classificar as doutrinas epistemológicas em dois grupos principais, conforme se ocupem de um ou de outro desses problemas.
No caso do problema das origens e fundamentação do conhecimento, há essencialmente duas posições antagônicas:
i) Empirismo. Sustenta que o conhecimento se baseia e se adquire através do que se apreende pelos sentidos. Admite-se, além dos sentidos “externos” (visão, audição, tato, olfato e paladar) a participação de um sentido “interno” (introspecção), que nos informa acerca de nossos sentimentos, estados de consciência e memória. Como quase toda doutrina filosófica, o empirismo encontra raízes na Grécia Antiga; ganhou novo ímpeto com a revolução científica do século 17, e seus principais defensores no período moderno foram Locke, Berkeley e Hume.
ii) Racionalismo. Mantém que as fontes do verdadeiro conhecimento encontram-se não na experiência, mas na razão. Como no caso do empirismo, também essa doutrina já era defendida entre os gregos; na era moderna, seus principais expoentes foram Descartes e Leibniz.
Naturalmente, é possível manter-se uma posição empirista acerca de determinado tipo de conhecimento e racionalista acerca de outro. De fato, é frequente, por exemplo, que empiristas com relação ao conhecimento do mundo físico sejam racionalistas com relação ao conhecimento matemático. E mesmo dentro de uma mesma área, é cabível sustentar-se posições diferentes quanto à origem do conhecimento, dependendo do tipo de proposição envolvida. Esse é o caso da teoria epistemológica de Kant; segundo ela, nosso conhecimento da física é parcialmente a priori (como no caso das leis de Newton) e parcialmente empírico, ou a posteriori (a lei de Boyle, por exemplo).
Não iremos aqui discutir e avaliar, ou mesmo apresentar de forma sistemática, as múltiplas variantes dessas doutrinas epistemológicas sobre a origem do conhecimento. Notemos apenas que, como resultado das profundas transformações sofridas pela física em nosso século (que, entre outras consequências, levaram à descrença na verdade universal das leis da dinâmica newtoniana, e à adoção de geometrias não-euclideanas), o racionalismo com relação ao conhecimento do mundo físico aparentemente perdeu muito de sua plausibilidade.
Passemos agora à questão dos limites do conhecimento. Aqui, a oposição principal se dá entre a doutrina epistemológica do realismo e uma série de doutrinas com nomes diversos, ditas genericamente antirrealistas.
Poucos conceitos filosóficos têm recebido caracterizações tão diversas quanto o de realismo. Em um sentido amplo, o termo realismo denota uma determinada posição filosófica acerca de certas classes de objetos, ou de proposições sobre esses objetos. Consideram-se, por exemplo, os objetos matemáticos, os universais, os objetos materiais ordinários, as entidades não-observáveis postuladas pelas teorias científicas, etc.
Em uma formulação puramente metafísica, o realismo sobre os objetos de uma dessas classes se caracteriza pela afirmação de que os objetos em questão “realmente existem”, ou “desfrutam de uma existência independente de qualquer cognição”, ou “estão entre os constituintes últimos do mundo real”. Pode-se pois ser realista com relação a uma classe ou classes de objetos e antirrealista com relação a outras. Outros filósofos preferem (por razões que não examinaremos aqui) formular o realismo em termos epistemológicos, dizendo, por exemplo, que por realismo se deve entender a doutrina segundo a qual as proposições sobre os objetos da classe em disputa possuem um valor de verdade objetivo, independente de nossos meios para conhecê-lo: são verdadeiras ou falsas em virtude de uma realidade que existe independentemente de nós.
As posições antirrealistas por vezes recebem nomes especiais, de acordo com a classe de objetos em questão. Assim, o antirrealismo com relação às entidades matemáticas é conhecido por construtivismo; com relação aos objetos materiais ordinários por fenomenalismo; com relação aos universais por nominalismo. O antirrealismo científico questiona a possibilidade do conhecimento das entidades e processos inobserváveis postulados pelas teorias científicas; recebe várias denominações, dependendo de como a tese do realismo científico é negada: instrumentalismo, redutivismo, empirismo construtivo, relativismo, etc.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARNIELLI, Adwalter A. Filosofia da Ciência. In Introdução ao pensamento filosófico. Admardo Serafim de Oliveira et all. Loyola, SP, 1981
CHIBENI, Silvio Seno. Epistemologia: noções introdutórias [Artigo] - Disponível em http://www.unicamp.br/~chibeni
CARNIELLI, Adwalter A. Filosofia da Ciência. In Introdução ao pensamento filosófico. Admardo Serafim de Oliveira et all. Loyola, SP, 1981
CHIBENI, Silvio Seno. Epistemologia: noções introdutórias [Artigo] - Disponível em http://www.unicamp.br/~chibeni
Módulo 7 - NOÇÕES DE FILOSOFIA DAS CIÊNCIAS
Finalidades deste Módulo 7
♦ Efetuar a leitura/estudo de textos selecionados sobre Filosofia das Ciências, objetivando conhecer noções introdutórias dessa disciplina.
Pré-requisito
♦ Ter realizado os módulos anteriores deste RLE - ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS
♦ Ter lido com atenção e esquematizado os pontos dados acima, quais sejam: Objetivo da Filosofia das Ciências (ou Epistemologia), Filosofia da Ciência - Síntese didática e Epistemologia - Noções introdutórias
Objetivos de ensino
♦ Ao concluir todas as atividades deste Módulo 7, você será capaz de:
• conhecer o objetivo da Filosofia das Ciências (ou Epistemologia)
• conhecer uma síntese didática do tema Filosofia da ciência
• conhecer noções introdutórias de Epistemologia
• conhecer noções das fronteiras da ciência e da filosofia
• conhecer as áreas clássicas de atuação da Filosofia
• conhecer noções de como a filosofia serve de alicerce à ciência e quais são os horizontes da filosofia
• conhecer uma abordagem sobre filosofia e Espiritismo: a filosofia espírita, sua compreensão e o futuro da filosofia no Espiritismo
• adquirir noções de conhecimento e tecnologia e técnica e arte
• adquirir noções sobre a importância da tecnologia e da ciência para o Espiritismo
• conhecer a tese Epistemologia e Ciência Espírita, elaborada por Reinaldo Di Lucia
• conhecer o pensamento de Sílvio Seno Chibeni exposto no artigo A excelência metodológica do Espiritismo
Atividades
♦ Proceda à leitura/estudo dos textos abaixo indicados (itens Textos-base e Textos complementares), observando as instruções do tópico Leitura e Filosofia do Módulo Apresentação deste RLE.
♦ Faça um resumo da matéria, mediante notas, esquemas, mapas mentais, como preferir, a cada tópico especificado nos Objetivos de ensino (v. acima), bem como das leituras complementares que realizar.
♦ Faça resumos próprios de pontos relevantes do material lido/estudado: pense filosoficamente, destaque os pontos altos e baixos dos textos, liste perguntas a que o texto responde, critique as ideias, exponha seu modo de ver as coisas, levante questões para futuros estudos/discussões, anote pontos para pesquisar posteriormente.
♦ Consulte glossários/dicionários para verificar conceitos ou palavras desconhecidas, e as adicione ao seu glossário pessoal de filosofia
Textos-base
♦ Livro Fundamentação da Ciência Espírita conforme capítulos indicados a seguir (aqui)
Textos complementares
♦ Os textos dos Cadernos de leitura a serem trabalhados estão discriminados logo abaixo (aqui)
Exercícios
♦ Alguns Exercícios de verificação encerram o estudo deste módulo (aqui)
Impressão do material
♦ Recomenda-se a leitura on-line do roteiro e a impressão somente do material estritamente necessário
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Instrutor Guima
A seguir, vêm alguns exercícios para verificar o que aqui foi estudado.
São exercícios simples, para repassar brevemente os textos deste Módulo 7, destacar algum ponto ou, ainda, chamar a atenção para aspectos interessantes.
O entendimento e apreensão da matéria estão ligados à leitura compreensiva e anotada, e às questões e críticas que você mesmo formulou durante os estudos.
As respostas estão logo abaixo.
Vamos lá!
Perguntas
1. De que se ocupa a Filosofia das Ciências (também chamada Epistemologia)?
2. O professor Adwalter Carnielli (Filosofia da Ciência) diz que a ciência moderna nasceu com Galileu Galilei (1564-1642), quando introduziu no estudo dos fenômenos da natureza o método científico ou experimental. Isso queria dizer: as teorias e leis científicas, para serem tais, devem estar baseadas na experiência.
Com essa posição, Galileu se colocou entre o Racionalismo e o Empirismo, que se mostravam dois extremos inconciliáveis no atinente à aquisição do conhecimento científico. De que cuidavam essas duas posições?
3. Fala-se hoje muito em conhecimento científico ou ciência moderna, mas poucos sabem dizer o que isso significa. Qual o conceito dado para ciência moderna por Adwalter Carnielli?
4. Regra geral, diz diz Adwalter Carnielli, chamamos ciência àqueles conhecimentos que recebem comprovação através da experiência e dos experimentos. Mas, para separar proposições científicas das demais proposições, Carnielli refere o pensamento do epistemólogo Karl Raimund Popper. Em síntese, qual é esse pensamento de Popper?
5. Que noção de epistemologia nos dá Adwalter Carnielli?
6. No texto Epistemologia: noções introdutórias, Silvio Chibeni diz que dois dos grandes problemas da epistemologia são o das origens e fundamentação do conhecimento, havendo sobre isso, como sabemos, duas posições antagônicas: empirismo e racionalismo.
Mas, acrescenta ele, mesmo dentro de uma mesma área, é cabível sustentar-se posições diferentes quanto à origem do conhecimento, dependendo do tipo de proposição envolvida. E menciona, como exemplo, a teoria epistemológica de Kant. Que diz, em síntese, essa teoria kantiana?
7. No livro Fundamentação da Ciência Espírita, Carlos F. Loeffler menciona as áreas de atuação da Filosofia. Quais são as chamadas áreas clássicas e quais as outras áreas menos importante de atuação da Filosofia?
8. Falando sobre a Filosofia Espírita, na obra supramencionada, Carlos Loeffler diz o Espiritismo possui um corpo filosófico bem constituído. Que corpo filosófico é esse?
9. Ao encerrar o Cap. VIII - Filosofia e ciência (págs. 189/90) do livro que vimos estudando, Carlos Loeffler fala sobre o papel da ciência no Espiritismo, indagando se ele já é — ou será — maior do que o da filosofia. E o autor menciona alguns novos fatos estudados pela ciência que tocam importantes aspectos do Espiritismo, como os relativos à pesquisa sobre a reencarnação: memória extracerebral, experiência de regressão de meória, experiências de quase-morte.
Ele acrescenta, ainda, que boa parte do que se classifica e apregoa como sendo estudo ou disciplina científica dentro da doutrina espírita trata-se de matéria metafísica, obtida pela mediunidade, portanto, de cunho filosófico. Que questões são essas?
10. Em A excelência metodológica do Espiritismo, Silvio Chibeni fala que o método de Kardec, décadas e décadas depois, ainda se sustenta em face da crítica, em razão da solidez de seus fundamentos, de sua superioridade relativamente aos demais sistemas, doutrinas, teorias que com ele têm em comum o mesmo objeto de estudo, ou seja, a existência e a natureza do elemento espiritual.
Prosseguindo em seu artigo, Chibeni critica parte do movimento espírita que pensa em "atualizar" a Doutrina, dar-lhe "fundamentação científica", "harmonizá-las às conquistas da Ciência", desprezando a metodologia de Kardec e abraçando teorias modernas que de fato nem científicas são.
Pois bem, ele menciona autores de Filosofia da Ciência que a partir da década de 1960 começaram a criticar a antiga visão de ciência e propor novas formulações para se caracterizar o que realmente é conhecimento científico.
Que autores são esses citados por Silvio Chibeni?
Respostas
1. A Filosofia das Ciências (também chamada Epistemologia) é a parte da Filosofia que se ocupa com a forma da ciência.
2. O Racionalismo julgava que a ciência era um trabalho exclusivo da razão, e o Empirismo, da experiência. Os racionalistas diziam que as teorias e as leis científicias, por serem enunciados universais, somente poderiam ser adquiridas e enunciadas pela razão. Os empiristas, contrariamente, afirmavam que os enunciados científicos, por estarem apoiados nos fatos, eram deduções lógicas destes. E, desse modo, não chegavam a um acordo.
3. Qualquer ramo da ciência moderna se constitui num conjunto de proposições comprovadas e relacionadas entre si, formando um todo. Tanto a razão, como a experiência, colaboram na obtenção destes conhecimentos. Pela razão (mente, inteligência) o cientista imagina, inventa ou descobre as teorias e leis, pela experiência tenta confirmá-las ou rejeitá-las; pela razão procura explicar, compreender e unificar os fatos observados, pela experiência e experimentos tenta nos mostrar que as explicações são, de fato, verdadeiras. Pode acontecer que a experiência revele que são faltas. Terá, então, que produzir outras teorias. Por aqui se vê que o conhecimento científico ou a ciência moderna é obtido com o concurso da razão e da experiência, mediante a observância das regras do método científico ou experimental. Para que uma lei ou teoria possa ter valor científico tem que satisfazer determinadas exigências, estabelecidas nas regras do método científico.
4. Para Karl Popper só devem ser chamados de científicos aqueles enunciados, ainda que falsos, mas que podem ser relacionados, confrontados e julgados pelos fatos; em outros termos, somente aquelas frases ou proposições que possuem um conteúdo experimental ou experimentável. Em síntese: o que faz uma proposição ser científica é seu conteúdo experimental e não sua veracidade ou falsidade. Tudo aquilo que, de um modo ou de outro, pode ser colocado diante de fatos para ser julgado é científico, ainda que falso. Científico é sinônimo de testável, de comprovável, experimentável, falsificável.
5. Epistemologia é aquela parte da Filosofia que se ocupa com a forma da ciência. Ela faz uma indagação crítica sobre a ciência, para ver e saber se aquilo que esta faz, o faz com consciência, critérios e cientificidade. Ela indaga sobre as afirmações científicas; por isso mesmo ela é uma reflexão crítica, de estilo filosófico, sobre tudo o que a ciência diz e aplica. Ela é uma Filosofia da ciência.
6. Em síntese, a teoria epistemológica de Kant diz que nosso conhecimento da física é parcialmente a priori (como no caso das leis de Newton) e parcialmente empírico, ou a posteriori (a lei de Boyle, por exemplo).
7. Há consenso entre os estudiosos que as áreas de atuação, ditas clássicas, da Filosofia são: Ética, metafísica, Epistemologia e Lógica. As demais são: Estética, Fenomenologia e Política. (Fundamentação da Ciência Espírita, Carlos F. Loeffler, p. 172)
8. Estudos preliminares da doutrina espírita mostram claramente a existência de um conjunto de ideias que explicam todos os interrogativos causais da existência: razão ontológica para a vida e para a morte; a questão dos sofrimentos e das provas da existência; a origem e destino das individualidades pensantes e das própria natureza.
9. São questões discutidas e organizadas sobre bases lógicas e coerentes, mas colhidas a partir de fontes sem a sustentação do método científico. Muitas, com o passar do tempo, adquirirão esse aval com a realização de pesquisas que confirmem sua realidade. Até lá, diante da sua compatibilidade com outras ideias, comporão a doutrina espírita pelo seu valor filosófico.
Logo, também por esse aspecto, a filosofia possui, no presente e num longo futuro, uma importância capital no contexto doutrinário, que não deve se alterar significativamente enquanto outros recursos tecnológicos não forem devidamente aplicados à pesquisa do extrafísico.
10. Karl Popper, Willard Quine, Thomas Kuhn, Paul Feyrabend e Imre Lakatos. CAIXA DE FERRAMENTAS
Cadernos de leituras espíritas
Materiais doutrinários espíritas
- Introdução à Filosofia Espírita - Herculano Pires - aqui
- Os filósofos - Herculano Pires - aqui
- EADE 5 - Filosofia e Ciências Espíritas - FEB - aqui
- Curso de Introdução à Filosofia Espírita - Sérgio B. Gregório - aqui
- Apostila Espiritismo e Ciência - Alexandre F. da Fonseca - aqui
- Fundamentação da Ciência Espírita - C. F. Loeffler - aqui
Materiais de filosofia
- Dicionário de Filosofia - aqui
- Dicionário de Filosofia (Só Filosofia) - aqui
- Glossário de Filosofia - aqui
- Educação UOL - aqui
- Só Filosofia - aqui
- Superinteressante - aqui
E-books didáticos e de divulgação
- Filosofia (Ensino Médio) - SEED - PR - aqui
- Antologia de Textos Filosóficos - SEED - PR - aqui
- Metodologia Científica - Maria C. P. Bastos - Daniela V. Ferreira - aqui
- Metodologia do Trabalho Científico - Cleber Cristiano Prodanov - Ernani Cesar de Freitas - Feevale - aqui
Dicionários e outros
- Dicionário Michaelis on-line - aqui
- Dicionário analógico AULETE - aqui
- Conjugador verbal - aqui
- Vocabulário Ortográfico ABL - aqui
- Palavras compostas - aqui
CITAÇÕES E TRANSCRIÇÕES
As citações e/ou transcrições de passagens de textos, com a devida identificação de autor/editor, foram feitas para fins de estudo da Filosofia Espírita, e cada uma delas está vinculada a um exercício, ou a um teste, ou a uma análise de texto, ou a uma reflexão doutrinária, histórica ou filosófica do Espiritismo. (LDA - 9.610/1998 art. 46, III)
TEXTOS-BASE
Instrutor Guima
Abaixo vão os Textos-base deste Módulo 7 - Filosofia das Ciências.
Bom trabalho!
♦ Livro Fundamentação da Ciência Espírita - Carlos F. Loeffler
- Cap. VIII - Filosofia e ciência - págs. 171 a 190
- Cap. IX - Ciência e tecnologia - 191 a 200
Instrutor Guima
Abaixo vão os Textos-base deste Módulo 7 - Filosofia das Ciências.
Bom trabalho!
♦ Livro Fundamentação da Ciência Espírita - Carlos F. Loeffler
- Cap. VIII - Filosofia e ciência - págs. 171 a 190
- Cap. IX - Ciência e tecnologia - 191 a 200
TEXTOS COMPLEMENTARES
Caderno de Leituras Espíritas - Ciência Espírita
Parte 2
12 - Epistemologia e Ciência Espírita - Contribuição para Debate - pág. 19
Parte 3
13 - A excelência metodológica do Espiritismo – Sílvio Seno Chibeni - pág. 2
EXERCÍCIOS DE VERIFICAÇÃOCaderno de Leituras Espíritas - Ciência Espírita
Parte 2
12 - Epistemologia e Ciência Espírita - Contribuição para Debate - pág. 19
Parte 3
13 - A excelência metodológica do Espiritismo – Sílvio Seno Chibeni - pág. 2
Instrutor Guima
A seguir, vêm alguns exercícios para verificar o que aqui foi estudado.
São exercícios simples, para repassar brevemente os textos deste Módulo 7, destacar algum ponto ou, ainda, chamar a atenção para aspectos interessantes.
O entendimento e apreensão da matéria estão ligados à leitura compreensiva e anotada, e às questões e críticas que você mesmo formulou durante os estudos.
As respostas estão logo abaixo.
Vamos lá!
Perguntas
1. De que se ocupa a Filosofia das Ciências (também chamada Epistemologia)?
2. O professor Adwalter Carnielli (Filosofia da Ciência) diz que a ciência moderna nasceu com Galileu Galilei (1564-1642), quando introduziu no estudo dos fenômenos da natureza o método científico ou experimental. Isso queria dizer: as teorias e leis científicas, para serem tais, devem estar baseadas na experiência.
Com essa posição, Galileu se colocou entre o Racionalismo e o Empirismo, que se mostravam dois extremos inconciliáveis no atinente à aquisição do conhecimento científico. De que cuidavam essas duas posições?
3. Fala-se hoje muito em conhecimento científico ou ciência moderna, mas poucos sabem dizer o que isso significa. Qual o conceito dado para ciência moderna por Adwalter Carnielli?
4. Regra geral, diz diz Adwalter Carnielli, chamamos ciência àqueles conhecimentos que recebem comprovação através da experiência e dos experimentos. Mas, para separar proposições científicas das demais proposições, Carnielli refere o pensamento do epistemólogo Karl Raimund Popper. Em síntese, qual é esse pensamento de Popper?
5. Que noção de epistemologia nos dá Adwalter Carnielli?
6. No texto Epistemologia: noções introdutórias, Silvio Chibeni diz que dois dos grandes problemas da epistemologia são o das origens e fundamentação do conhecimento, havendo sobre isso, como sabemos, duas posições antagônicas: empirismo e racionalismo.
Mas, acrescenta ele, mesmo dentro de uma mesma área, é cabível sustentar-se posições diferentes quanto à origem do conhecimento, dependendo do tipo de proposição envolvida. E menciona, como exemplo, a teoria epistemológica de Kant. Que diz, em síntese, essa teoria kantiana?
7. No livro Fundamentação da Ciência Espírita, Carlos F. Loeffler menciona as áreas de atuação da Filosofia. Quais são as chamadas áreas clássicas e quais as outras áreas menos importante de atuação da Filosofia?
8. Falando sobre a Filosofia Espírita, na obra supramencionada, Carlos Loeffler diz o Espiritismo possui um corpo filosófico bem constituído. Que corpo filosófico é esse?
9. Ao encerrar o Cap. VIII - Filosofia e ciência (págs. 189/90) do livro que vimos estudando, Carlos Loeffler fala sobre o papel da ciência no Espiritismo, indagando se ele já é — ou será — maior do que o da filosofia. E o autor menciona alguns novos fatos estudados pela ciência que tocam importantes aspectos do Espiritismo, como os relativos à pesquisa sobre a reencarnação: memória extracerebral, experiência de regressão de meória, experiências de quase-morte.
Ele acrescenta, ainda, que boa parte do que se classifica e apregoa como sendo estudo ou disciplina científica dentro da doutrina espírita trata-se de matéria metafísica, obtida pela mediunidade, portanto, de cunho filosófico. Que questões são essas?
10. Em A excelência metodológica do Espiritismo, Silvio Chibeni fala que o método de Kardec, décadas e décadas depois, ainda se sustenta em face da crítica, em razão da solidez de seus fundamentos, de sua superioridade relativamente aos demais sistemas, doutrinas, teorias que com ele têm em comum o mesmo objeto de estudo, ou seja, a existência e a natureza do elemento espiritual.
Prosseguindo em seu artigo, Chibeni critica parte do movimento espírita que pensa em "atualizar" a Doutrina, dar-lhe "fundamentação científica", "harmonizá-las às conquistas da Ciência", desprezando a metodologia de Kardec e abraçando teorias modernas que de fato nem científicas são.
Pois bem, ele menciona autores de Filosofia da Ciência que a partir da década de 1960 começaram a criticar a antiga visão de ciência e propor novas formulações para se caracterizar o que realmente é conhecimento científico.
Que autores são esses citados por Silvio Chibeni?
Respostas
1. A Filosofia das Ciências (também chamada Epistemologia) é a parte da Filosofia que se ocupa com a forma da ciência.
2. O Racionalismo julgava que a ciência era um trabalho exclusivo da razão, e o Empirismo, da experiência. Os racionalistas diziam que as teorias e as leis científicias, por serem enunciados universais, somente poderiam ser adquiridas e enunciadas pela razão. Os empiristas, contrariamente, afirmavam que os enunciados científicos, por estarem apoiados nos fatos, eram deduções lógicas destes. E, desse modo, não chegavam a um acordo.
3. Qualquer ramo da ciência moderna se constitui num conjunto de proposições comprovadas e relacionadas entre si, formando um todo. Tanto a razão, como a experiência, colaboram na obtenção destes conhecimentos. Pela razão (mente, inteligência) o cientista imagina, inventa ou descobre as teorias e leis, pela experiência tenta confirmá-las ou rejeitá-las; pela razão procura explicar, compreender e unificar os fatos observados, pela experiência e experimentos tenta nos mostrar que as explicações são, de fato, verdadeiras. Pode acontecer que a experiência revele que são faltas. Terá, então, que produzir outras teorias. Por aqui se vê que o conhecimento científico ou a ciência moderna é obtido com o concurso da razão e da experiência, mediante a observância das regras do método científico ou experimental. Para que uma lei ou teoria possa ter valor científico tem que satisfazer determinadas exigências, estabelecidas nas regras do método científico.
4. Para Karl Popper só devem ser chamados de científicos aqueles enunciados, ainda que falsos, mas que podem ser relacionados, confrontados e julgados pelos fatos; em outros termos, somente aquelas frases ou proposições que possuem um conteúdo experimental ou experimentável. Em síntese: o que faz uma proposição ser científica é seu conteúdo experimental e não sua veracidade ou falsidade. Tudo aquilo que, de um modo ou de outro, pode ser colocado diante de fatos para ser julgado é científico, ainda que falso. Científico é sinônimo de testável, de comprovável, experimentável, falsificável.
5. Epistemologia é aquela parte da Filosofia que se ocupa com a forma da ciência. Ela faz uma indagação crítica sobre a ciência, para ver e saber se aquilo que esta faz, o faz com consciência, critérios e cientificidade. Ela indaga sobre as afirmações científicas; por isso mesmo ela é uma reflexão crítica, de estilo filosófico, sobre tudo o que a ciência diz e aplica. Ela é uma Filosofia da ciência.
6. Em síntese, a teoria epistemológica de Kant diz que nosso conhecimento da física é parcialmente a priori (como no caso das leis de Newton) e parcialmente empírico, ou a posteriori (a lei de Boyle, por exemplo).
7. Há consenso entre os estudiosos que as áreas de atuação, ditas clássicas, da Filosofia são: Ética, metafísica, Epistemologia e Lógica. As demais são: Estética, Fenomenologia e Política. (Fundamentação da Ciência Espírita, Carlos F. Loeffler, p. 172)
8. Estudos preliminares da doutrina espírita mostram claramente a existência de um conjunto de ideias que explicam todos os interrogativos causais da existência: razão ontológica para a vida e para a morte; a questão dos sofrimentos e das provas da existência; a origem e destino das individualidades pensantes e das própria natureza.
9. São questões discutidas e organizadas sobre bases lógicas e coerentes, mas colhidas a partir de fontes sem a sustentação do método científico. Muitas, com o passar do tempo, adquirirão esse aval com a realização de pesquisas que confirmem sua realidade. Até lá, diante da sua compatibilidade com outras ideias, comporão a doutrina espírita pelo seu valor filosófico.
Logo, também por esse aspecto, a filosofia possui, no presente e num longo futuro, uma importância capital no contexto doutrinário, que não deve se alterar significativamente enquanto outros recursos tecnológicos não forem devidamente aplicados à pesquisa do extrafísico.
10. Karl Popper, Willard Quine, Thomas Kuhn, Paul Feyrabend e Imre Lakatos. CAIXA DE FERRAMENTAS
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