Ilustração: Montagem. Capas de livros de Ciência Espírita, Metodologia Científica e outras Ciências
- Apresentação
- O Espiritismo em face de outras Ciências
- RLE - Módulo 10 - ESPIRITISMO E OUTRAS CIÊNCIAS
- Textos-base
- Textos complementares
- Sugestões bibliográficas
- Exercícios de verificação
- Perguntas
- Respostas
- Caixa de ferramentas
- Citações e transcrições
- Índice - Módulo 10 - ESPIRITISMO E OUTRAS CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO
Instrutor Guima
Prosseguindo no RLE - ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS, temos a seguir o Módulo 10 - Espiritismo e outras Ciências, no qual se comenta relações e ligações do Espiritismo com outras Ciências: Físicas, Biológicas, Sociais, Morais.
Leia com atenção e esquematize os textos que vêm a seguir, pois são matéria introdutória aos pontos discriminados no Roteiro de Estudos deste Módulo 10.
Vamos em frente!
ROTEIRO DE LEITURA E ESTUDO (RLE)
ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS
Módulo 10 - Espiritismo e outras Ciências
ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS
Módulo 10 - Espiritismo e outras Ciências
- Apresentação
- O Espiritismo em face de outras Ciências
- RLE - Módulo 10 - ESPIRITISMO E OUTRAS CIÊNCIAS
- Textos-base
- Textos complementares
- Sugestões bibliográficas
- Exercícios de verificação
- Perguntas
- Respostas
- Caixa de ferramentas
- Citações e transcrições
- Índice - Módulo 10 - ESPIRITISMO E OUTRAS CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO
O Espiritismo prende-se a todos os ramos da Filosofia, da Metafísica, da Psicologia e da Moral; é um campo imenso que não pode ser percorrido em poucas horas.
ALLAN KARDEC. O que é o Espiritismo
[O Espiritismo permite]... resolver os milhares de problemas históricos, arqueológicos, antropológicos, teológicos, psicológicos, morais, sociais, etc.
ALLAN KARDEC. Revista Espírita/1862.
ALLAN KARDEC. O que é o Espiritismo
[O Espiritismo permite]... resolver os milhares de problemas históricos, arqueológicos, antropológicos, teológicos, psicológicos, morais, sociais, etc.
ALLAN KARDEC. Revista Espírita/1862.
Instrutor Guima
Prosseguindo no RLE - ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS, temos a seguir o Módulo 10 - Espiritismo e outras Ciências, no qual se comenta relações e ligações do Espiritismo com outras Ciências: Físicas, Biológicas, Sociais, Morais.
Leia com atenção e esquematize os textos que vêm a seguir, pois são matéria introdutória aos pontos discriminados no Roteiro de Estudos deste Módulo 10.
Vamos em frente!
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O ESPIRITISMO EM FACE DE OUTRAS CIÊNCIAS
Para abertura deste Módulo 10 - Espiritismo e outras Ciências, vamos examinar a parte final (FUNDAMENTOS III) do extenso artigo de Ademir L. Xavier Jr. [*], que reputamos bastante adequado aos propósitos des RLE - ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS.
Eis o artigo:
Recordamos que as duas primeiras partes desse artigo (FUNDAMENTOS I e FUNDAMENTOS II) são objeto de estudo do Módulo 8 - Noções de Ciência Espirita. (aqui)
Vamos lá.
O ESPIRITISMO EM FACE DE OUTRAS CIÊNCIAS
Para abertura deste Módulo 10 - Espiritismo e outras Ciências, vamos examinar a parte final (FUNDAMENTOS III) do extenso artigo de Ademir L. Xavier Jr. [*], que reputamos bastante adequado aos propósitos des RLE - ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS.
Eis o artigo:
♦ Como se deve entender a relação entre o Espiritismo e a Ciência, publicado no Boletim GEAE, número 472/2004
Recordamos que as duas primeiras partes desse artigo (FUNDAMENTOS I e FUNDAMENTOS II) são objeto de estudo do Módulo 8 - Noções de Ciência Espirita. (aqui)
Vamos lá.
[*] Físico, PhD em Física/Universidade de Campinas (1997). Após um curto estágio na Universidade de Freiburg in Breisgau, Alemanha, publicou vários trabalhos em física de aceleradores com especial atenção à otimização de anéis aceleradores de elétrons de altas energias. Autor do site: eradoespirito.blogspot.com
Como se deve entender a relação entre o Espiritismo e a Ciência
FUNDAMENTOS III
A tarefa agora é começar a entender como se estabelece a relação entre o Espiritismo e as ciências. Certamente não será objetivo do Espiritismo competir com esses ramos de atividade humana. Por isso, não é tarefa do Espiritismo fornecer explicações alternativas ou desenvolver o núcleo principal das ciências com as quais o Espiritismo faz fronteira. Não se deve esquecer que o Espiritismo como movimento é uma realização humana. O cientista que é espírita – se trabalha profissionalmente com alguma dessas áreas correlatas – tem seus próprios meios e procedimentos, advindos do estudo adquirido de sua atividade. Como faz parte do processo de desenvolvimento da ciência normal, ele pode (e deve) utilizar-se dos meios a sua volta (inclusive sua própria cultura) para fazer desenvolver sua ciência que tem suas regras próprias. Como dissemos, a ciência não faz caso da origem do conhecimento, o importante é que esse se organize como um paradigma bem estruturado, coerente e naturalmente integrado aos fenômenos. Fazemos abaixo alguns breves comentários das regiões de fronteira entre a Doutrina Espíritia e as ciências enfatizando alguns pontos que nos parecem interessantes:
Espiritismo X Astronomia: é bem conhecida as descrições da origem do sistema solar (nebulosa primordial) existente no livro “Gênese” [2] de Allan Kardec. O capítulo VI de “Gênese” também fala de inúmeras galáxias (denominadas “nebulosas” – entendidas como agrupamentos de bilhões de estrelas como a “Via-Láctea”) numa época em que não se havia certeza desse fato. Há relatos de comunicações de Espíritos anunciando a existência de satélites desconhecidos em outros planetas. Além disso, o Espiritismo parece ter se antecipado às discussões que deram origem à exobiologia, proposta para estudar as formas de vida extraterrestres. É interessante observar que, uma vez classificada como um planeta qualquer, a Terra passou a ser vista como um dos muitos planetas a ter vida inteligente no Universo (algo muito difícil de se acreditar no século 19). O Espiritismo prevê abertamente, pelo princípio da “pluralidade dos mundos habitados”, a existência de vida inteligente fora da Terra (ainda a ser verificada pelos métodos normais – contato físico). Antes disso, porém, previu a existência de inúmeros planetas orbitando as estrelas, um fato que se tornou tema de pesquisa contemporâneo, graças ao desenvolvimento de novos métodos de observação muito mais precisos. Muitos planetas foram encontrados a partir de 1990 em torno de estrelas próximas.
Espiritismo X Física: aqui deparamo-nos com algumas afirmações feitas em “O Livro dos Espíritos” que parecem ter antevisto a modificação radical por que passaria a física a partir do século 20. Os Espíritos falaram em uma forma que “que não sois capaz de apreciar” [4] a respeito da estrutura dos átomos (uma alusão às “nuvens de probabilidade” dos elétrons?) num contexto bastante diferente para a física da época. Considerações sobre a origem do Universo são feitas no começo de “O Livro dos Espíritos”, levando o Espiritismo para a fronteira com a cosmologia. É preciso, porém, ter cautela em se tratar a questão inversa: a da influência da física no Espiritismo. Muitos falam abertamente nas diversas “energias” que constituem o mundo espiritual, esquecendo-se que “energia” é um conceito muito bem definido em física e que não admite reinterpretações dessa forma [5]. Outros levantam a possibilidade de entender o próprio mundo espiritual como um “contínuo quadridimensional” do mundo físico. Para se utilizar conceitos e sugestões advindos do Espiritismo na física, faz-se necessário grande competência em física uma vez que os núcleos das teorias (tanto do lado espírita como material) possui certa resistência a mudanças, além de estar fundamentado em teorias profundamente matemáticas. Por isso mesmo, tentativas de modificação de conceitos por sugestão de ambos os lados (de um lado para outro) são muito duvidosas no que diz respeito a qualquer avanço significativo no conhecimento. É importante também considerar as questões de diferença de linguagem (significado de termos e conceitos dentro de cada teoria particular) quando essa linguagem tenta conectar um fenômeno supostamente descritível tanto pela física como pelo Espiritismo. Minha impressão particular é de que o grau de especificidade atingido pela física (especialização na forma de pulverização de campos de compentência) torna pouco viável qualquer tentativa “fácil” de interação.
Espiritismo X Biologia (medicina): aqui a fronteira torna-se um pouco mais nítida. Em “O Livro dos Espíritos”[6], existem muitas questões a respeito da origem dos seres vivos. É também na “Gênese” que existe um famoso capítulo sobre a gênese orgânica. Naturalmente, esse capítulo faz eco às concepções da época, ainda às voltas com a “teoria da geração espontânea”, então a teoria mais aceita. É no Capítulo XI da II Parte de “O livro dos Espíritos” [3] que vamos encontrar questões cujas perguntas reafirmam a natureza espiritual de todos os seres vivos e sua submissão à lei de progresso. Naturalmente, os mecanismos da evolução das espécies não estão afirmados nesses livros, mas o princípio de evolução espiritual ajusta-se perfeitamente bem aos princípios da seleção natural, representando um mecanismo de modificação que atua na parte material levando o Espírito a se desenvolver. É importante considerar que as discussões sobre a gênese orgânica são complementares para a compreensão da Doutrina e seu desenvolvimento. Por isso esses pontos, assim como muitos outros, sofrem e sofrerão modificação, sem que haja impacto ao corpo principal de doutrina.
Tal não é o caso, porém, com as inúmeras patologias da alma [7] que citamos acima. Nos quadros obsessivos, a ação do Espírito obsessor pode levar ao colapso orgânico do obsidiado. A origem da doença, em sua íntima essência, encontra-se assim descrita através desse quadro de “simbiose espiritual”. É difícil entender como outra teoria – que desconheça a ação dos Espíritos – possa ter um sucesso maior no desenvolvimento de uma terapia apropriada. Aqui vê-se claramente a enorme importância dos princípios espíritas no desenvolvimento de certos ramos da medicina pois não se trata apenas de construção ou progressão da ciênica mas do desenvolviemento de terapias apropriadas a inúmeros transtornos mentais.
Espiritismo X História: as contribuições que o Espiritismo pode dar à História são bastante evidentes. Um aspecto bastante inovador surge aqui, que é o de considerar os relatos históricos fornecidos pelos Espíritos, quando por meio de médiuns conhecidos. São notórios os casos de médiuns que colaboram com investigações policiais na elucidação de crimes. No Brasil a psicografia já ajudou a elucidar vários assassinatos. Com médiuns equilibrados, os Espíritos podem fazer revelações úteis ao progresso moral da sociedade e, muitas vezes, essas revelações trazem noticias de relevante valor histórioco (como no caso dos inúmeros romances históricos de Emmanuel por meio de Francisco C. Xavier).
Espiritismo X Psicologia: o Espiritismo tem muito a contribuir com as disciplinas que tem como objetivo de estudo o homem em sua essência. Esse é o caso da Psicologia. Podemos falar em uma psicologia espírita que nasce por “inspiração” dos postulados da doutrina (principalmente de suas conseqüências morais) na maneira de viver, de se comportar e de interagir dos seres humanos. O conhecimento da lei de evolução e reencarnação é crucial para se entender as tendências inatas dos seres humanos que determinam o comportamento para além das limitadas considerações genéticas. Esse certamente é um campo com grande futuro, onde apenas vislumbramos um começo.
Espiritismo X Sociologia: o comportamento social e evolução das sociedades é função de seu desenvolvimento cultural, de seu passado e da maneira de ser de seus indivíduos. Como no caso da História e da Psicologia, o Espiritismo tem muito a contribuir para o estudo e desenvolvimento da história social do homem uma vez que o compreende como Espírito em perene evolução. Há uma interação natural, desde a mais remota antigüidade entre o mundo material e o plano espiritual. Esse fluxo é responsável pelo aparecimento e desenvolvimento de muitas religiões e culturas consideradas “inspiradas”. Dos princípios e informações fornecidos pelos Espíritos é possível complementar a história sociológica de várias sociedades.
Todos esses campos (assim como outros não listados acima tais como as artes) aguardam um futuro quando o espírita cientista seja capaz de utilizar judiciosamente o conhecimento espírita, de acordo com as regras estabelecidas por sua ciência particular. O objetivo não é fazer o Espiritismo brilhar para a sociedade como um concorrente das ciências, mas como fonte de inspiração e origem para proposição de novos mecanismos de explicação dos fenômenos e ocorrências característicos de cada uma delas.
Considerações diferentes dizem respeito à atuação do cientista espírita. Por esse termo referimo-nos àqueles que pretendem desenvolver a ciência espírita a partir de seus princípios ou com a modificação desses, utilizando idéias advindas de outras ciências. É uma conseqüência natural que se pretenda estabelecer um ambiente acadêmico espírita – uma vez verificado o caráter científico do Espiritismo. Mas cautela é necessária para não exagerar demais nas comparações. Se o Espiritismo é de fato uma ciência não segue daí que no nosso momento histórico ele deva se preocupar com o estabelecimento de um ambiente acadêmico como uma cópia dos ambientes acadêmicos de outras ciências. Todos sabemos dos efeitos que a excessiva profissionalização pode trazer em detrimento do fluxo de idéias, gerando estagnação. Imaginamos que no presente momento de desenvolvimento e expansão da Doutrina Espírita não temos um ambiente completamente apropriado a efetiva realização dos objetivos de um ambiente puramente acadêmico. Outras considerações sobre essa questão serão feitas em texto futuro.
4. Alguns comentários finais
Tentamos limitadamente neste texto discutir algumas idéias sobre o conceito moderno (paradigma) de ciência “normal” – bem amadurecida – e o que seria compreensível como uma salutar relação dessa ciência com o Espiritismo. A aplicação padrão dos procedimentos de construção da ciência leva a plena formação e progresso do conhecimento científico. A tentativa forçada de se estabelecer relações – não sugeridas pelo desenvolvimento científico mas imaginadas como situações idealizadas – não só conduz a perda de tempo como ao descrédito. Da parte do Espiritismo, tentativas forçadas de querer transcrevê-lo ou moldá-lo segundo normas ou procedimentos de outras ciências pode conduzir a ilusão de falsificação da doutrina uma vez que o conhecimento científico e sua interpretação é função de um contexto altamente específico e mutante mas desconexo em relação a ela. Por outro lado, querer misturar conceitos de outras ciências com princípios espíritas não é científico pois dentro da noção de paradigma cada um deles deve ser entendido dentro de seu contexto de pesquisa (ambientação acadêmica) não se permitindo enxertias ou fusões ainda que muito bem intencionadas.
Aprendamos a ver cada ciência – o Espiritismo entre elas – como linguagens a respeito do mundo. No procedimento de comunicação normal, plena compreensão só é conseguida quando o emissor e o receptor dispõem de bagagem linguística comum. Todo e qualquer procedimento de tradução leva necessariamente a perda de significado pela impossibilidade de se transcrever plenamente determinados conceitos e idéias típicos de um determinado referencial linguístico. O Espiritismo é uma linguagem a respeito do mundo espiritual, criada e desenvolvida para transmitir conceitos sobre esse mundo. As ciências materiais são linguagens distintas que tratam de outro cenário, embora o “palco” apresente áreas comuns ou adjacentes que no momento não dispomos de linguagem apropriada para descrever.
Entretanto, a própria evolução das ciências levará a criação de uma linguagem comum em futuro incerto (talvez distante para o nosso calendário). Esperamos que quando esse futuro acontecer, o Espiritismo tenha cumprido em sua totalidade seu papel fundamental que é o de promover a efetiva reforma moral em todos os Espíritos que dele tiverem se aproximado buscando consolo e refazimento moral.
A tarefa agora é começar a entender como se estabelece a relação entre o Espiritismo e as ciências. Certamente não será objetivo do Espiritismo competir com esses ramos de atividade humana. Por isso, não é tarefa do Espiritismo fornecer explicações alternativas ou desenvolver o núcleo principal das ciências com as quais o Espiritismo faz fronteira. Não se deve esquecer que o Espiritismo como movimento é uma realização humana. O cientista que é espírita – se trabalha profissionalmente com alguma dessas áreas correlatas – tem seus próprios meios e procedimentos, advindos do estudo adquirido de sua atividade. Como faz parte do processo de desenvolvimento da ciência normal, ele pode (e deve) utilizar-se dos meios a sua volta (inclusive sua própria cultura) para fazer desenvolver sua ciência que tem suas regras próprias. Como dissemos, a ciência não faz caso da origem do conhecimento, o importante é que esse se organize como um paradigma bem estruturado, coerente e naturalmente integrado aos fenômenos. Fazemos abaixo alguns breves comentários das regiões de fronteira entre a Doutrina Espíritia e as ciências enfatizando alguns pontos que nos parecem interessantes:
Espiritismo X Astronomia: é bem conhecida as descrições da origem do sistema solar (nebulosa primordial) existente no livro “Gênese” [2] de Allan Kardec. O capítulo VI de “Gênese” também fala de inúmeras galáxias (denominadas “nebulosas” – entendidas como agrupamentos de bilhões de estrelas como a “Via-Láctea”) numa época em que não se havia certeza desse fato. Há relatos de comunicações de Espíritos anunciando a existência de satélites desconhecidos em outros planetas. Além disso, o Espiritismo parece ter se antecipado às discussões que deram origem à exobiologia, proposta para estudar as formas de vida extraterrestres. É interessante observar que, uma vez classificada como um planeta qualquer, a Terra passou a ser vista como um dos muitos planetas a ter vida inteligente no Universo (algo muito difícil de se acreditar no século 19). O Espiritismo prevê abertamente, pelo princípio da “pluralidade dos mundos habitados”, a existência de vida inteligente fora da Terra (ainda a ser verificada pelos métodos normais – contato físico). Antes disso, porém, previu a existência de inúmeros planetas orbitando as estrelas, um fato que se tornou tema de pesquisa contemporâneo, graças ao desenvolvimento de novos métodos de observação muito mais precisos. Muitos planetas foram encontrados a partir de 1990 em torno de estrelas próximas.
Espiritismo X Física: aqui deparamo-nos com algumas afirmações feitas em “O Livro dos Espíritos” que parecem ter antevisto a modificação radical por que passaria a física a partir do século 20. Os Espíritos falaram em uma forma que “que não sois capaz de apreciar” [4] a respeito da estrutura dos átomos (uma alusão às “nuvens de probabilidade” dos elétrons?) num contexto bastante diferente para a física da época. Considerações sobre a origem do Universo são feitas no começo de “O Livro dos Espíritos”, levando o Espiritismo para a fronteira com a cosmologia. É preciso, porém, ter cautela em se tratar a questão inversa: a da influência da física no Espiritismo. Muitos falam abertamente nas diversas “energias” que constituem o mundo espiritual, esquecendo-se que “energia” é um conceito muito bem definido em física e que não admite reinterpretações dessa forma [5]. Outros levantam a possibilidade de entender o próprio mundo espiritual como um “contínuo quadridimensional” do mundo físico. Para se utilizar conceitos e sugestões advindos do Espiritismo na física, faz-se necessário grande competência em física uma vez que os núcleos das teorias (tanto do lado espírita como material) possui certa resistência a mudanças, além de estar fundamentado em teorias profundamente matemáticas. Por isso mesmo, tentativas de modificação de conceitos por sugestão de ambos os lados (de um lado para outro) são muito duvidosas no que diz respeito a qualquer avanço significativo no conhecimento. É importante também considerar as questões de diferença de linguagem (significado de termos e conceitos dentro de cada teoria particular) quando essa linguagem tenta conectar um fenômeno supostamente descritível tanto pela física como pelo Espiritismo. Minha impressão particular é de que o grau de especificidade atingido pela física (especialização na forma de pulverização de campos de compentência) torna pouco viável qualquer tentativa “fácil” de interação.
Espiritismo X Biologia (medicina): aqui a fronteira torna-se um pouco mais nítida. Em “O Livro dos Espíritos”[6], existem muitas questões a respeito da origem dos seres vivos. É também na “Gênese” que existe um famoso capítulo sobre a gênese orgânica. Naturalmente, esse capítulo faz eco às concepções da época, ainda às voltas com a “teoria da geração espontânea”, então a teoria mais aceita. É no Capítulo XI da II Parte de “O livro dos Espíritos” [3] que vamos encontrar questões cujas perguntas reafirmam a natureza espiritual de todos os seres vivos e sua submissão à lei de progresso. Naturalmente, os mecanismos da evolução das espécies não estão afirmados nesses livros, mas o princípio de evolução espiritual ajusta-se perfeitamente bem aos princípios da seleção natural, representando um mecanismo de modificação que atua na parte material levando o Espírito a se desenvolver. É importante considerar que as discussões sobre a gênese orgânica são complementares para a compreensão da Doutrina e seu desenvolvimento. Por isso esses pontos, assim como muitos outros, sofrem e sofrerão modificação, sem que haja impacto ao corpo principal de doutrina.
Tal não é o caso, porém, com as inúmeras patologias da alma [7] que citamos acima. Nos quadros obsessivos, a ação do Espírito obsessor pode levar ao colapso orgânico do obsidiado. A origem da doença, em sua íntima essência, encontra-se assim descrita através desse quadro de “simbiose espiritual”. É difícil entender como outra teoria – que desconheça a ação dos Espíritos – possa ter um sucesso maior no desenvolvimento de uma terapia apropriada. Aqui vê-se claramente a enorme importância dos princípios espíritas no desenvolvimento de certos ramos da medicina pois não se trata apenas de construção ou progressão da ciênica mas do desenvolviemento de terapias apropriadas a inúmeros transtornos mentais.
Espiritismo X História: as contribuições que o Espiritismo pode dar à História são bastante evidentes. Um aspecto bastante inovador surge aqui, que é o de considerar os relatos históricos fornecidos pelos Espíritos, quando por meio de médiuns conhecidos. São notórios os casos de médiuns que colaboram com investigações policiais na elucidação de crimes. No Brasil a psicografia já ajudou a elucidar vários assassinatos. Com médiuns equilibrados, os Espíritos podem fazer revelações úteis ao progresso moral da sociedade e, muitas vezes, essas revelações trazem noticias de relevante valor histórioco (como no caso dos inúmeros romances históricos de Emmanuel por meio de Francisco C. Xavier).
Espiritismo X Psicologia: o Espiritismo tem muito a contribuir com as disciplinas que tem como objetivo de estudo o homem em sua essência. Esse é o caso da Psicologia. Podemos falar em uma psicologia espírita que nasce por “inspiração” dos postulados da doutrina (principalmente de suas conseqüências morais) na maneira de viver, de se comportar e de interagir dos seres humanos. O conhecimento da lei de evolução e reencarnação é crucial para se entender as tendências inatas dos seres humanos que determinam o comportamento para além das limitadas considerações genéticas. Esse certamente é um campo com grande futuro, onde apenas vislumbramos um começo.
Espiritismo X Sociologia: o comportamento social e evolução das sociedades é função de seu desenvolvimento cultural, de seu passado e da maneira de ser de seus indivíduos. Como no caso da História e da Psicologia, o Espiritismo tem muito a contribuir para o estudo e desenvolvimento da história social do homem uma vez que o compreende como Espírito em perene evolução. Há uma interação natural, desde a mais remota antigüidade entre o mundo material e o plano espiritual. Esse fluxo é responsável pelo aparecimento e desenvolvimento de muitas religiões e culturas consideradas “inspiradas”. Dos princípios e informações fornecidos pelos Espíritos é possível complementar a história sociológica de várias sociedades.
Todos esses campos (assim como outros não listados acima tais como as artes) aguardam um futuro quando o espírita cientista seja capaz de utilizar judiciosamente o conhecimento espírita, de acordo com as regras estabelecidas por sua ciência particular. O objetivo não é fazer o Espiritismo brilhar para a sociedade como um concorrente das ciências, mas como fonte de inspiração e origem para proposição de novos mecanismos de explicação dos fenômenos e ocorrências característicos de cada uma delas.
Considerações diferentes dizem respeito à atuação do cientista espírita. Por esse termo referimo-nos àqueles que pretendem desenvolver a ciência espírita a partir de seus princípios ou com a modificação desses, utilizando idéias advindas de outras ciências. É uma conseqüência natural que se pretenda estabelecer um ambiente acadêmico espírita – uma vez verificado o caráter científico do Espiritismo. Mas cautela é necessária para não exagerar demais nas comparações. Se o Espiritismo é de fato uma ciência não segue daí que no nosso momento histórico ele deva se preocupar com o estabelecimento de um ambiente acadêmico como uma cópia dos ambientes acadêmicos de outras ciências. Todos sabemos dos efeitos que a excessiva profissionalização pode trazer em detrimento do fluxo de idéias, gerando estagnação. Imaginamos que no presente momento de desenvolvimento e expansão da Doutrina Espírita não temos um ambiente completamente apropriado a efetiva realização dos objetivos de um ambiente puramente acadêmico. Outras considerações sobre essa questão serão feitas em texto futuro.
4. Alguns comentários finais
Tentamos limitadamente neste texto discutir algumas idéias sobre o conceito moderno (paradigma) de ciência “normal” – bem amadurecida – e o que seria compreensível como uma salutar relação dessa ciência com o Espiritismo. A aplicação padrão dos procedimentos de construção da ciência leva a plena formação e progresso do conhecimento científico. A tentativa forçada de se estabelecer relações – não sugeridas pelo desenvolvimento científico mas imaginadas como situações idealizadas – não só conduz a perda de tempo como ao descrédito. Da parte do Espiritismo, tentativas forçadas de querer transcrevê-lo ou moldá-lo segundo normas ou procedimentos de outras ciências pode conduzir a ilusão de falsificação da doutrina uma vez que o conhecimento científico e sua interpretação é função de um contexto altamente específico e mutante mas desconexo em relação a ela. Por outro lado, querer misturar conceitos de outras ciências com princípios espíritas não é científico pois dentro da noção de paradigma cada um deles deve ser entendido dentro de seu contexto de pesquisa (ambientação acadêmica) não se permitindo enxertias ou fusões ainda que muito bem intencionadas.
Aprendamos a ver cada ciência – o Espiritismo entre elas – como linguagens a respeito do mundo. No procedimento de comunicação normal, plena compreensão só é conseguida quando o emissor e o receptor dispõem de bagagem linguística comum. Todo e qualquer procedimento de tradução leva necessariamente a perda de significado pela impossibilidade de se transcrever plenamente determinados conceitos e idéias típicos de um determinado referencial linguístico. O Espiritismo é uma linguagem a respeito do mundo espiritual, criada e desenvolvida para transmitir conceitos sobre esse mundo. As ciências materiais são linguagens distintas que tratam de outro cenário, embora o “palco” apresente áreas comuns ou adjacentes que no momento não dispomos de linguagem apropriada para descrever.
Entretanto, a própria evolução das ciências levará a criação de uma linguagem comum em futuro incerto (talvez distante para o nosso calendário). Esperamos que quando esse futuro acontecer, o Espiritismo tenha cumprido em sua totalidade seu papel fundamental que é o de promover a efetiva reforma moral em todos os Espíritos que dele tiverem se aproximado buscando consolo e refazimento moral.
[4] Referência [3] , questão 34.
[5] A. P. Chagas, Polissemias no Espiritismo, Revista Internacional de Espiritismo, pp. 247-49, Setembro de 1996.
[6] Referência [3], Cap. III.
[7] I. Ferreira, “Novos rumos à medicina”, Vol. I, Tratamento dos processos obsessivos no Sanatório Espírita de Uberaba, Edições Federação Espírita do Estado de São Paulo (1990).
[5] A. P. Chagas, Polissemias no Espiritismo, Revista Internacional de Espiritismo, pp. 247-49, Setembro de 1996.
[6] Referência [3], Cap. III.
[7] I. Ferreira, “Novos rumos à medicina”, Vol. I, Tratamento dos processos obsessivos no Sanatório Espírita de Uberaba, Edições Federação Espírita do Estado de São Paulo (1990).
Artigo originalmente publicado no boletim do GEAE, n. 472/2004 - Disponível em www.espiritualidades.com.br
ROTEIRO DE LEITURA E ESTUDO (RLE)
Módulo 10 - ESPIRITISMO E OUTRAS CIÊNCIAS
Finalidades deste Módulo 10
♦ Efetuar a leitura/estudo de textos sobre Espiritismo e outras ciências, objetivando conhecer noções introdutórias dessa disciplina.
Pré-requisito
♦ Ter realizado os módulos anteriores deste RLE - ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS
♦ Ter lido com atenção e esquematizado as noções dadas acima no tópico:
O Espiritismo em face de outras Ciências
Objetivos de ensino
♦ Ao concluir todas as atividades deste Módulo 10, você será capaz de:
• conhecer noções de ontologia espírita; visão filosófico-espírita do Ser - existência, forma e evolução
• conhecer noções de existencialismo espírita: visão filosófico-espírito do Ser no mundo: ser espiritual preexistente, interexistente, perfectível e imortal
• conhecer noções de cosmossociologia espírita: visão do fato social desde o plano espiritual, passando pelo plano material e projetando-se em outros mundos mais evoluídos
• conhecer noções sobre o fenômeno psíquico e suas classificações: paranormal, mediúnico, físicos, inteligentes, anímicos, magnéticos.
• conhecer noções sobre a metapsíquica: história, pesquisas e relações com o Espiritismo
• conhecer noções sobre a parapsicologia: origem, classificação dos fenômenos, hipnoterapia, as obras de J. B. Rhine e Louise Rhine e pesquisadores no Brasil
• conhecer noções sobre a psicobiofísica: evolução das pesquisas psíquicas, utilização de tecnologia, cirurgias paranormais, psicopictografia, experiências de quase-morte (EQM), projeções psíquicas, transcomunicação instrumental (TCI), pesquisa científica da reencarnação, regressão de memória, terapia de vidas passadas (TVP), ufologia
• conhecer noções da relação entre o Espiritismo e a Filosofia Alemã
• conhecer noções da relação entre Filosofia Espírita e Filosofia Indiana
• conhecer relações entre o Espiritismo e a Filosofia (ao tempo de Léon Denis)
• conhecer o pensamento de diversos articulistas espíritas sobre as relações do Espiritismo com: outras ciências, ciência oficial e ciências adadêmicas
• conhecer noções sobre as transformações científicas e novas abordagens no campo dos fenômenos espíritas
Atividades
♦ Proceda à leitura/estudo dos textos abaixo indicados (itens Textos-base e Textos complementares), observando as instruções do tópico Leitura e Filosofia do Módulo Apresentação deste RLE.
♦ Faça um resumo da matéria, mediante notas, esquemas, mapas mentais, como preferir, para cada tópico especificado nos Objetivos de ensino (v. acima)
♦ Faça resumos próprios de pontos relevantes do material lido/estudado: pense filosoficamente, destaque os pontos altos e baixos dos textos, liste perguntas a que o texto responde, critique as ideias, exponha seu modo de ver as coisas, levante questões para futuros estudos/discussões, anote pontos para pesquisar posteriormente
♦ Consulte glossários/dicionários para verificar conceitos ou palavras desconhecidas, e as adicione ao seu glossário pessoal de filosofia
Material de estudo
♦ Tenha à mão: textos-base, e-books, dicionários, papel, lápis e fichas de anotações e fichamento, se for adotá-las
Textos-base
♦ Livros Introdução à Filosofia Espírita e Fundamentação da Ciência Espírita conforme capítulos indicados a seguir (aqui)
Textos complementares
♦ Os textos dos Caderno Doutrinário 3 - C. E. 18 de Abril, do EADE-V e dos Cadernos de leitura a serem trabalhados estão discriminados logo abaixo (aqui)
Exercícios
♦ Alguns Exercícios de verificação encerram o estudo deste módulo (aqui)
Impressão do material
♦ Recomenda-se a leitura on-line do roteiro e a impressão somente do material estritamente necessário
Módulo 10 - ESPIRITISMO E OUTRAS CIÊNCIAS
Finalidades deste Módulo 10
♦ Efetuar a leitura/estudo de textos sobre Espiritismo e outras ciências, objetivando conhecer noções introdutórias dessa disciplina.
Pré-requisito
♦ Ter realizado os módulos anteriores deste RLE - ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS
♦ Ter lido com atenção e esquematizado as noções dadas acima no tópico:
O Espiritismo em face de outras Ciências
Objetivos de ensino
♦ Ao concluir todas as atividades deste Módulo 10, você será capaz de:
• conhecer noções de ontologia espírita; visão filosófico-espírita do Ser - existência, forma e evolução
• conhecer noções de existencialismo espírita: visão filosófico-espírito do Ser no mundo: ser espiritual preexistente, interexistente, perfectível e imortal
• conhecer noções de cosmossociologia espírita: visão do fato social desde o plano espiritual, passando pelo plano material e projetando-se em outros mundos mais evoluídos
• conhecer noções sobre o fenômeno psíquico e suas classificações: paranormal, mediúnico, físicos, inteligentes, anímicos, magnéticos.
• conhecer noções sobre a metapsíquica: história, pesquisas e relações com o Espiritismo
• conhecer noções sobre a parapsicologia: origem, classificação dos fenômenos, hipnoterapia, as obras de J. B. Rhine e Louise Rhine e pesquisadores no Brasil
• conhecer noções sobre a psicobiofísica: evolução das pesquisas psíquicas, utilização de tecnologia, cirurgias paranormais, psicopictografia, experiências de quase-morte (EQM), projeções psíquicas, transcomunicação instrumental (TCI), pesquisa científica da reencarnação, regressão de memória, terapia de vidas passadas (TVP), ufologia
• conhecer noções da relação entre o Espiritismo e a Filosofia Alemã
• conhecer noções da relação entre Filosofia Espírita e Filosofia Indiana
• conhecer relações entre o Espiritismo e a Filosofia (ao tempo de Léon Denis)
• conhecer o pensamento de diversos articulistas espíritas sobre as relações do Espiritismo com: outras ciências, ciência oficial e ciências adadêmicas
• conhecer noções sobre as transformações científicas e novas abordagens no campo dos fenômenos espíritas
Atividades
♦ Proceda à leitura/estudo dos textos abaixo indicados (itens Textos-base e Textos complementares), observando as instruções do tópico Leitura e Filosofia do Módulo Apresentação deste RLE.
♦ Faça um resumo da matéria, mediante notas, esquemas, mapas mentais, como preferir, para cada tópico especificado nos Objetivos de ensino (v. acima)
♦ Faça resumos próprios de pontos relevantes do material lido/estudado: pense filosoficamente, destaque os pontos altos e baixos dos textos, liste perguntas a que o texto responde, critique as ideias, exponha seu modo de ver as coisas, levante questões para futuros estudos/discussões, anote pontos para pesquisar posteriormente
♦ Consulte glossários/dicionários para verificar conceitos ou palavras desconhecidas, e as adicione ao seu glossário pessoal de filosofia
Material de estudo
♦ Tenha à mão: textos-base, e-books, dicionários, papel, lápis e fichas de anotações e fichamento, se for adotá-las
Textos-base
♦ Livros Introdução à Filosofia Espírita e Fundamentação da Ciência Espírita conforme capítulos indicados a seguir (aqui)
Textos complementares
♦ Os textos dos Caderno Doutrinário 3 - C. E. 18 de Abril, do EADE-V e dos Cadernos de leitura a serem trabalhados estão discriminados logo abaixo (aqui)
Exercícios
♦ Alguns Exercícios de verificação encerram o estudo deste módulo (aqui)
Impressão do material
♦ Recomenda-se a leitura on-line do roteiro e a impressão somente do material estritamente necessário
TEXTOS-BASE
Instrutor Guima
Abaixo vão os Textos-base deste Módulo 10 - Espiritismo e outras Ciências.
Bom trabalho!
♦ Livro Introdução à Filosofia Espírita - Herculano Pires
- Cap. V - Ontologia Espírita - págs. 57 a 73
- Cap. VI - Existencialismo Espírita - pags. 74 a 86
- Cap. VII - Cosmossociologia Espírita - págs. 87 a 100
♦ Livro Fundamentação da Ciência Espírita - Carlos F. Loeffler
- Cap. XII - O fenômeno psíquico - págs. 253 a 274
- Cap. XIII - A metapsíquica - págs. 275 a 296
- Cap. XIV - A parapsicologia - págs. 297 a 316
- Cap. XV - A psicobiofísica - págs. 317 a 348
- Cap. XVI - Considerações finais - págs. 349 a 358 TEXTOS COMPLEMENTARES
Instrutor Guima
A seguir, os materiais a serem lidos/estudados em complemento ao Texto-base.
Vamos lá!
Caderno Doutrinário - C. E. 18 de Abril - Disponível aqui
Relações entre o Espiritismo e outros ramos do conhecimento
EADE - V - Filosofia e Ciência Espíritas
Roteiro 26 - Estudo científico dos fatos espíritas - págs. 331 a 344
Caderno de Leituras Espíritas - Filosofia Espírita
Parte 3
15 - Espiritismo e filosofia alemã – Humberto Schubert Coelho - pag. 42 - 135
16 - Filosofia Indiana e Filosofia Espírita – Ézio F. de Souza - pag. 46 - 139
17 - O Espiritismo e a Filosofia Contemporânea – Léon Denis - pag. 52 - 145
Caderno de Leituras Espíritas - Ciência Espírita
Parte 1
2 - Ciência Espírita: uma longa hibernação (O Espiritismo e as Transformações Científicas) - Gustavo Leopoldo Rodrigues Daré - pág. 23
Parte 2
10 - Algumas considerações oportunas sobre a relação Espiritismo-Ciência – Ademir L. Xavier Jr. - pág. 12
Parte 3
18 - As relações da ciência espírita com as ciências acadêmicas - Silvio Seno Chibeni - pág. 27
19 - A “ciência oficial” – Silvio Seno Chibeni - pág. 30
20 - Algumas abordagens recentes dos fenômenos espíritas - Silvio Seno Chibeni - pág. 32
Dentro da temática Ciência Espírita e relações do Espiritismo com outras Ciências, além das já clássicas obras de ERNESTO BOZZANO, GABRIEL DELLANE, GUSTAVE GELEY, FREDRICH MYERS, JORGE ANDRÉA DOS SANTOS, podem ser citados:
FUNDAMENTAÇÃO DA CIÊNCIA ESPÍRITA. Carlos Friedrich Loeffler. Niterói, RJ, Ed. Lachâtre, 2005
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ESPÍRITA. Aécio Pereira Chagas. Niterói, RJ, Ed. Lachâtre, 2004
O ASPECTO CIENTÍFICO DO SOBRENATURAL. Alfred Russel Wallace. Niterói, RJ, Ed. Lachâtre, 2003
FRONTEIRAS DO ESPIRITISMO E DA CIÊNCIA. Carlos Toledo Rizzini. São Paulo, LAKE1987
EINSTEIN & KARDEC. Nelson Moraes. São Paulo, Editora Aliança, 2011
A CIÊNCIA DA ALMA. DE MESMER A KARDEC. Nubor O. Facure. São Paulo, FE, 2000
MUITO ALÉM DOS NEURÔNIOS. Núbor O. Facure. São Paulo, AME, 1999
A REENCARNAÇÃO COMO LEI BIOLÓGICA. Décio Iandoli Jr., São Paulo, FE, 2005
FISIOLOGIA TRANSDIMENSIONAL. Décio Iandoli Jr., São Paulo, FE, 2016
CIÊNCIA ESPÍRITA E SUAS IMPLICAÇÕES TERAPÊUTICAS. J. Herculano Pires. São Paulo, Paideia, 1979
ARQUITETOS DO UNIVERSO. O OUTRO LADO DA FÍSICA À LUZ DA CIÊNCIA ESPÍRITA. Carlos de Brito Imbassahy. São Paulo, DPL, 2002
MORTE, RENASCIMENTO, EVOLUÇÃO. Hernani Guimarães Andrade. São Paulo, Pensamento, 1983
ESPÍRITO, PERISPÍRITO E ALMA. Hernani Guimarães Andrade. São Paulo, Pensamento, 1984
BREVE HISTÓRIA DE TODOS NÓS. Uma síntese do tema Evolução e Espiritismo. Ricardo Baesso de Oliveira [et al.]. Juiz de Fora, Ide, 2014
QUE SOMOS NÓS? Um estudo da interação Espíito, corpo e ambiente. Ricardo Baesso de Oliveira [et al.]. Juiz de Fora, Ide, 2015
RELAÇÃO ESPÍRITO CORPO. José Herculano Pires. São Paulo, Paideia, s/d
O ESPÍRITO EM TERAPIA. Ercília Zilli. São Paulo, DPL, 2001
DARWIN E KARDEC - UM DIÁLOGO POSSÍVEL. Hebe Laghi de Souza. Campinas, SP, CEAK, 2002
CIÊNCIA DA VIDA À LUZ DO ESPIRITISMO. Lybio Magalhães. Rio de Janeiro, CELD, 1996
PARAPSICOLOGIA HOJE E AMANHA. J. Herculano Pires. São Paulo, Edicel, 1981
PARAPSICOLOGIA E INCONSCIENTE COLETIVO. Alberto Lyra. São Paulo, Pensamento, s/d
A CIÊNCIA DO ESPÍRITO. Henrique Rodrigues. Matão, SP, Edições O Clarim, 1985
O ESPIRITISMO EM FACE DA CIÊNCIA DE NOSSOS DIAS. Jethro Vaz de Toledo. São Paulo, Edicel, s/d
A EXPLICAÇÃO CIENTÍFICA DO ESPIRITISMO. Waldemar Leandro. Edições LAKE, 1985
A MEMÓRIA E O TEMPO. Hermínio C. Miranda. Niterói, RJ, Ed. Lachâtre, 2016
EU SOU CAMILLE DESMOULINS - Hermínio C. Miranda/Luciano dos Ajos. Niterói, RJ, Ed. Lachâtre, 1993
AS SETE VIDAS DE FENELON - Hermínio C. Miranda. Niterói, RJ, Ed. Lachâtre, 1998
Veja também este livrinho, com um resumo didático da evolução científica ao longo da história:
Instrutor Guima
Abaixo vão os Textos-base deste Módulo 10 - Espiritismo e outras Ciências.
Bom trabalho!
♦ Livro Introdução à Filosofia Espírita - Herculano Pires
- Cap. V - Ontologia Espírita - págs. 57 a 73
- Cap. VI - Existencialismo Espírita - pags. 74 a 86
- Cap. VII - Cosmossociologia Espírita - págs. 87 a 100
♦ Livro Fundamentação da Ciência Espírita - Carlos F. Loeffler
- Cap. XII - O fenômeno psíquico - págs. 253 a 274
- Cap. XIII - A metapsíquica - págs. 275 a 296
- Cap. XIV - A parapsicologia - págs. 297 a 316
- Cap. XV - A psicobiofísica - págs. 317 a 348
- Cap. XVI - Considerações finais - págs. 349 a 358 TEXTOS COMPLEMENTARES
Instrutor Guima
A seguir, os materiais a serem lidos/estudados em complemento ao Texto-base.
Vamos lá!
Caderno Doutrinário - C. E. 18 de Abril - Disponível aqui
Relações entre o Espiritismo e outros ramos do conhecimento
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Roteiro 26 - Estudo científico dos fatos espíritas - págs. 331 a 344
Caderno de Leituras Espíritas - Filosofia Espírita
Parte 3
15 - Espiritismo e filosofia alemã – Humberto Schubert Coelho - pag. 42 - 135
16 - Filosofia Indiana e Filosofia Espírita – Ézio F. de Souza - pag. 46 - 139
17 - O Espiritismo e a Filosofia Contemporânea – Léon Denis - pag. 52 - 145
Caderno de Leituras Espíritas - Ciência Espírita
Parte 1
2 - Ciência Espírita: uma longa hibernação (O Espiritismo e as Transformações Científicas) - Gustavo Leopoldo Rodrigues Daré - pág. 23
Parte 2
10 - Algumas considerações oportunas sobre a relação Espiritismo-Ciência – Ademir L. Xavier Jr. - pág. 12
Parte 3
18 - As relações da ciência espírita com as ciências acadêmicas - Silvio Seno Chibeni - pág. 27
19 - A “ciência oficial” – Silvio Seno Chibeni - pág. 30
20 - Algumas abordagens recentes dos fenômenos espíritas - Silvio Seno Chibeni - pág. 32
Dentro da temática Ciência Espírita e relações do Espiritismo com outras Ciências, além das já clássicas obras de ERNESTO BOZZANO, GABRIEL DELLANE, GUSTAVE GELEY, FREDRICH MYERS, JORGE ANDRÉA DOS SANTOS, podem ser citados:
FUNDAMENTAÇÃO DA CIÊNCIA ESPÍRITA. Carlos Friedrich Loeffler. Niterói, RJ, Ed. Lachâtre, 2005
INTRODUÇÃO À CIÊNCIA ESPÍRITA. Aécio Pereira Chagas. Niterói, RJ, Ed. Lachâtre, 2004
O ASPECTO CIENTÍFICO DO SOBRENATURAL. Alfred Russel Wallace. Niterói, RJ, Ed. Lachâtre, 2003
FRONTEIRAS DO ESPIRITISMO E DA CIÊNCIA. Carlos Toledo Rizzini. São Paulo, LAKE1987
EINSTEIN & KARDEC. Nelson Moraes. São Paulo, Editora Aliança, 2011
A CIÊNCIA DA ALMA. DE MESMER A KARDEC. Nubor O. Facure. São Paulo, FE, 2000
MUITO ALÉM DOS NEURÔNIOS. Núbor O. Facure. São Paulo, AME, 1999
A REENCARNAÇÃO COMO LEI BIOLÓGICA. Décio Iandoli Jr., São Paulo, FE, 2005
FISIOLOGIA TRANSDIMENSIONAL. Décio Iandoli Jr., São Paulo, FE, 2016
CIÊNCIA ESPÍRITA E SUAS IMPLICAÇÕES TERAPÊUTICAS. J. Herculano Pires. São Paulo, Paideia, 1979
ARQUITETOS DO UNIVERSO. O OUTRO LADO DA FÍSICA À LUZ DA CIÊNCIA ESPÍRITA. Carlos de Brito Imbassahy. São Paulo, DPL, 2002
MORTE, RENASCIMENTO, EVOLUÇÃO. Hernani Guimarães Andrade. São Paulo, Pensamento, 1983
ESPÍRITO, PERISPÍRITO E ALMA. Hernani Guimarães Andrade. São Paulo, Pensamento, 1984
BREVE HISTÓRIA DE TODOS NÓS. Uma síntese do tema Evolução e Espiritismo. Ricardo Baesso de Oliveira [et al.]. Juiz de Fora, Ide, 2014
QUE SOMOS NÓS? Um estudo da interação Espíito, corpo e ambiente. Ricardo Baesso de Oliveira [et al.]. Juiz de Fora, Ide, 2015
RELAÇÃO ESPÍRITO CORPO. José Herculano Pires. São Paulo, Paideia, s/d
O ESPÍRITO EM TERAPIA. Ercília Zilli. São Paulo, DPL, 2001
DARWIN E KARDEC - UM DIÁLOGO POSSÍVEL. Hebe Laghi de Souza. Campinas, SP, CEAK, 2002
CIÊNCIA DA VIDA À LUZ DO ESPIRITISMO. Lybio Magalhães. Rio de Janeiro, CELD, 1996
PARAPSICOLOGIA HOJE E AMANHA. J. Herculano Pires. São Paulo, Edicel, 1981
PARAPSICOLOGIA E INCONSCIENTE COLETIVO. Alberto Lyra. São Paulo, Pensamento, s/d
A CIÊNCIA DO ESPÍRITO. Henrique Rodrigues. Matão, SP, Edições O Clarim, 1985
O ESPIRITISMO EM FACE DA CIÊNCIA DE NOSSOS DIAS. Jethro Vaz de Toledo. São Paulo, Edicel, s/d
A EXPLICAÇÃO CIENTÍFICA DO ESPIRITISMO. Waldemar Leandro. Edições LAKE, 1985
A MEMÓRIA E O TEMPO. Hermínio C. Miranda. Niterói, RJ, Ed. Lachâtre, 2016
EU SOU CAMILLE DESMOULINS - Hermínio C. Miranda/Luciano dos Ajos. Niterói, RJ, Ed. Lachâtre, 1993
AS SETE VIDAS DE FENELON - Hermínio C. Miranda. Niterói, RJ, Ed. Lachâtre, 1998
Veja também este livrinho, com um resumo didático da evolução científica ao longo da história:
UMA BREVE HISTÓRIA DA CIÊNCIA. Willaim Bynum. Porto Alegre, RS, L&PM Pocket, 2018
EXERCÍCIOS DE VERIFICAÇÃO
Instrutor Guima
A seguir, vêm alguns exercícios para verificar o que aqui foi lido e estudado.
São exercícios simples, para repassar brevemente os textos deste Módulo 10, destacar algum ponto ou, ainda, chamar a atenção para aspectos interessantes.
O entendimento e apreensão da matéria estão ligados à leitura compreensiva e anotada, e às questões e críticas que você mesmo formulou durante os estudos.
As respostas estão logo abaixo.
Vamos lá!
Perguntas
1.No extenso e precioso artigo de Ademir L. Xavier Jr. (Como se deve entender a relação entre o Espiritismo e a Ciência - FUNDAMENTOS III), que examinamos acima, no tocante à relação entre Espiritismo x Física, diz o autor que aqui nos deparamos com algumas afirmações feitas em “O Livro dos Espíritos” que parecem ter antevisto a modificação radical por que passaria a física a partir do século 20. Mas a seguir adverte que é preciso, porém, ter cautela em se tratar a questão inversa: a da influência da física no Espiritismo. Que razões apresenta o autor para isso?
2. O mesmo Xavier Jr., falando da relação entre Espiritismo X Psicologia, diz que Espiritismo tem muito a contribuir com as disciplinas que tem como objetivo de estudo o homem em sua essência, como é o caso da Psicologia. Que razões apresenta o autor para isso?
3. Encerrando o artigo supracitado, Ademir Xavier diz que todos os campos da ciência que guardam relações com o Espiritismo, comentados neste artigo (assim como outros não listados acima tais como as artes), aguardam um futuro quando o espírita cientista seja capaz de utilizar judiciosamente o conhecimento espírita, de acordo com as regras estabelecidas por sua ciência particular. Qual é o objetivo disso, segundo o autor?
4. O que diz o filósofo espírita Herculano Pires (Introdução à Filosofia Espírita - V - Ontologia Espírita) sobre o pensamento de Pitágoras sobre o Ser?
5. Herculano Pires (Introdução à Filosofia Espírita - VI- Existencialismo Espírita) entende que a posição espírita em face do Existencialismo se aproxima daquela propugnada pelo existencialista italiano Nicola Abbagnano, que divide as Filosofias da Existência em 3 grupos: Grupo da impossibilidade do possível; Grupo da necessidade do possível; e Grupo da possibilidade do possível, grupo esse a que Abbagnano se filia. Como Herculano Pires justifica aquela aproximação entre a Doutrina Espírita e o Grupo da possibilidade do possível?
6. A Filosofia Espírita foi a primeira a apresentar uma concepção cosmossociológica de ordem científica, afirma convictamente Herculano Pires (Introdução à Filosofia Espírita - VII - Cosmossociologia Espírita). E prossegue dizendo que Cosmossociologia se define como uma realidade nova, marcando um avanço decisivo no processo do Conhecimento. Não se trata apenas da relação simbólica da fase mitológica (como estudaram Émile Durkheim e René Hubert, citados por Herculano), mas de uma relação positiva que se afirma em termos concretos e se confirma na investigação científica. Mas o que diriam os críticos sobre isso e que reações esses críticos teriam de enfrentar?
7. No Cap. XII - O fenômeno psíquico do livro Fundamentação da Ciência Espírita, Carlos Loeffler afirma que todos os fenômenos de interesse da ciência espírita têm ligação com a alma, e, por isso, são denominados de fenômenos psíquicos (gr. psique = alma), e que todos esses fenômenos têm o perispírito como elemento-chave. O que aquele autor fala, em seguida a essa afirmativa, sobre o perispírito?
8. Como vimos no livro Fundamentação da Ciência Espírita, de Carlos F. Loeffler, no Cap. XIII - A metapsíquica, foi Charles Richet quem criou o neologismo Metapsíquica, para designar o campo de pesquisas científicas das manifestações psíquicas (pancadas, aportes, movimentação de mesas, escrita automática, levitação, transporte, etc.).
Pois bem, Carlos Loeffler, apresenta um quadro cronológico dos fenômenos paranormais, elaborado originalmente por Richet. Que períodos são mencionados nesse quadro?
9. Diz Carlos Loeffler (Cap. XIV - A parapsicologia, do livro que vimos estudando) que a metapsíquica realizou uma abordagem observacional de fenômenos psíquicos em torno de médiuns, documentados através de testemunhos coletivos, fotografias, marcas, provas de identificação pessoal, entre outras.
Mas na parapsicologia foi diferente. O que diz o autor sobre a estratégia de pesquisa da parapsicologia?
10. No Cap. XV, páginas 317 a 319, do livro de C. F. Loeffler, nosso livro-texto, fala-se da psicobiofísica como um novo paradigma disciplinar. Esse paradigma teve início em meados dos anos 1960, em que muitos fenômenos "novos" se apresentaram no panorama da pesquisa paranormal, comandados pela transcomunicação instrumental (TCI). Estaria aí o nascedouro de uma nova era de ciência e espiritualidade, ante a queda de barreiras físicas entre as dimensções existenciais.
Loeffler cita, por exemplos, na Psicologia, o enfoque transpessoal; na Filosofia, o soerguimento da metafísica; na Teologia católica, a inspiração nos trabalhos de Jung; na Física, a incerteza, a relatividade e a imponderabilidade, como conceitos reais.
Como Loeffler finaliza essas considerações?
11. Em interessante comentário sobre a ideia de reencarnação na Filosofia alemã (Espiritismo e filosofia alemã), Humberto Schubert Coelho informa que aquela ideia na Alemanha não surgiu com Leibniz em 1714, conforme se pensa e divulga muito, mas, sim, com Christian Wolff, que introduziu o conceito de reencarnação em 1730, usando exatamente o argumento da mônada de Leibniz. A seguir, Lessing, influenciado por Wolff, tornar-se-ia o primeiro e mais vigoroso defensor dessa ideia.
Pois bem, o que diz Schubert Coelho sobre a influência de Wolff nas ideias de Kant?
12. Para Ézio Ferreira de Souza (Filosofia Indiana e Filosofia Espírita), que princípios fundamentais são comuns à Filosofia espírita e à hindu?
Respostas
1. Xavier Jr. diz que muitos falam abertamente nas diversas “energias” que constituem o mundo espiritual, esquecendo-se que “energia” é um conceito muito bem definido em física e que não admite reinterpretações dessa forma [A. P. Chagas, Polissemias no Espiritismo, Revista Internacional de Espiritismo, pp. 247-49, Setembro de 1996]. Outros levantam a possibilidade de entender o próprio mundo espiritual como um “contínuo quadridimensional” do mundo físico. Para se utilizar conceitos e sugestões advindos do Espiritismo na física, faz-se necessário grande competência em física uma vez que os núcleos das teorias (tanto do lado espírita como material) possui certa resistência a mudanças, além de estar fundamentado em teorias profundamente matemáticas. Por isso mesmo, tentativas de modificação de conceitos por sugestão de ambos os lados (de um lado para outro) são muito duvidosas no que diz respeito a qualquer avanço significativo no conhecimento. É importante também considerar as questões de diferença de linguagem (significado de termos e conceitos dentro de cada teoria particular) quando essa linguagem tenta conectar um fenômeno supostamente descritível tanto pela física como pelo Espiritismo. Minha impressão particular — diz o autor — é de que o grau de especificidade atingido pela física (especialização na forma de pulverização de campos de competência) torna pouco viável qualquer tentativa “fácil” de interação. (Como se deve entender a relação entre o Espiritismo e a Ciência - FUNDAMENTOS III. Ademir L. Xavier Jr.)
2. Xavier Jr. diz que podemos falar em uma psicologia espírita que nasce por “inspiração” dos postulados da doutrina (principalmente de suas conseqüências morais) na maneira de viver, de se comportar e de interagir dos seres humanos. O conhecimento da lei de evolução e reencarnação é crucial para se entender as tendências inatas dos seres humanos que determinam o comportamento para além das limitadas considerações genéticas. Esse certamente é um campo com grande futuro, onde apenas vislumbramos um começo. (Como se deve entender a relação entre o Espiritismo e a Ciência - FUNDAMENTOS III. Ademir L. Xavier Jr.)
3. O objetivo não é fazer o Espiritismo brilhar para a sociedade como um concorrente das ciências, mas como fonte de inspiração e origem para proposição de novos mecanismos de explicação dos fenômenos e ocorrências característicos de cada uma delas. (Como se deve entender a relação entre o Espiritismo e a Ciência - FUNDAMENTOS III. Ademir L. Xavier Jr.)
4. O Ser, para Pitágoras, era representado pelo número 1. É a inefável unidade pitagórica, geralmente considerada como a substância numérica da realidade. (Introdução à Filosofia Espírita - V - Ontologia Espírita, Herculano Pires, págs. 58 e 59)
5. Herculano Pires diz que para o primeiro grupo as possibilidades humanas são irrealizáveis; para o segundo, são realizáveis, e mais do que isso, necessariamente se realizam; para o terceiro, as possibilidades são o que são, ou seja, possíveis em si-mesmas, de maneira que não podem tornar-se impossíveis, nem apresentar-se como necessidades. A frustração de um possível não o anula, pois ele continua como possível da mesma maneira por que uma hipótese pode ser submetida a uma experiência negativa e continuar válida e posteriormente se comprovar. A posição de Abbagnano representa uma síntese, uma solução dialética dos impasses em que caíram os dois grupos anteriores. E por isso mesmo se aproxima da posição espírita. (Introdução à Filosofia Espírita - VI- Existencialismo Espírita, Herculano Pires, págs. 75 e 76).
6. Diz Herculano Pires que os críticos e adversários do Espiritismo, que em geral o desconhecem, não vacilariam em contestar aquela afirmação, recusando às pesquisas espíritas o caráter científico. Mas já agora teriam de enfrentar também as conclusões da Ciência em outros campos, como o da Física, onde os conceitos evoluíram para uma verdadeira Parafísica; da Astronomia, onde a teria da pluralidade dos mundos habitados entrou para o domínio das possibilidades incontestáveis; da Biologia, onde o problema da vida rompeu a estreiteza da concepção organocêntrica; da própria Teologia, que passou a admitir, sob a influência científica, além da existência dos seres invisíveis a possibilidade de outras humanidades planetárias; e particularmente da Psicologia, que através das pesquisas parapsicológicas acabou provando cientificamente as relações humanas pela percepção extrassensorial e admitindo a existência de entidades extrafísicas em relação com o nosso plano. Assim, as investigações espíritas e as provas que apresentam no tocante às possibilidades cosmossociológicas estão hoje referendadas pelo desenvolvimento das Ciências. Negá-las e contestá-las com apoio em conceitos científicos superados é simplesmente recusar-se a aceitar as novas dimensões culturais do nosso tempo. (Introdução à Filosofia Espírita - VII - Cosmossociologia Espírita, Herculano Pires, págs. 87 e 88)
7. O perispírito consiste na denominação criada por Allan Kardec para identificar um corpo energético sutil que, embora interpenetrado no corpo material durante a vida física, desloca-se para os planos dimensionais extrafísicos com a morte do corpo, garantindo a individualidade, identidade e capacidade de ação da alma do desencarnado em nova esfera existencial. A memória e as percepções em geral estão sediadas no perispírito, embora, na condição de encarnado, as informações que a ele chegam ou dele sejam remetidas sofram interferência do cérebro físico e outros órgãos. (Cap. XII - O fenômeno psíquico. Fundamentação da Ciência Espírita, Carlos Loeffler, p. 254)
8. (1) Período mítico, que varre toda a história do homem até chegar a Mesmer (1778), o grande apologista do magnetismo animal.
(2) Período magnético, que vai de Mesmer às manifestações produzidas pelas irmãs Fox, no episódio de Hydesville (1848)
(1) Período espirítico, que vai das irmãs Fox até as experiências de William Crookes (1872)
(1) Período metapsíquico, que vai de Crookes até o surgimento da parapsicologia de Joseph Banks Rhine (1934)
(1) Período parapsicológico, que vai de Rhine até o surgimento da TCI (transcomunicação instrumental), com a publicação de Friedrich Jürgenson (1967); e
(1) Período psicobiofísico, tecnológico ou instrumental, que é o período atual.
(Fundamentação da Ciência Espírita, Cap. XIII - A metapsíquica, Carlos F. Loeffler, p. 276)
9. Diz Loeffler que a parapsicologia colocou em prática uma estratégia de pesquisa fundamentada numa metodologia quantitava, padronizada e calcada na teoria das probabilidades e estatística. Sua aplicação se fez indistintamente a grupos de pessoas, sem nenhuma condição preliminar. Apenas sua metodologia foi limitada a uma gama específica de fenômenos psíquicos, que inclui a telepatia, a clarividência e a precognição. (Fundamentação da Ciência Espírita, Cap. XIV - A parapsicologia, Carlos F. Loeffler, p. 298)
10. Diz o autor que são justas e oportunas, portanto, as concepções holística, interdisciplinar e universalista, que se delinearam e firmaram no panorama intelectual da psicologia, filosofia, religião e mesmo da física. Compondo um novo paradigma, ou seja, uma maneira moderna de estudar o espírito, fizeram-no através da unificação das contribuições de várias fontes. A proposta desta inovadora matriz de conhecimentos pode ser razoavelmente sintetizada pela palavra psicobiofísica. Realmente, este talvez seja o melhor rótulo para a nova disciplina que, sucedendo a metapsíquica e a parapsicologia, utiliza todo o saber das demais ciências correlatas na pesquisa do paranormal e é capaz de solidificar a comprovação definitiva da origem transcedente da humanidade. (Fundamentação da Ciência Espírita, Cap. XV - A psicobiofísica, Carlos F. Loeffler, p. 319)
11. Outro seguidor de Wolff foi Kant, que estabeleceu em sua “teoria do céu” a doutrina dos corpos sutis. A alma teria, para ele, um corpo intermediário entre a natureza física e a espiritual. Este corpo sobreviveria depois da morte do corpo físico, conservando a memória, a sensibilidade e as características pessoais. Com isto, acreditava Kant, estaria explicada a transmigração da alma pelos corpos com a conservação da personalidade. Ele também insistia que a evolução do espírito em razão e moralidade tornaria este corpo espiritual mais puro, de modo que a vida na Terra seria progressivamente mais difícil para estas almas, e elas deveriam subir a mundos igualmente mais puros. Nestes outros mundos, a alma teria corpos leves, podendo voar e transmitir o pensamento sem impedimentos da nossa esfera material. Mais tarde, entretanto, Kant chegaria à conclusão de que estas ideias não poderiam compor uma filosofia propriamente dita, pois esta especulação era impossível de ser comprovada com a experiência disponível, mas jamais renegou suas disposições em matéria de convicção pessoal. (Espiritismo e filosofia alemã, Humberto Schubert Coelho)
12. 1. Unidade divina
2. Existência dos Espíritos como seres individuais e imortalizáveis
3. Concepção múltipla do Homem
4. Evolução em todos os planos da Natureza
5. Progressividade dos Espíritos
6. Reencarnação
7. Responsabilidade individual e coletiva
8. Lei de Causa e Efeito
9. Pluralidade dos mundos habitados
10. Comunicabilidade entre os espíritos encarnados e desencarnados, e entre encarnados, por meios extrassensórios.
(Filosofia Indiana e Filosofia Espírita, Ézio Ferreira de Souza)
CAIXA DE FERRAMENTAS
Cadernos de leituras espíritas
Materiais doutrinários espíritas
- Introdução à Filosofia Espírita - Herculano Pires - aqui
- Os filósofos - Herculano Pires - aqui
- EADE 5 - Filosofia e Ciências Espíritas - FEB - aqui
- Curso de Introdução à Filosofia Espírita - Sérgio B. Gregório - aqui
- Apostila Espiritismo e Ciência - Alexandre F. da Fonseca - aqui
- Fundamentação da Ciência Espírita - C. F. Loeffler - aqui
Materiais de filosofia
- Dicionário de Filosofia - aqui
- Dicionário de Filosofia (Só Filosofia) - aqui
- Glossário de Filosofia - aqui
- Educação UOL - aqui
- Só Filosofia - aqui
- Superinteressante - aqui
E-books didáticos e de divulgação
- Filosofia (Ensino Médio) - SEED - PR - aqui
- Antologia de Textos Filosóficos - SEED - PR - aqui
- Metodologia Científica - Maria C. P. Bastos - Daniela V. Ferreira - aqui
- Metodologia do Trabalho Científico - Cleber Cristiano Prodanov - Ernani Cesar de Freitas - Feevale - aqui
Dicionários e outros
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CITAÇÕES E TRANSCRIÇÕES
s citações e/ou transcrições de passagens de textos, com a devida identificação de autor/editor, foram feitas para fins de estudo da Filosofia Espírita, e cada uma delas está vinculada a um exercício, ou a um teste, ou a uma análise de texto, ou a uma reflexão doutrinária, histórica ou filosófica do Espiritismo. (LDA - 9.610/1998 art. 46, III)
Instrutor Guima
A seguir, vêm alguns exercícios para verificar o que aqui foi lido e estudado.
São exercícios simples, para repassar brevemente os textos deste Módulo 10, destacar algum ponto ou, ainda, chamar a atenção para aspectos interessantes.
O entendimento e apreensão da matéria estão ligados à leitura compreensiva e anotada, e às questões e críticas que você mesmo formulou durante os estudos.
As respostas estão logo abaixo.
Vamos lá!
Perguntas
1.No extenso e precioso artigo de Ademir L. Xavier Jr. (Como se deve entender a relação entre o Espiritismo e a Ciência - FUNDAMENTOS III), que examinamos acima, no tocante à relação entre Espiritismo x Física, diz o autor que aqui nos deparamos com algumas afirmações feitas em “O Livro dos Espíritos” que parecem ter antevisto a modificação radical por que passaria a física a partir do século 20. Mas a seguir adverte que é preciso, porém, ter cautela em se tratar a questão inversa: a da influência da física no Espiritismo. Que razões apresenta o autor para isso?
2. O mesmo Xavier Jr., falando da relação entre Espiritismo X Psicologia, diz que Espiritismo tem muito a contribuir com as disciplinas que tem como objetivo de estudo o homem em sua essência, como é o caso da Psicologia. Que razões apresenta o autor para isso?
3. Encerrando o artigo supracitado, Ademir Xavier diz que todos os campos da ciência que guardam relações com o Espiritismo, comentados neste artigo (assim como outros não listados acima tais como as artes), aguardam um futuro quando o espírita cientista seja capaz de utilizar judiciosamente o conhecimento espírita, de acordo com as regras estabelecidas por sua ciência particular. Qual é o objetivo disso, segundo o autor?
4. O que diz o filósofo espírita Herculano Pires (Introdução à Filosofia Espírita - V - Ontologia Espírita) sobre o pensamento de Pitágoras sobre o Ser?
5. Herculano Pires (Introdução à Filosofia Espírita - VI- Existencialismo Espírita) entende que a posição espírita em face do Existencialismo se aproxima daquela propugnada pelo existencialista italiano Nicola Abbagnano, que divide as Filosofias da Existência em 3 grupos: Grupo da impossibilidade do possível; Grupo da necessidade do possível; e Grupo da possibilidade do possível, grupo esse a que Abbagnano se filia. Como Herculano Pires justifica aquela aproximação entre a Doutrina Espírita e o Grupo da possibilidade do possível?
6. A Filosofia Espírita foi a primeira a apresentar uma concepção cosmossociológica de ordem científica, afirma convictamente Herculano Pires (Introdução à Filosofia Espírita - VII - Cosmossociologia Espírita). E prossegue dizendo que Cosmossociologia se define como uma realidade nova, marcando um avanço decisivo no processo do Conhecimento. Não se trata apenas da relação simbólica da fase mitológica (como estudaram Émile Durkheim e René Hubert, citados por Herculano), mas de uma relação positiva que se afirma em termos concretos e se confirma na investigação científica. Mas o que diriam os críticos sobre isso e que reações esses críticos teriam de enfrentar?
7. No Cap. XII - O fenômeno psíquico do livro Fundamentação da Ciência Espírita, Carlos Loeffler afirma que todos os fenômenos de interesse da ciência espírita têm ligação com a alma, e, por isso, são denominados de fenômenos psíquicos (gr. psique = alma), e que todos esses fenômenos têm o perispírito como elemento-chave. O que aquele autor fala, em seguida a essa afirmativa, sobre o perispírito?
8. Como vimos no livro Fundamentação da Ciência Espírita, de Carlos F. Loeffler, no Cap. XIII - A metapsíquica, foi Charles Richet quem criou o neologismo Metapsíquica, para designar o campo de pesquisas científicas das manifestações psíquicas (pancadas, aportes, movimentação de mesas, escrita automática, levitação, transporte, etc.).
Pois bem, Carlos Loeffler, apresenta um quadro cronológico dos fenômenos paranormais, elaborado originalmente por Richet. Que períodos são mencionados nesse quadro?
9. Diz Carlos Loeffler (Cap. XIV - A parapsicologia, do livro que vimos estudando) que a metapsíquica realizou uma abordagem observacional de fenômenos psíquicos em torno de médiuns, documentados através de testemunhos coletivos, fotografias, marcas, provas de identificação pessoal, entre outras.
Mas na parapsicologia foi diferente. O que diz o autor sobre a estratégia de pesquisa da parapsicologia?
10. No Cap. XV, páginas 317 a 319, do livro de C. F. Loeffler, nosso livro-texto, fala-se da psicobiofísica como um novo paradigma disciplinar. Esse paradigma teve início em meados dos anos 1960, em que muitos fenômenos "novos" se apresentaram no panorama da pesquisa paranormal, comandados pela transcomunicação instrumental (TCI). Estaria aí o nascedouro de uma nova era de ciência e espiritualidade, ante a queda de barreiras físicas entre as dimensções existenciais.
Loeffler cita, por exemplos, na Psicologia, o enfoque transpessoal; na Filosofia, o soerguimento da metafísica; na Teologia católica, a inspiração nos trabalhos de Jung; na Física, a incerteza, a relatividade e a imponderabilidade, como conceitos reais.
Como Loeffler finaliza essas considerações?
11. Em interessante comentário sobre a ideia de reencarnação na Filosofia alemã (Espiritismo e filosofia alemã), Humberto Schubert Coelho informa que aquela ideia na Alemanha não surgiu com Leibniz em 1714, conforme se pensa e divulga muito, mas, sim, com Christian Wolff, que introduziu o conceito de reencarnação em 1730, usando exatamente o argumento da mônada de Leibniz. A seguir, Lessing, influenciado por Wolff, tornar-se-ia o primeiro e mais vigoroso defensor dessa ideia.
Pois bem, o que diz Schubert Coelho sobre a influência de Wolff nas ideias de Kant?
12. Para Ézio Ferreira de Souza (Filosofia Indiana e Filosofia Espírita), que princípios fundamentais são comuns à Filosofia espírita e à hindu?
Respostas
1. Xavier Jr. diz que muitos falam abertamente nas diversas “energias” que constituem o mundo espiritual, esquecendo-se que “energia” é um conceito muito bem definido em física e que não admite reinterpretações dessa forma [A. P. Chagas, Polissemias no Espiritismo, Revista Internacional de Espiritismo, pp. 247-49, Setembro de 1996]. Outros levantam a possibilidade de entender o próprio mundo espiritual como um “contínuo quadridimensional” do mundo físico. Para se utilizar conceitos e sugestões advindos do Espiritismo na física, faz-se necessário grande competência em física uma vez que os núcleos das teorias (tanto do lado espírita como material) possui certa resistência a mudanças, além de estar fundamentado em teorias profundamente matemáticas. Por isso mesmo, tentativas de modificação de conceitos por sugestão de ambos os lados (de um lado para outro) são muito duvidosas no que diz respeito a qualquer avanço significativo no conhecimento. É importante também considerar as questões de diferença de linguagem (significado de termos e conceitos dentro de cada teoria particular) quando essa linguagem tenta conectar um fenômeno supostamente descritível tanto pela física como pelo Espiritismo. Minha impressão particular — diz o autor — é de que o grau de especificidade atingido pela física (especialização na forma de pulverização de campos de competência) torna pouco viável qualquer tentativa “fácil” de interação. (Como se deve entender a relação entre o Espiritismo e a Ciência - FUNDAMENTOS III. Ademir L. Xavier Jr.)
2. Xavier Jr. diz que podemos falar em uma psicologia espírita que nasce por “inspiração” dos postulados da doutrina (principalmente de suas conseqüências morais) na maneira de viver, de se comportar e de interagir dos seres humanos. O conhecimento da lei de evolução e reencarnação é crucial para se entender as tendências inatas dos seres humanos que determinam o comportamento para além das limitadas considerações genéticas. Esse certamente é um campo com grande futuro, onde apenas vislumbramos um começo. (Como se deve entender a relação entre o Espiritismo e a Ciência - FUNDAMENTOS III. Ademir L. Xavier Jr.)
3. O objetivo não é fazer o Espiritismo brilhar para a sociedade como um concorrente das ciências, mas como fonte de inspiração e origem para proposição de novos mecanismos de explicação dos fenômenos e ocorrências característicos de cada uma delas. (Como se deve entender a relação entre o Espiritismo e a Ciência - FUNDAMENTOS III. Ademir L. Xavier Jr.)
4. O Ser, para Pitágoras, era representado pelo número 1. É a inefável unidade pitagórica, geralmente considerada como a substância numérica da realidade. (Introdução à Filosofia Espírita - V - Ontologia Espírita, Herculano Pires, págs. 58 e 59)
5. Herculano Pires diz que para o primeiro grupo as possibilidades humanas são irrealizáveis; para o segundo, são realizáveis, e mais do que isso, necessariamente se realizam; para o terceiro, as possibilidades são o que são, ou seja, possíveis em si-mesmas, de maneira que não podem tornar-se impossíveis, nem apresentar-se como necessidades. A frustração de um possível não o anula, pois ele continua como possível da mesma maneira por que uma hipótese pode ser submetida a uma experiência negativa e continuar válida e posteriormente se comprovar. A posição de Abbagnano representa uma síntese, uma solução dialética dos impasses em que caíram os dois grupos anteriores. E por isso mesmo se aproxima da posição espírita. (Introdução à Filosofia Espírita - VI- Existencialismo Espírita, Herculano Pires, págs. 75 e 76).
6. Diz Herculano Pires que os críticos e adversários do Espiritismo, que em geral o desconhecem, não vacilariam em contestar aquela afirmação, recusando às pesquisas espíritas o caráter científico. Mas já agora teriam de enfrentar também as conclusões da Ciência em outros campos, como o da Física, onde os conceitos evoluíram para uma verdadeira Parafísica; da Astronomia, onde a teria da pluralidade dos mundos habitados entrou para o domínio das possibilidades incontestáveis; da Biologia, onde o problema da vida rompeu a estreiteza da concepção organocêntrica; da própria Teologia, que passou a admitir, sob a influência científica, além da existência dos seres invisíveis a possibilidade de outras humanidades planetárias; e particularmente da Psicologia, que através das pesquisas parapsicológicas acabou provando cientificamente as relações humanas pela percepção extrassensorial e admitindo a existência de entidades extrafísicas em relação com o nosso plano. Assim, as investigações espíritas e as provas que apresentam no tocante às possibilidades cosmossociológicas estão hoje referendadas pelo desenvolvimento das Ciências. Negá-las e contestá-las com apoio em conceitos científicos superados é simplesmente recusar-se a aceitar as novas dimensões culturais do nosso tempo. (Introdução à Filosofia Espírita - VII - Cosmossociologia Espírita, Herculano Pires, págs. 87 e 88)
7. O perispírito consiste na denominação criada por Allan Kardec para identificar um corpo energético sutil que, embora interpenetrado no corpo material durante a vida física, desloca-se para os planos dimensionais extrafísicos com a morte do corpo, garantindo a individualidade, identidade e capacidade de ação da alma do desencarnado em nova esfera existencial. A memória e as percepções em geral estão sediadas no perispírito, embora, na condição de encarnado, as informações que a ele chegam ou dele sejam remetidas sofram interferência do cérebro físico e outros órgãos. (Cap. XII - O fenômeno psíquico. Fundamentação da Ciência Espírita, Carlos Loeffler, p. 254)
8. (1) Período mítico, que varre toda a história do homem até chegar a Mesmer (1778), o grande apologista do magnetismo animal.
(2) Período magnético, que vai de Mesmer às manifestações produzidas pelas irmãs Fox, no episódio de Hydesville (1848)
(1) Período espirítico, que vai das irmãs Fox até as experiências de William Crookes (1872)
(1) Período metapsíquico, que vai de Crookes até o surgimento da parapsicologia de Joseph Banks Rhine (1934)
(1) Período parapsicológico, que vai de Rhine até o surgimento da TCI (transcomunicação instrumental), com a publicação de Friedrich Jürgenson (1967); e
(1) Período psicobiofísico, tecnológico ou instrumental, que é o período atual.
(Fundamentação da Ciência Espírita, Cap. XIII - A metapsíquica, Carlos F. Loeffler, p. 276)
9. Diz Loeffler que a parapsicologia colocou em prática uma estratégia de pesquisa fundamentada numa metodologia quantitava, padronizada e calcada na teoria das probabilidades e estatística. Sua aplicação se fez indistintamente a grupos de pessoas, sem nenhuma condição preliminar. Apenas sua metodologia foi limitada a uma gama específica de fenômenos psíquicos, que inclui a telepatia, a clarividência e a precognição. (Fundamentação da Ciência Espírita, Cap. XIV - A parapsicologia, Carlos F. Loeffler, p. 298)
10. Diz o autor que são justas e oportunas, portanto, as concepções holística, interdisciplinar e universalista, que se delinearam e firmaram no panorama intelectual da psicologia, filosofia, religião e mesmo da física. Compondo um novo paradigma, ou seja, uma maneira moderna de estudar o espírito, fizeram-no através da unificação das contribuições de várias fontes. A proposta desta inovadora matriz de conhecimentos pode ser razoavelmente sintetizada pela palavra psicobiofísica. Realmente, este talvez seja o melhor rótulo para a nova disciplina que, sucedendo a metapsíquica e a parapsicologia, utiliza todo o saber das demais ciências correlatas na pesquisa do paranormal e é capaz de solidificar a comprovação definitiva da origem transcedente da humanidade. (Fundamentação da Ciência Espírita, Cap. XV - A psicobiofísica, Carlos F. Loeffler, p. 319)
11. Outro seguidor de Wolff foi Kant, que estabeleceu em sua “teoria do céu” a doutrina dos corpos sutis. A alma teria, para ele, um corpo intermediário entre a natureza física e a espiritual. Este corpo sobreviveria depois da morte do corpo físico, conservando a memória, a sensibilidade e as características pessoais. Com isto, acreditava Kant, estaria explicada a transmigração da alma pelos corpos com a conservação da personalidade. Ele também insistia que a evolução do espírito em razão e moralidade tornaria este corpo espiritual mais puro, de modo que a vida na Terra seria progressivamente mais difícil para estas almas, e elas deveriam subir a mundos igualmente mais puros. Nestes outros mundos, a alma teria corpos leves, podendo voar e transmitir o pensamento sem impedimentos da nossa esfera material. Mais tarde, entretanto, Kant chegaria à conclusão de que estas ideias não poderiam compor uma filosofia propriamente dita, pois esta especulação era impossível de ser comprovada com a experiência disponível, mas jamais renegou suas disposições em matéria de convicção pessoal. (Espiritismo e filosofia alemã, Humberto Schubert Coelho)
12. 1. Unidade divina
2. Existência dos Espíritos como seres individuais e imortalizáveis
3. Concepção múltipla do Homem
4. Evolução em todos os planos da Natureza
5. Progressividade dos Espíritos
6. Reencarnação
7. Responsabilidade individual e coletiva
8. Lei de Causa e Efeito
9. Pluralidade dos mundos habitados
10. Comunicabilidade entre os espíritos encarnados e desencarnados, e entre encarnados, por meios extrassensórios.
(Filosofia Indiana e Filosofia Espírita, Ézio Ferreira de Souza)
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ÍNDICE DO RLE - ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS
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Materiais e métodos
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2 - Textos para estudo
Módulos de leitura/estudo
3 - Introdução à Filosofia
4 - O Espiritismo na história da Filosofia
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6 - Noções de Metodologia Científica
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8 - Noções de Ciência Espírita
9 - Noções de Filosofia Espírita
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11 - Tríplice Aspecto do Espiritismo
12 - Programa de Filosofia Espírita
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